1.Nome: Sapo
Além de tamanho e peso, a ficha técnica de um sapo deve conter, obviamente, o seu nome popular. E esse termo, “sapo”, é uma forma genérica de referir-se a qualquer anfíbio pertencente à ordem dos anuros (Anura).
Mais especificamente ainda, eles devem pertencer à família Bufonidae, uma comunidade que caracteriza-se por abrigar inúmeras espécies de médio porte, com pele rugosa, glândulas parotoides (venenosa), além de adaptadas ao ambiente terrestre.
Entre as características mais marcantes dos sapos – e que ajudam a distingui-los das rãs e das pererecas, por exemplo – estão as suas peles ásperas e secas, quase nenhuma membrana entre os dedos e, apesar de desenvolverem-se a partir de girinos em ambiente aquático, quando crescidos, não mais necessitam desse ambiente para sobreviver.
2.Gênero: Bufo
Dentro da família Bufonidae existem entre 30 e 35 espécies do gênero Bufo. Essas são espécies que distribuem-se abundantemente por quase todos os continentes (exceto na Antártida; e muito pouco na Oceania).
Uma importante separação foi feita entre os gêneros Rana e Bufo pelo médico e naturalista austríaco, Josephus Niclaus Laurenti, em 1768, quando deixou a cargo do gênero Rana abrigar as inúmeras espécies de rãs existentes na natureza.
Agora sabe-se que essa diversidade de sapos existente compõe uma comunidade específica que convencionou-se chamar de Bufo Bufo.
E ela possui representantes ilustres, como o Bufo spinosus, o Bufo japonicus, o Bufo marinus (antigo nome do sapo-cururu), o Bufo verrucosissimus, o Bufo gredosicola, entre outras espécies que comungam de características bastante semelhantes.
3.Habitat
O habitat, juntamente com peso e tamanho, deve constar na ficha técnicas dos sapos. E com relação ao habitat, investigações científicas descobriram que tais espécies podem ser encontradas em praticamente todo o planeta (mas em pouca ou nenhuma quantidade na Antártida e Austrália).
São regiões como zonas úmidas ou inundadas, florestas abertas, matas ciliares, florestas de várzea, brejos, pântanos, zonas secas, entre outros habitats semelhantes.
O gênero Bufo também caracteriza-se por adaptar-se bem ao convívio humano, sendo encontrado, com facilidade, em trechos densamente urbanizados.
À época da reprodução, os seus ovos são depositados em ambientes aquáticos. Mas isso apenas enquanto estão na forma de girinos, pois, passada essa fase, eles tornam-se seres essencialmente terrestres.
4.O que Come: Carnívora
Os sapos são animais carnívoros. Aliás, com relação a isso, o que se sabe é que, no ambiente onde estão inseridos, eles funcionam como excelentes ferramentas de controle de pragas, tal a insaciabilidade do seu apetite, capaz de fazê-los ingerir quantidades incalculáveis de insetos.
A sua preferência é por inúmeras variedades de moscas, aranhas, minhocas, besouros, grilos, gafanhotos, baratas, entre outras espécies, que eles geralmente caçam à noite, e com a ajuda de uma língua imensa e pegajosa, como uma verdadeira arma de combate na sua luta pela sobrevivência.
5.Peso
Não é possível determinar, com precisão, o peso que um sapo pode atingir – mesmo na fase adulta -, já que a quantidade de espécies do gênero Bufo pode facilmente chegar a algumas dezenas de indivíduos.
Logo, a ficha técnica de um sapo pode indicar um peso e altura de até 2,5 kg e 18cm, respectivamente – como é o caso do vigoroso sapo-boi ou sapo-cururu.
Mas também os modestos 4 ou 5cm e 7 ou 8g da curiosa Bokermannohyla ravida, uma das estrelas do Cerrado Brasileiro, e que ajuda a compor um dos mais exuberantes biomas do país.
6.Tamanho
Como vimos acima, o peso e o tamanho dos sapos variam de acordo com as dezenas de espécies que compõem esse gênero. Espécies com 4 ou 5cm de comprimento convivem no mesmo bioma com outras que possuem vertiginosos 15, 16, 17 ou até mesmo 18cm.
Com relação a essas últimas, as suas características físicas são inconfundíveis: Um corpo avantajado, cabeça larga e achatada, pernas curtas e ágeis, boca gigantesca, olhos estufados e salientes, entre outras características que os tornam verdadeiros sinônimos de repulsividade.
7.Características Físicas
Além do tamanho e peso, outras características geralmente constam na ficha técnica de um sapo. São características como: pele rugosa e seca, corpo achatado, olhos esbugalhados e laterais, glândulas paratoides na região de trás da garganta, pernas relativamente grossas (com cinco dedos nas patas posteriores e quatro nas anteriores) e membranas bastante discretas entre os dedos.
A sua coloração geralmente varia entre o verde e o castanho, com rugas ou manchas em relevo no seu dorso, mas, na fase de girinos, apresentam uma cor escura (quase negra), não mais do que 3cm de comprimento e as características típicas de uma animal aquático.
8.Reprodução
Quanto à reprodução, o que se sabe é que esse processo ocorre de uma forma, digamos, bastante original. Durante o período reprodutivo (entre novembro e abril) chega o período do acasalamento, e este é um momento aguardado com bastante ansiedade!
Tanto é assim, que logo que o macho vê a fêmea, não demora a abraçá-la por trás (em amplexo axial), durante alguns dias – período no qual a fêmea vai depositando os seus ovos (entre 2.000 e 7.000), que serão fecundados externamente pelo macho, ao lançar sobre eles o seu esperma.
15 ou 20 dias depois, os ovos eclodem, dando origem a milhares de novos seres, que permanecem na água até a fase adulta, quando assumem a característica de um animal terrestre.
9.Hábitos
Por fim, junta-se à ficha técnica dos sapos, além do peso, altura, características físicas, reprodução, etc., os seus hábitos particulares.
Entre os principais, está o fato de que estes são animais de hábitos noturnos – eles só apreciam o dia em épocas e regiões mais úmidas ou durante o acasalamento, ou mesmo quando ainda são jovens e mal atravessaram a fase de girinos.
Eles também são animais sombrios! O que eles preferem mesmo é andar às escondidas, sob densa touceira de ervas, folhas e matos; e quando saem, geralmente movimentam-se com lentidão e preguiça (em pequenos saltos), à noite, para a caça das suas presas favoritas; até que surja o alvorecer, e já não possam mais contar com a escuridão da noite como esconderijo.
Seus principais predadores são algumas espécies de cobras, aves, cobras-d’água, mustelídeos, entre outras variedades, contra as quais eles procuram defender-se por meio dos jatos de uma toxina produzida em suas glândulas paratoides – mas que nem sempre podem garantir a sua sobrevivência.
Esse artigo foi útil? Tirou as suas dúvidas? Responda-nos em forma de um comentário, logo abaixo. E continue compartilhando as nossas publicações.