A Floresta Amazônica é um abrigo extremamente útil para diversos primatas do Brasil, que veem na floresta densa e pouco povoada em diversos pontos como um ambiente favorável.
Assim, diversas espécies de primatas habitam a Amazônia brasileira, sendo que algumas dessas espécies ainda são desconhecidas, já que existem áreas vastas de reservas indígenas e, ademais, alguns dos primatas são mais sociáveis do que outros com as pessoas.
Dessa forma, é bastante natural que nem todos queiram ter um contato mais próximo com os seres-humanos, até mesmo por confundirem as pessoas com predadores grandes que podem causar muitos problemas. Portanto, é nesse cenário que vive o sagui-de-santarém, uma espécie de macaco típica da América do Sul e, mais precisamente, típica do Brasil.
Conheça o Sagui-de-Santarém
O sagui-de-santarém é conhecido por habitar a parte da Floresta Amazônica que pertence ao estado do Pará, sendo apenas por vezes avistado em outros pontos.
O sagui-de-santarém, além do Pará, também ocupa a região de parte do Amazonas e até mesmo de Rondônia, mas é amplamente mais comum no Pará, às margens do rio Tapajós. Bastante pequeno quando comparado a outros primatas, o sagui-de-santarém possui tamanho reduzido até mesmo quando comparado a outros saguis.
Contudo, se essa baixa estatura prejudica na luta corporal contra os predadores, o sagui-de-santarém tem como principal trunfo a fuga. Isso porque o animal possui cauda extremamente longa que facilita os seus movimentos entre as árvores mais altas, fazendo com que a movimentação dessa espécie de sagui seja bastante veloz e quase indecifrável para os grandes predadores que pensam em atacar o animal.
Assim, não é por conta da natureza que o sagui-de-santarém está em estado crítico de conservação, estando próximo de ser completamente extinto. Esse fato se deve muito mais aos seres-humanos, já que a caça ilegal e o tráfico de animais silvestres são os grandes responsáveis pelas frequentes quedas no número de saguis desse tipo na Floresta Amazônica.
Ademais, pelo fato de o sagui-de-santarém estar relativamente perto da civilização, já que habita locais próximos aos rios Tapajós e Madeira, o animal acaba por se transformar em um alvo mais acessível para os perseguidores. Isso porque a alimentação do sagui-de-santarém é baseada em frutas, flores e sementes.
Assim, para se alimentar, por vezes o sagui acaba por se aproximar da civilização, já que as cidades em geral costumam ofertar frutas em larga escala para esses animais. Contudo, chegar perto demais das cidades costuma ser um problema para o sagui-de-santarém, já que o seu valor no mercado negro é tido como alto e, dessa maneira, o animal é buscado com frequência pelos traficantes.
Além disso, por vezes o som muito alto da cidade ou o excesso de luzes à noite podem deixar o sagui-de-santarém bastante confuso e desorientado, já que não faz parte do seu dia-a-dia esse tipo de situação. Portanto, é recomendado que as pessoas entreguem o sagui ou qualquer outro primata às autoridades assim que possível, pois só dessa forma será possível evitar novos casos de extinção na fauna nacional.
Veja abaixo mais informações a respeito do sagui-de-santarém, entendendo melhor as suas características, além de saber o nome científico do animal.
Características do Sagui-de-Santarém
O sagui-de-santarém é bastante pequeno quando comparado a outros saguis, e esse é um fator diferencial para o animal, que se distingue justamente pela estatura reduzida. Sua cauda é muito longa, o que facilita a movimentação entre as árvores. Já as suas unhas são muito grandes, o que facilita ao sagui escalar árvores ou outros locais altos, já que as unhas servem também como sustentação.
Ademais, o sagui-de-santarém possui 32 dentes e sua mordida, apesar do seu tamanho, pode ser bastante agressiva. É muito comum, em alguns locais, que o sagui-de-santarém seja confundido com esquilos, já que ambos são bastante pequenos, muito rápidos e gostam de consumir frutas e sementes.
Assim, pela estrutura corporal e também pelo comportamento, o sagui-de-santarém costuma ser muito relacionado aos esquilos, o que por vezes salva a vida desse animal – os esquilos têm valor menor no mercado negro de tráfico de animais. É bastante frequente, também, que o sagui-de-santarém permaneça deitado por bastante tempo ao longo do dia, já que esse animal não costuma se esforçar muito para conquistar alimentos ou defender o seu território.
Em relação aos alimentos, o sagui possui especial facilidade: isso porque frutas, flores, folhas, sementes e pequenos insetos podem servir como comida para o animal.
Dessa maneira, buscar por comida não é exatamente algo que está em primeiro plano para o sagui-de-santarém. É bastante comum que os saguis em geral vivam em grupos grandes, conhecidos como sociedades.
Não é diferente com o sagui-de-santarém, que por vezes, além de conviver com outros animais da sua espécie, acabam por participar também de outras sociedades com outros animais de outras espécies. O fato não costuma gerar problemas.
Nome Científico e Gestação do Sagui-de-Santarém
O sagui-de-santarém atende pelo nome científico de Mico humeralifer.
Já a sua gestação não costuma ser demorada, sobretudo quando comparada a outros primatas maiores, como os chimpanzés ou os macacos em geral. Após a reprodução, o mais comum é que a fêmea do sagui-de-santarém demore cerca de 120 dias para dar à luz.
Em geral, o mais comum também é que cada gestação de cada fêmea gere dois filhotes, por mais que seja relativamente frequente ver um único filhote nascendo em um parto. Esses filhotes, quando em dupla, costuma ser gêmeos idênticos.
Risco de Extinção e Onde Encontrar o Sagui-de-Santarém
O sagui-de-santarém pode ser encontrado sempre na Floresta Amazônica, mais precisamente nas regiões próximas ao rio Tapajós, no Pará, ou nas proximidades da fronteira do Pará com o estado do Amazonas. Em alguns casos, o sagui-de-santarém também é encontrado em Rondônia.
Já em relação ao risco de extinção, os saguis em geral sofrem com frequências nas mãos de traficantes e não é diferente com o sagui-de-santarém. Assim, essa espécie está entre as 25 espécies que mais sofrem risco de desaparecer no Brasil, em recente pesquisa feita pelos órgãos públicos.
A notícia é bastante alarmante, já que cada espécie da fauna nacional acrescenta muito à biodiversidade brasileira.