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Raposas Brasileiras Com Fotos

Eu nem imaginava que tinha raposa aqui pelo Brasil… E você? Já viu alguma por aí nas redondezas onde mora? A existência de espécies assim é tão despercebida que poucos se estudou cientificamente a respeito. Mas tem sim !! Quer dizer … quase!!

Raposa Brasileira Lycalopex Vetulus

O mais famosinho no Brasil é esse aí, o lycalopex vetulus, mais conhecido como raposinha do campo ou jaguapitanga. é mais conhecida até pela incidência pois, no Brasil, essa espécie percorre quase todo o cerrado brasileiro.

Este tem um focinho curto, dentes pequenos, uma pelagem curta e membros esguios. É pequena para uma raposa, pesando apenas 3 a 4 kg, com um comprimento de cabeça e corpo de 58 a 72 cm e uma cauda de 25 a 36 cm.

Juntamente com a sua forma delgada, o pequeno tamanho da raposa torna-o um animal ágil e rápido, enquanto os seus dentes relativamente fracos adaptam-no à alimentação de invertebrados, em vez de presas maiores.

São animais que preferem atividade noturna e em geral solitária. A vida de solidão é interrompida apenas em época de acasalamento ou reprodução. A raposinha do campo é nativa do centro-sul do Brasil, mais no cerrado brasileiro.

Raposa Brasileira Atelocynus Microtis

Este parece ser mesmo exclusivo, tanto como espécie endêmica da bacia amazônica, como também como única espécie existente de gênero atelocynus. No Brasil é provável encontrá-lo somente na região amazônica brasileira ou talvez mais ao norte.

Mas existem da espécie também fora do Brasil como Peru, Colômbia, pelas florestas andinas ou regiões de savana. E em cada local pela América do Sul é conhecido por diversos nomes comuns. No Brasil, o nome comum mais conhecido pra espécie é cachorro do mato de orelhas curtas.

Como o nome comum já diz, é uma espécie de orelhas bem curtas e arredondadas. Ele mesmo é um canídeo pequeno de pernas curtas e finas. Costuma ter um focinho distinto e uma cauda bem espessa. Seu habitat é parcialmente aquático, tendo grande predileção por peixes em sua dieta.

Raposa Brasileira Cerdocyon Thous

O graxaim ou cachorro do mato talvez seja o mais proeminente dos canídeos selvagens pelo território brasileiro. Pode ser encontrado em grande parte do território nacional e fora dele e, por ser onívoro, possui boa capacidade de adaptação a diversas condições ambientais.

Existe uma classificação de subespécies para o graxain cerdocyon thous e até o momento três dessas subespécies já foram catalogadas em diversos estados brasileiros. Em geral, o graxaim é um canídeo de patas enegrecidas, orelhas não tão curtas e também enegrecidas nas pontas.

São espécies que variam de comprimento entre 50 e 70 cm, altura em torno de 40 cm e peso entre 4,5 a 9 kg dependendo da subespécie e habitat. Tem focinho comprido e estreito e costuma estar em atividade invariavelmente a noite. Há muitos casos de domesticação do graxaim no Brasil.

Vale ressaltar, porém, que é proibido e considerado crime ambiental a domesticação de animais selvagens inclusive o graxaim, além de risco para a saúde pública pois são amplamente passíveis de doenças como leptospirose e raiva. Qualquer criação de animais assim precisa ter autorização do IBAMA.

São Mesmo Raposas Brasileiras?

Apesar de serem comumente consideradas raposas nos locais em que são encontradas por toda a América do Sul, nossas espécies na verdade não são raposas, pelo menos não são classificadas como pertencentes a tribo taxonômica delas. Nossos canídeos pertencem a tribo canini e não a tribo vulpini das raposas.

E a existência de nossos amiguinhos em território brasileiro é resultado de eventos sismológicos de nosso planeta. Os cientistas afirmam que existem aqui porque sofreram o que chamam de evolução radiacional no continente sul-americano, como parte do Great American Interchange.

O Grande Intercâmbio Americano foi um importante evento paleozoogeográfico cenozoico tardio no qual a fauna terrestre e de água doce migrou da América do Norte via América Central para a América do Sul e vice-versa, enquanto o istmo vulcânico do Panamá se elevava do fundo do mar e se unia aos continentes anteriormente separados.

O istmo do Panamá, também historicamente conhecido como o Istmo de Darien, é a estreita faixa de terra que fica entre o Mar do Caribe e o Oceano Pacífico, ligando a América do Norte e a América do Sul. Ele contém o país do Panamá e do Canal do Panamá. O istmo se formou em torno de 2,8 milhões de anos atrás, separando os oceanos Atlântico e Pacífico e causando a criação da Corrente do Golfo.

Após a formação do Istmo do Panamá na última parte do Terciário (cerca de 2,5 milhões de anos atrás, no Plioceno), os canídeos migraram da América do Norte para o continente sul, como parte do Great American Interchange. Os antepassados dos canídeos atuais adaptaram-se à vida nas florestas tropicais úmidas, desenvolvendo as características morfológicas e anatômicas necessárias para a sobrevivência aqui.

Portanto, nossos canídeos presentes em território brasileiro são todos descendentes de antepassados associados a lobos ou coiotes e não raposas. Qual a diferença? Afinal, na verdade todos eles são pertencentes à família Canidae… Como já dissemos, os canídeos são divididos em tribos, canini e vulpini. Os chacais e o lobo pertencem à tribo canini, as raposas pertencem à tribo vulpini.

Muitas vezes a semelhança se dá por conta da maior semelhança na morfologia e hábitos de nossas pseudo raposas com as raposas verdadeiras (pequenas semelhanças físicas e os hábitos onívoros). Porem, são os estudos científicos de constituição morfológica e DNA que determinam a origem e evolução da espécie. As similaridades em pares de cromossomos são fatores predominantes nessa classificação.

Se quiser saber algo mais sobre raposas brasileiras, o nosso blog Mundo Ecologia tem um artigo mais específico sobre a raposa do campo que você deve gostar …

Mas se quiser saber mais sobre as raposas verdadeiras mesmo, talvez fique empolgado com os seguintes artigos de nosso blog:

Esses são só alguns dos muitos outros artigos que você pode encontrar aqui em nosso blog. Curta bastante! Boa pesquisa!

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Um comentário

  1. João Carlos Chaves da Silva

    Ola admiradores da natureza e de raposas, avistei uma no Condominio Encontro das Aguas em Lauro de Freitas, Bahia, qual espécie pode ser encontrada na região? Um grande abraço e parabéns pelo trabalho

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