Os animais marinhos estão sempre causando surpresa nas pessoas, o que pode ser explicado pelo fato de que os seres humanos guardam certa distância em relação aos acontecimentos dados no fundo dos oceanos. Desse modo, é normal que as pessoas não entendam tão bem como se dão das relações naturais nesse habitat, sendo incapazes de compreender ao certo a forma como muitos relacionamentos da natureza acontecem no mar.
Assim, os equinodermos são exemplos muito bons de seres pouco conhecidos por grande parte das pessoas, mas que possuem a sua importância para a dinâmica dos mares. De vida livre na grande maioria dos casos, os equinodermos possuem um modo de vida bastante limitado, até mesmo pelo fato de possuírem sistemas internos mais simples. Ao todo, atualmente há cerca de 7 mil espécies de equinodermos em todo o planeta, além das cerca de 13 mil que já foram extintas.
Em meio a tantas espécies, pode não ser tão fácil encontrar similaridades no modo de reprodução. Contudo, com um pouco de atenção é possível traçar muitos paralelos reprodutivos que servem para a maior parte dos animais do filo. Se você quer saber mais a respeito da forma como os equinodermos se reproduzem, além de entender ainda outras questões relacionadas ao seu modo de vida, veja como tudo isso se dá logo abaixo.
Reprodução dos Equinodermos
O processo de fecundação, em muitos seres marinhos, acontece de maneira externa. Isso quer dizer que os gametas, o masculino e o feminino, são liberados no ambiente marinho até que possam se encontrar.
Nesse meio tempo, eles nadam em direção ao outro, buscando o contato. Um grande exemplo disso se dá com os equinodermos, animais do mar e que realizam a sua reprodução dessa forma. Após o encontro entre ambos, acontece finalmente a fecundação do óvulo, fazendo com que comece o processo de formação do embrião. Esse embrião passa a ter simetria bilateral, o que já acontece a partir do momento em que o animal nasce.
Depois de tudo isso, já em meio ao processo de formação do novo filhote, os equinodermos geram a boca e o ânus em partes diferentes do corpo, algo que nem sempre acontece com todos os animais. No ambiente marinho, na realidade, muitos deles possuem ânus e boca na mesma cavidade. Logo, é importante entender que o sistema de digestão dos equinodermos é completo, justamente pela presença dessas partes essenciais do corpo em locais distintos.
Mais Detalhes Sobre A Reprodução dos Equinodermos
Os equinodermos possuem um sistema de reprodução bastante simples, embora pudesse ser ainda mais simples, considerando o tamanho dos animais desse tipo. Logo, no momento em que os gametas deixam o corpo dos equinodermos e passam ao mar, por exemplo, há uma estimulação de todos ao redor para que também liberem os seus gametas.
Esse processo faz com que aumente as chances de ligação entre gametas de sexos diferentes, aumentando também as chances de reprodução. Ademais, um filhote do equinodermo costuma nascer em ambientes mais isolados do mar, muitas vezes fixado a rochas marinhas. Outra forma de gerar um equinodermo, em contraponto, se dá a partir da capacidade de regeneração desse animal. Logo, quando cortado eu meio, por exemplo, é provável que se desenvolvam dois animais completos, com todo o sistema inteiro.
Dessa maneira, por acidentes do dia a dia no fundo do oceano, é natural que um equinodermo dê origem a outros. Há animais que realizam o processo de se partir, de forma intencional, em dois. Com isso, torna-se possível gerar, a partir de um equinodermo, mais um animal. Esse tipo de ato acontece com alguma frequência no mar, embora seja mais comum ver a reprodução sexuada.
Características dos Equinodermos
Os equinodermos possuem muitas características de destaque, como é o fato de fazerem a sua reprodução sem o contato entre os seres, mesmo quando sexuada. Entre tais detalhes, assim, está a presença de um sistema de lâminas, válvulas e canais por todo o corpo de um equinodermo.
Isso faz com que o animal possa realizar todas as tarefas do seu dia a dia, como respiração, locomoção ou até mesmo a reprodução. Além disso, o sistema de interligação interna faz com que o equinodermo tenha uma percepção melhor daquilo que acontece ao seu redor. Portanto, essa é considerada a parte mais importante de um equinodermo.
Para o movimento de um animal desse filo na água, por exemplo, há a liberação de um líquido interno para uma parte do corpo, depois sendo esvaziada e jogando o líquido para outra parte. Todo esse cenário, no fim das contas, faz o equinodermo se movimentar. Embora essa locomoção mais lenta não seja o suficiente para que o equinodermo possa fugir dos grandes predadores dos mares, ajuda a dar o mínimo de movimentação a um animal que necessita de nutrientes, por exemplo.
Alimentação e Digestão dos Equinodermos
Os equinodermos são animais que costumam se alimentar de animais e algas marinhas, disponíveis aos montes no ambiente em que vivem. Como o sistema digestório de alguns dos animais do filo é mais simples, não são todos os que conseguem comer e digerir a carne animal. Portanto, boa parte dos equinodermos apenas consome as algas. O sistema de digestão contém a boca, o ânus e o intestino, podendo ou não ter o estômago.
A estrela-do-mar, por exemplo, é um exemplo de equinodermo que possui o sistema completo, tendo até mesmo o estômago. Logo, esse animal consegue comer outros animais – no caso da estrela, é comum consumir moluscos. Já aqueles equinodermos que apenas se alimentam de algas costumam ter os “dentes” diferenciados, mais focados em triturar as algas para facilitar o processo de digestão.
Ademais, com os dentes diferenciados, é possível realizar o processo de raspagem das algas presas a pedras, tornando maior a quantidade de alimentos à disposição. Em todo caso, é importante ter em mente que o sistema de digestão dos equinodermos é diferenciado para cada tipo de animal, podendo variar de acordo com as necessidades alimentares de cada um deles. Portanto, considerando que o filo é grande, há muitas variações nesse sistema.