Reprodução do Marisco: Filhotes e Período de Gestação

Moluscos invertebrados, os mariscos (mexilhões, ostras e berbilhões) são animais bem interessantes dentro dessa classificação. Dentre as suas muitas peculiaridades, esta o modo como se reproduzem.

Vamos saber como esse processo ocorre?

A fecundação desses animais é totalmente externa e acontece em ambiente aquático. O processo é bem simples: na desova, ocorre a emissão dos gamelas, tanto masculino, quanto feminino. E, na água,  com esses gamelas boiando, a fecundação acontece, formando, assim, os embriões que se transformarão em futuros mariscos.

Mas como esses animais sabem exatamente o momento certo de desovarem? Esse processo, na realidade, é estimulado por alguns fatores, como, por exemplo, físicos ou climáticos. Ou seja, quando o organismo desses seres percebe o ambiente está propício para a reprodução (clima adequado e abundância de alimento), a desova acontece.

Esse momento se dá,  especialmente,  quando há uma grande concentração de nutrientes mo meio em que esses animais vivem. Variação de temperatura e salinidade da água são outros fatores externos que influenciam muito.

Interessante notar que, por esses aspectos externos, as maiores concentrações de mariscos ocorrem na parte inferior da região entre as marés, até cerca de 1 m de profundidade mais ou menos. São regiões de bancos naturais onde ocorre a maior concentração de mariscos jovens, que se fixam no local e se desenvolvem ali.

As fêmeas de mariscos podem colocar inacreditáveis 20 milhões de ovos de uma única vez. Depois que mascam,  as larvas alimentam-se de nutrientes que encontram no meio, o que dura cerca de 21 dias. Após uns 5 ou mesmo 8 meses, o marisco já consegue atingir sua maturação, estando pronto para começar a se reproduzir.

A maturidade sexual desses animais acontece a partir do instante em que os folículos de suas gônadas estão plenamente desenvolvidos, e quando o manto de seus corpos atinge uma determinada espessura.

Como Distinguir Machos de Fêmeas?

A distinção entre ambos os sexos de mariscos se dá por meio interno, ou seja, a partir do momento em que estão sexualmente maduros. Também dá pra fazer essa diferenciação por meio da coloração das gônadas, que nos machos são meio que esbranquiçadas, se nas fêmeas são um tanto avermelhadas.

Inclusive, surgiu uma lenda de que os mariscos seriam todos machos ao nascerem, o que muito provavelmente surgiu por conta do peculiar comportamento desses animais, que, sim,  podem mudar de sexo quando necessário. Contudo, a imensa maioria dos mariscos é formada por sexos separados (do nascimento à morte, ou são machos ou são fêmeas).

Interessante destacar que algumas poucas espécies são hermafroditas, o que significa que possuem ambos aparelhos reprodutores. E entre esses espécimes, dá pra mudar de sexo durante o seu ciclo de vida. Tanto fatores genéticos, quanto hormonais, passando por questões externas (como grande quantidade de alimentos disponíveis) é o que vai determinar o comportamento sexual desses animais.

Crescimento e Agrupamento de Mariscos

Em geral, o crescimento dos mariscos é avaliado mais pelo seu comprimento do que por qualquer outra coisa, como quanto ao seu peso, por exemplo. Até mesmo porque ocorrem diversos erros de pesagem desses animais por conta de água acumulada dentro de suas valvas.

Quando são animais adultos, os mariscos tendem a formar densas populações em torno dos costões rochosos dos oceanos. Mas também podem ficar em pontos de fortes arrebentações, e até mesmo em locais .mais abrigados a cerca de uns 30 m de profundidade.

Não é à toa que no que se refere à pesca de frutos do mar, animais que são especialmente capturados aos montes são justamente os mariscos, já que estes vivem em grandes quantidades, muito próximos entre si.

Um Marisco Campeão de Longevidade

Quando se pensa em animais que vivem muitos, geralmente, o que vem à mente são seres como os elefantes e as tartarugas, que, de fato, vivem bastante. Porém, nesse aspecto, existe um animal que supera a todos, e é justamente um marisco. Seu nome científico é Arctica islandica.

Esse parente tanto das ostras,, quanto dos mexilhões, vive enterrado no fundo gélido do Oceano Atlântico Norte, e (acredite se quiser) pode viver até 400 anos!

E é interessante notar que a idade desses marisco está, literalmente, encravada em suas conchas. Ou seja, a cada ano de vida que esse marisco tem, ele ganha uma nova linha impressa nas partes interna e externa de sua proteção natural.

Esse curioso fenômeno em suas conchas ocorre devido ao crescimento do animal, bem como às variações de temperatura de seu habitat. Há também outro fator que influencia nisso, que é a disponibilidade de alimento.

Esse animal vive tanto tempo justamente por conta de seu metabolismo, que funciona de maneira diferenciada e especial com relação a outros animais. Sua maturação sexual também acontece um pouco tarde, em torno dos 33 anos de idade.

Também é interessante notar que as defesas antioxidantes desse animal se estabilizam com o tempo, ao invés de diminuírem, como acontece com a grande maioria dos animais. Isso também explica bastante a sua longevidade.

E, por que os Marisco são Chamados de Bivalves?

Bem, o próprio nome bivalve já indica que sejam animais que possuam duas valvas, que são estruturas que servem de proteção ao animal, e que se abrem e fecham em todo o seu corpo. Trata-se de um exoesqueleto duplo que reveste o animal por inteiro. Esse exoesqueleto que se abre e se fecha, inclusive, pode expôr todo o corpo do animal.

Seus maiores representantes são, sem dúvida, os mexilhões e as ostras. Como características gerais, podemos dizer que sejam animais que podem tanto ser marinhos, quanto de água doce. Também são chamados de pelicípodes.

Em termos de alimentação, os mariscos comem principalmente fitoplâncton e outros nutrientes que ficam suspensos na água, e que são, literalmente, filtrados por esses animais.

A importância econômica dos marisco para os seres humanos é muito grande, pois, além de servirem de alimento em diversas partes do mundo, ainda podem produzir as preciosas pérolas (no caso das ostras).

Essas pérolas, por sinal, são formadas após as ostras envolverem dejetos que elas filtram, e que são, literalmente, o lixo que elas não querem mais.