A teoria da simbiogeneses, que antigamente era conhecida como a teoria da endossimbiose, fornece importantes alicerces para compreender a evolução das espécies de seres vivos, assim como a o surgimento e ascensão dos seres multicelulares, estes compostos pelos reinos dos fungos, das plantas e dos animais (e, consequentemente, o dos seres humanos).
Antes, só uma informação para facilitar o entendimento desta teoria: os seres vivos (tirando por assim os vírus e os príons, já que muitos cientistas não os consideram propriamente “vivos”) são compostos pelos cinco reinos biológicos, sendo que destes só um é procarioto, ou seja, apresenta estrutura celular mais simples: o reino das bactérias (Monera); os outros quatro, que compõem os eucariotos, apresentando estrutura celular mais complexa, com mais organelas e mais mecanismos regulatórios e bioquímicos (os protozoários, os fungos, as plantas e os animais).
Das Mitocôndrias aos Cachorros: a Teoria da Endossimbiose
Bem, essa teoria – formulada primeiramente pelo botânico russo Konstantin Mereschkowski na década de 1910, e profundamente elaborada e divulgada pela bióloga evolucionista Lynn Margulis, a partir da década de 1960 (que também foi esposa do astrônomo Carl Sagan) – estabelece um importante passo evolutivo, a partir da perspectiva celular: que as organelas celulares mitocôndria (responsável pela respiração dos vegetais, dos animais, dos fungos e dos protozoários) e os cloroplastos (responsável pela fotossíntese nos vegetais) eram células de vida livre, presentes no ambiente, e por algum processo endossimbiótico, passaram a coexistir dentro de células maiores, formando assim os eucariotos.
Apesar de ter sido refutada por um primeiro momento, atualmente é ela a que fornece mais evidências de como os eucariotos emergiram: as mitocôndrias e os cloroplastos existiam de forma livre em uma Terra primitiva, esta com muitos procariotos e outras bactérias ancestrais, vivendo o caos do cenário à época.
Ambas as organelas ao serem absorvidas por outros seres unicelulares maiores, passaram a fornecer uma quantidade de energia muito elevada para a célula hospedeira, ao mesmo tempo em que esta protegeu as organelas de serem fagocitadas por outras bactérias predadoras.
A partir disto, com uma reserva de energia bem maior e mais eficiente, as células se desenvolverem e seguiram os seus destinos evolutivos.
Os Cachorros São as Mitocôndrias dos Seres Humanos
Avançando alguns bilhões de anos na escala da evolução e saindo da Terra primitiva quando era habitada só por seres unicelulares, vamos rumo ao nosso planeta de 50.000 anos atrás, quando a nossa espécie, o Homo sapiens, já abitava todos os continentes do planeta.
Nessa época vivíamos da caça e da coleta, assim esses nossos ancestrais eram chamados de paleolítico; diferente das culturas surgidas a partir do domínio da agricultura e pecuária, há aproximados 10.000 anos atrás, os chamados neolíticos.
Caso investigássemos muitas tribos e bandos humanos paleolíticos, provavelmente acharíamos famílias de país, mães, filhos, filhos, avós, e, claro, cachorros os acompanhando.
Os cachorros eram membros importantes pois auxiliavam na caça e obtenção de alimento, além de também ser utilizado como defesa contra predadores e possíveis inimigos.
Aliás, se investigássemos as culturas neolíticas (que já cuidavam de pomares e já domesticavam rebanhos de bovinos, caprinos e suínos), certamente acharíamos os cachorros auxiliando, otimizando o serviço, sendo também uma importante ferramenta no manejo destas funções.
Sabe-se que os cachorros foram os primeiros animais a serem domesticados pelos seres humanos, e a parceria deu tão certa que até hoje eles estão ao nosso lado, protegendo nossas casas, sendo os olhos dos deficientes visuais, e nos dando força psicológica com toda a sua fidelidade (comportamento que é difícil achar em outros seres).
Os seres humanos avançaram evolutivamente devido a coexistência com os cachorros, tal como as mitocôndrias e os cloroplastos coexistindo com uma célula maior (formando os eucariotos, como explicado anteriormente).
Por causa disso que os nossos melhores amigos merecem todo o cuidado e bem estar possível.
Cuidando da Saúde do seu Cão
Assim como qualquer animal, o cachorro precisa de alimento, de água, de boas condições e recursos que asseguram a sua saúde e bem estar.
Infelizmente, é bastante comum vermos cachorros abandonados nas ruas, passando fome e frio, quando ainda não os vemos atropelados: realmente o tratamento dado aos seres mais fracos diz muito a respeito do caráter e comprometimento de um povo (se existe pessoas passando fome e sem assistência a condições básicas, o que esperarmos dos cachorros?).
Cachorros são membros da família, devem ter os mesmo direito a vida, a uma boa saúde.
Claro que a grande maioria da população sabe dessa importância e têm consciência de como é importante tratar os nossos cachorros bem, já que as pet shops e outros serviços específicos para este público alvo vêm cada vez mais ganhando espaço, com grandes lojas e até shopping centers com foco em apenas nesse seguimento comercial.
Clinica veterinária é também bastante importante para acompanhar a saúde do seu animal, seja um check up básico, ou algo mais sensível que demanda diagnósticos mais elaborados.
Lembre-se que o profissional veterinário teve que fazer 5 anos de faculdade, mais alguns de residência, para estar habilitado para tratar do seu cão: por isso sempre é importante levar o seu animal para o especialista, antes de querer administrar qualquer remédio caseiro nele.
Entretanto algumas vezes conseguimos resolver menores problemas diretamente em nossa casa.
Possíveis Remédios Caseiros para Acalmar o seu Cachorro
É possível sim fazer alguns remédios caseiros para os nossos cães: um exemplo básico é o soro caseiro, que antes era sugerido para as mães darem a seus filhos vítimas de fortes diarreias desidratação, serve também para cachorros e gatos (um copo de água com duas colheres de sal e uma de açúcar).
Há também os casos de pessoas que fazem chás caseiros para dar para os seus cães: seja camomila, erva-doce, hortelã, guaco, estas pessoas tem o costume de fazer o chá e dissolver um pouco na água do cachorro (dissolver o chá na bacia de água do cachorro é importante para evitar alta concentração de algum componente da planta que possa vir fazer má digestão ao canino).
E apesar de nossos cães terem um elevado poder digestivo – afinal muitos conseguem comer tudo o que veem pela frente! – tem-se que tomar bastante cuidado, pois muitos alimentos que para nós não faz mal para os cachorros podem causar envenenamento, como o chocolate (não é coincidência que a maioria dos cachorros sofre intoxicação alimentar no período da Páscoa).
Lembrando que o melhor “remédio” que podemos dar aos nossos cães para mantê-los calmos é bem simples e não tem efeitos colaterais: passear, correr e brincar com eles, principalmente se for do grupo dos cachorros presos em apartamento, sem muita oportunidade de ver o solo, árvores e grama.
Andar com ele já proporciona esforço físico, o qual o deixará desestressado, cansado, sossegado, fazendo-o assim dormir para recuperar a energia gasta.
Mas se mesmo assim você perceber que ele precisa de um fármaco, não brinque com a saúde do seu melhor amigo: leve o para um consulta com um especialista.