Os animais marinhos estão sempre gerando muita curiosidade nas pessoas, que buscam entender mais a respeito do modo de vida no fundo dos oceanos. Pois, por mais que haja animais marinhos literalmente para todos os lados, nem sempre o conhecimento em relação a esses animais é tão vasto quanto deveria. Como exemplo, é possível citar os moluscos, que possuem um filo só para eles e, ainda assim, não são tão bem compreendidos pelas pessoas quanto poderiam.
De forma mais específica, dentro do filo Mollusca há a presença de muitas classes, uma forma de divisão ainda mais aprofundada. Essas classes guardam, assim, ainda mais características entre si e fazem com que os seus representantes tenham um modo de vida mais semelhante. É o que acontece com os bivalves, que pertencem à classe Bivalvia.
Animais desse tipo, portanto, são conhecidos pelo fato de terem uma concha envolvendo o molusco, sendo que essa concha costuma ter duas partes iguais quando cortada exatamente ao meio. Ademais, há uma série de músculos realizando a ligação entre a concha dos bivalves e o molusco que vive dentro dela, seja para a locomoção ou para outras reações do dia a dia que o animal realiza.
Conheça os Bivalves
Os bivalves representam uma classe dentro do filo dos moluscos, sendo, assim, uma forma ainda mais específica de divisão para os animais do filo. Os bivalves são seres aquáticos e costumam viver em ambiente marinho, o que acontece na grande maioria dos casos. Todavia, em alguns casos isolados, os bivalves podem viver também em água doce ou em faixas de transição, por mais que o oceano ofereça mais nutrientes e possibilidades de alimentação de qualidade para os animais da classe.
Isso acontece pelo fato de os bivalves serem animais de filtração, chamados filtradores. Assim, os bivalves retiram o seu alimento da água através desse processo, mantendo em seu corpo os nutrientes necessários e devolvendo ao ambiente marinho tudo aquilo que não pode ser aproveitado para participar das suas reações internas.
Portanto, os bivalves participam de forma ativa do processo de limpeza da água do mar, já que muitas substâncias maléficas a outros animais são retiradas do local por eles. Vale lembrar que os bivalves, porém, não possuem uma cabeça e nem uma rádula, sendo os únicos moluscos a não ter rádula. Em todo caso, isso apenas faz com que a classe dos bivalves atraia ainda mais atenção para si em relação aos outros.
Reprodução dos Bivalves
Se agora você já conhece um pouco mais sobre os bivalves, que tal aprender também sobre o modo de reprodução desses animais? Pois, por mais que sejam moluscos, os bivalves possuem um modo de reprodução ligeiramente diferenciado em relação a muitos outros moluscos.
O macho e a fêmea dos bivalves são separados, havendo diferença em seu aparelho sexual. Todavia, esses animais realizam a reprodução de forma um pouco peculiar: no caso, o macho deposita o gameta na água e, assim, esse gameta vai andando até fecundar o óvulo fêmea, que também está solto na água. Esse modo de reprodução, apesar de envolver a troca de gametas, não possui contato físico entre as partes e pode ser bastante veloz.
Assim, depois de os gametas se encontrarem fora dos corpos do macho e da fêmea, começa a fase deformação do embrião, que, em algumas semanas, dará vida a um novo filhote de molusco. Os filhotes costumam nascer com os sistemas muito simplificados, vendo a evolução do seu organismo acontecer com o tempo, diferente do que se dá com muitas outras formas animais, por exemplo.
Alimentação dos Bivalves
A alimentação dos bivalves é uma parte muito importante do modo de vida desse animal, já que acontece de maneira bastante especial. No caso, para buscar os seus alimentos, os bivalves simplesmente fazem a absorção e filtração da água ao seu redor.
Em seguida, fazem uso dos nutrientes que podem ajudar o corpo a realizar as reações do organismo e dispensa aquelas substâncias consideradas inúteis, levando-as de volta para o mar. Todavia, algumas das espécies de bivalves se alimentam de madeira, sendo comparadas a bactérias que realizam a síntese da celulose.
Há ainda espécies que buscam comida na areia, no fundo do mar. Contudo, o mais comum é que os bivalves realmente se alimentem através do processo de filtração, o que economiza tempo e faz com que o animal possa escolher aquilo que deseja comer. Ademais, esse processo de alimentação ajuda muito o ambiente ao seu redor, já que outros animais se beneficiam da ação.
Peixes que não podem ingerir certas substâncias, por exemplo, veem os bivalves comer esses nutrientes e retirar o problema do seu caminho. Com o tempo, uma população de bivalves madura pode ajudar muito no processo de limpeza dos oceanos, sobretudo se a espécie em questão comer com certa frequência, o que é relativo de espécie para espécie.
Sistema Nervoso dos Bivalves
Os bivalves são animais simples e, como tal, possuem sistema que buscam a simplicidade. Dessa maneira, é muito comum que o sistema nervoso desse tipo de molusco seja bastante direto. Embora o bivalve tenha músculos fortes e rígidos entre a concha e a parte do molusco, o que facilita até mesmo a movimentação, a verdade é que muitas das ações do animal dessa classe são intuitivas e apenas respeitam as necessidades do momento.
Assim, tentáculos, olhos, alguns músculos e gânglios bucais são comandados pelos gânglios cerebrais e pleurais do animal. Contudo, o envio de mensagens é bastante limitado. Quando precisa se movimentar, por exemplo, muitas vezes os bivalves apenas deixam que parte da água contida em seu interior saia, permitindo que o animal possa se empurrado para onde deseja.
A ação, por mais que pareça inteligente, mostra o quanto os bivalves são simples e básicos, como um modo de vida e de tomada de decisões que não possui grandes complexidades.
Em todo caso, por vezes isso acaba por ser positivo para os animais, que possuem dificuldades de movimentação e, assim, raramente passam para partes mais perigosas do oceano. A concha ainda realiza muito bem o seu papel de proteção ao molusco do interior, o que ajuda os bivalves a se defenderem.