Características do Rinoceronte Indiano
Da família dos Rhinocerotidae, o Rinoceronte Indiano possui cerca de 3 a 4 metros de comprimento, uma altura de 1,70 metros e pesa em torno de duas a três toneladas, sendo o quarto maior animal terrestre, atrás apenas de três espécies de elefantes. Faz parte da classe Mammalia, ou seja, a classe dos mamíferos. Nela se enquadram todos os animais que possuem glândulas mamarias e que através delas alimentam seus filhotes. O período de gestação de um Rinoceronte Indiano é de 17 a 18 meses, em torno de 480 dias, podendo ter apenas um filhote a cada gravidez e o desmame ocorre após 18 meses. Seu tempo estimado de vida é entre 35 e 45 anos.
Sua pele parece uma forte armadura, grossa, rugosa e dura, sendo mais grossa do que a do elefante. Porém não é tão resistente quanto parece, é sensível e o rinoceronte pode sair facilmente ferido de um confronto. O principal confronto para eles é a disputa pela fêmea que está no período de acasalamento. As fêmeas passam a assobiar, provocando a atenção e o interesse de muitos machos, assim juntam-se diversos machos em torno da fêmea, sendo necessária uma luta para saber quem é o vencedor. As fêmeas podem acasalar a partir dos cinco anos, já os machos a partir dos nove.
Não possuí uma visão muito boa, porém sua audição e o seu faro são de excelentes qualidades. Possui o corpo maior que a cabeça e a sua cor pode variar entre cinza-escuro e o castanho-avermelhado. Não está acostumado com o calor, por isso o evita. Prefere estar junto a um rio ou riacho e dormir de dia, para então, na noite, sair pastar. São menos agressivos que seus parentes africanos, utilizam-se somente de sua mandíbula para atacar, já os africanos usam os chifres. Existem duas outras espécies na Ásia: o rinoceronte de Java e o rinoceronte de Sumatra e outras duas na África: o rinoceronte Branco e o Negro. Parentes do rinoceronte indiano, que por sua vez, sofre o menor risco de extinção.
Origem do Rinoceronte Indiano e Localização
Oriundos do Nepal e da Índia, os Rinocerontes Indianos hoje se encontram distribuídos entre as altas pradarias e as florestas do Himalaia, sempre perto de um curso da água. Infelizmente com o passar dos anos, perderam grande parte de seu habitat natural e muitos se voltaram para as zonas de cultivos, tornando-se perigosos. Precisam de no mínimo uma área de 2000 km² para viverem em paz. São seres solitários, após desmamarem aos 18 meses, passam a viver sozinhos, sem um bando, apenas ele por ele mesmo, o que pode trazer alguns benefícios, mas em contrapartida o deixa vulnerável, sem a proteção de colegas. De tão caçado que foi pela espécie humana hoje é possível encontra-los principalmente em reservas biológicas.
Predadores do Rinoceronte Indiano
Tigres confrontam diretamente os rinocerontes. Pode-se considerar como seu principal predador, apesar de só existir um registro de morte de rinoceronte adulto por um tigre. Mas em diversas ocasiões existem o confronto entre as duas espécies. Os tigres buscam principalmente as crias desprotegidas.
Outro predador que não podemos deixar de lado é o próprio ser humano, que fazem caçadas perseguindo rinocerontes. O homem foi capaz de quase extinguir esta espécie de rinocerontes. Com armas de fogo, lanças e um desejo enorme pelos seus chifres levaram a espécie humana a caça-los como se fosse algo natural. Mas tudo está em seus chifres, o poder medicinal e a superstição, que o próprio ser humano acredita que levam a vida eterna, fator decisivo para a caça em larga escala destes animais. Grandes plantações e áreas de cultivo também ameaçam a espécie, reduzindo seu espaço de habitat e levando-os a confinarem-se em meio às florestas e pântanos.
Apesar dos esforços para preservar a espécie, o próprio humano também a destrói. No inicio do Século XX existiam apenas 100 indivíduos de rinocerontes indianos, após diversas medidas do governo indiano para conserva-los, esse numero hoje pode chegar a 2500, tal medida pode ser considerada um sucesso. Mas não podemos nos enganar, a ameaça à espécie continua, a caça ilegal atrás de seus chifres os faz correrem sérios riscos.
Chifres Sagrados
O Rinoceronte Indiano possui apenas um chifre, formado por queratina, como as nossas unhas e que pode variar entre 22 e 50 centímetros. Usa-o tanto para atacar seus rivais, quanto para abrir caminho em meio às matas altas. É como um imã para os caçadores. A decorrente superstição do seu chifre, desde poderes medicinais até a vida eterna, ainda os fazem correrem risco de extinção. Os guardas florestais do Parque Nacional Indiano Kaziranga, saem pela noite, com suas tochas e fuzis para espantar os caçadores que vão atrás de seus chifres, pelo preço elevadíssimo no Vietnã e na China, podendo chegar até 100.000 dólares o quilo. Os seguranças reclamam de não ter o suporte suficiente e necessário para conter os caçadores, deixando então incompleto o sistema de segurança.
Mas Afinal, o que os Rinocerontes Indianos Comem?
Estamos falando de uma espécie com mais 3 metros de comprimento e 1,70 de altura, do quarto maior animal terrestre e provavelmente de um dos animais onde nenhum ser humano teria coragem de ficar cara a cara (sem uma arma). Eles matam para comer? Alimentam-se de outros animais, comem os filhotinhos dos outros? Não. Errado. Os rinocerontes Indianos alimentam-se basicamente de plantas, gramas, plantas aquáticas, folhas e até ramos. São herbívoros. Como um animal tão robusto pode se alimentar apenas de plantas? Os gigantes adoram folhas em galhos, frutos recém caídos e novas folhas. Gostam mais de se alimentar pela parte da manha e da tarde. Plantas que nascem em lugares com maior claridade agradam mais aos grandalhões do que uma carne sangrando.
Enfim, os rinocerontes podem ser considerados seres especiais que sofreram muito com a ação humana, mas que com o tempo recuperou seu espaço e vem sendo preservado. É um ser pouco agressivo, usa apenas a mandíbula para atacar rivais, mas a única briga que ele entra é a por uma fêmea no cio, não há disputa com outros animais, além do tigre, é muito difícil vê-lo metendo-se em encrenca. São seres que preferem viver solitários, após o desmame, vivem da maneira como querem, comendo suas plantas e desviando dos caçadores.