Você conhece o sagui de cabeça preta? Eles são seres pequeninos que vivem em meio a Amazônia e possuem hábitos curiosos e peculiares.
Os saguis de cabeça preta possuem sua distribuição limitada a Amazônia até o estado de Rondônia, de onde são nativos.
Conheça a seguir as principais características do sagui de cabeça preta e veja como ele sobreviveu por milhares de anos, mesmo sua população sendo tão ameaçada.
Conheça o Sagui de Cabeça Preta
Esses curiosos animais, possuem um distribuição limitada, estima-se que existam apenas 10.000 saguis de cabeça preta em meio a natureza.
Isso se deve sobretudo aos decorrentes desmatamentos em suas áreas de habitat. Eles foram muito prejudicados ao longo dos anos.
Cientificamente ele é conhecido como Mico Nigriceps, está dentro do gênero mico e dentro da família Callitrichidae.
O pequeno corpo possui cerca de 20 cm a 30 cm e pesa entre 300 gramas e 400 gramas. Seu corpo possui coloração acinzentada com a cabeça mais escura. a barriga, o ventre são cinzas com listras brancas.
Eles são animais especiais, sobretudo quando falamos de seus curiosos hábitos. Eles são majoritariamente arborícolas e saltam de galho em galho em busca de novos alimentos.
Sua alimentação é constituída de pequenos insetos, frutas, flores, sementes e outros derivados ambiente que vive.
Segundo o ICMBio, o animal é classificado como quase ameaçado aqui no Brasil. Ele vive apenas aqui, na região da Floresta Amazônia e do Estado de Rondônia.
A perda de suas matas prejudicou muito a população de saguis, não apenas os de cabeça preta, mas também todas as outras que dependem de árvores para viver e conseguir alimentos.
Por isso a preservação e os decorrentes cuidados com a natureza são fundamentais, além de manter o equilíbrio ecológico das espécies, fornece ar, oxigênio para todo o planeta.
Habitam sobretudo as florestas ombrófilas densas, com bastante umidade e florestas secundários, voltadas para bordas de fragmentos. É um ser vivo incrível, que se adaptou e manteve sua população por milhares de anos.
Estima-se que a área de ocupação dos saguis de cabeça preta varia entre 40 a 50 hectares. O que é pouco se compararmos com o que já tiveram.
Eles andam sempre em grupos, que pode variar de apenas 5 indivíduos e chegar até 20 indivíduos por grupo. Sempre há um líder que exerce a dominância.
A reprodução dos saguis acontece e por 5 meses a fêmea tem a gestação do filhote, que resulta em um filhote por gestação. Ou seja, também tem um baixo período reprodutivo, não dá origem a vários filhotes, como muitas outras espécies.
O nome do sagui de cabeça preta sofreu várias modificações ao longo dos anos, para entender melhor, acompanhe abaixo!
Variações Taxonômicas
Antigamente, devido às suas características, a espécie é classificada dentro do gênero Callithrix. Seu nome científico era Callithrix Nigriceps.
Porém, com diversas variações e mudanças corporais, a espécie passou a integrar o gênero dos micos, o Mico.
Um gênero único, apenas para os animais desta espécies e com as determinadas características.
Então hoje o sagui de cabeça preta é conhecido como Mico Nigriceps e está no gênero Mico.
O gênero Mico contém várias espécies, como é o caso do Sauim, do Mico de Tufos Brancos, Mico cinza, Sagui de Rondônia, Sauim Branco, Sagui de Santarém, Mico-Leão, Mico-leãozinho, entre muitos outros. É gênero amplo, que comporta as mais variadas espécies com características semelhantes.
Tal variação acontece com diferentes espécies, tendo em vista os avanços das pesquisas e da própria ciência, com equipamentos, estudos e melhorias com o passar dos anos.
O uso da tecnologia pode ser implementado, tendo em vista que ela ajuda a localizar e reconhecer as espécies de animais que habitam determinados ambientes.
A classificação científica é imprescindível para o controle de diferentes populações animais e preservação de espécies. Além disso, quando são classificados, são reconhecidos e os estudos podem ser aprofundados de acordo com a espécie.
Sua dispersão gira em torno de 5.000 km² até 20.000 km². Pode parecer bastante, mas para uma espécie que depende apenas daquele ambiente para viver, é pouco.
Poucos indivíduos restam em meio selvagem, alguns estão em zoológicos e como vivem em um único ambiente, não possuem ampla dispersão, o que torna a espécie ainda mais ameaçada.
Veja a seguir as principais causas de desmatamento que afetam tanto a vida dos saguis de cabeça preta, como também de outros animais que ali vivem.
Desmatamento e Perda de Habitat
o desmatamento é uma das principais causas de extinção de espécies, junto com a caça ilegal, ele apresenta um número muito grande seres afetados e pode com facilidade, extintos por completo uma espécie.
Esse problema acontece desde quando os humanos começaram a explorar drasticamente o ambiente de outros animais.
A expansão do meio urbano contribuiu muito para isso, pois malhas ferroviárias, estradas, construções foram construídos nos lugares das árvores, plantas e animais.
Outro fator que contribuiu muito para o desmatamento foi a implementação da agricultura, enormes plantações e enormes pastos oriundos de queimadas, tomaram o local dos animais que ali viviam e consequentemente, tiveram que migrar para outras áreas.
Enquanto o ser humano não perceber que é preciso viver em comunhão e paz com a natureza, muitas espécies serão prejudicadas, inclusive o próprio ser humano.
O problema não está na exploração, e sim a exploração desenfreada, sem limites e devastadora. Isso acaba com qualquer ambiente natural.
Apesar dos saguis de cabeça preta conseguirem se adaptar em áreas modificadas, eles sofrem muito com incêndios, queimadas e derrubada de árvores, pois eles vivem nelas. É como se a casa do animal estivesse sendo destruída.
Desta forma, a preservação da natureza deve ser prioridade para todos. Independe de posições, de governo ou mesmo de preferências, sem a natureza, nós não somos nada.
Grande parte das florestas brasileiras já foram devastadas, a Amazônia ainda sobrevive em meio às disputas territoriais entre madeireiras e agricultores. Já a Mata Atlântica, perdeu quase toda a sua vegetação, cerca de 95% da floresta foi devastada para a construção de estradas, cidades e pastos.
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