A Cordilheira do Himalaia ou “A Morada da Neve”, é uma “força da natureza!” É uma exuberância composta por uma cadeia de montanhas localizada entre o planalto tibetano e a planície indo-gangética (Paquistão, índia e Bangladesh); e que atravessa países como China, Nepal, Butão, Myanmar, e inclusive a montanha mais alta do planeta, o monumental Monte Everest.
Mas o Himalaia também é a morada de uma espécie singularíssima, a “raposa do himalaia”, cujas fotos abaixo mostram a singularidade das suas características físicas, não encontradas em nenhuma outra espécie dessa bela e imponente família Canidae.
O Himalaia é verdadeiramente um trecho de rara beleza, e que ainda consegue abranger regiões tão ou mais belas e exóticas, como o vale do Rio Indo e do Bramaputra, a histórica região da Caxemira e o lendário território do Tibete – com as suas riquezas culturais, religiosas e geográficas a comporem um dos cenários mais envoltos em lendas e mistérios dentre todos os que existem no planeta.
Para se ter uma ideia da singularidade dessa cordilheira, em praticamente toda a sua extensão desdobra-se uma imensa planície formada, basicamente, pelo material resultante da deposição de sedimentos oriundos dos fabulosos rios Bramaputra, Indo e Ganges.
Como não poderia ser diferente, essa região logo deu lugar a uma vegetação típica dos ambientes áridos e semiáridos, que aqui no Brasil poderiam ser identificados como semelhantes àqueles compostos por cactos e bromélias, que juntam-se às mais variadas espécies florais, para desenhar um contorno magnífico em toda a extensão do Punjab, do Paquistão e de um pequeno trecho do Afeganistão.
Esse é o ambiente perfeito para as raposas-do-himalaia, que, como vemos nessas fotos, possuem a característica de apreciarem as imensas planícies e campos abertos, onde vez ou outra é possível topar com uma extravagante floresta caducifólia (especialmente em trechos da Índia) em todo a extensão do Ganges, que caracteriza-se por perder as suas folhas entre o verão e o outono, para competir em beleza e exotismo com as floresta úmidas do Vale do Bramaputra.
A Raposa-do-Himalaia: Características e Fotos
A Vulpes ferrilata (a raposa do himalaia) é uma extravagante espécie originária dos imensos planaltos tibetanos, nepalenses, indianos e chineses. Ela é apreciadora de grandes altitudes, superiores a 5.200m – aliás como é típico dessa imensa Cordilheira do Himalaia.
Em algumas dessas regiões, elas também são conhecidas como “raposas-tibetanas”, famosas por habitarem as regiões mais áridas e hostis que estendem-de por toda a base da cordilheira.
Essa espécie é considerada uma verdadeiro patrimônio cultural em regiões como o Punjab e Siquim (Índia), no planalto de Ladakh (no Nepal), nos campos abertos de Myanmar e em outras inúmeras regiões desse trecho do planeta.
Recomenda-se apenas não confundi-la com a não menos extravagante e singular Vulpes corsac (a raposa-das-estepes) – uma ilustre habitante das regiões desoladas da Ásia Central (especialmente da Mongólia), que também caracteriza-se pela resistência e tolerância aos ambientes mais hostis e selvagens do continente asiático.
As fotos que vemos das raposas-do-himalaia não deixam dúvidas sobre as suas características mais incomuns, como a sua pelagem, curiosamente macia e volumosa, ideal para protegê-las do vento impetuoso da cordilheira, sem, no entanto, impedi-las de suportar as temperaturas escaldantes desse trecho do planeta.
A coloração das raposas do himalaia varia entre o cinza e o marrom-acastanhado, com algumas tonalidades mais claras que distribuem-se por todo o seu ventre, formando uma linha bastante característica.
Principais Singularidades da Raposa-do-Himalaia
As fotos abaixo mostram as principais características da raposa-do-himalaia: Pequeno porte, pelagem semelhante a um casaco felpudo, focinho pequeno (em relação a outras espécies), rosto e membros inferiores com uma coloração entre o vermelho e o castanho, além da parte superior mais acinzentada.
Ela ainda possui uma pelagem mais clara (às vezes branca) por toda a extensão do seu ventre, olhos pequenos e orelhas curtas.
O seu comprimento varia entre 50 e 70cm (entre a cabeça e o dorso), cauda entre 28 e 40cm, um peso entre 4 e 6kg, além de outras características que são únicas nessa espécie.
Algo que chama a atenção na Vulpes ferrilata são os seus dois imensos caninos, que em nada condiz com a sua modesta estrutura física; e ainda menos quando as comparamos com os seus maxilares – bem mais curtos –, que na verdade fazem parte das características típicas de um animal carnívoro.
Para completar, uma juba bastante proeminente confere ao seu crânio uma aparência meio triangular, que na verdade ajuda a compor ainda mais o seu aspecto singular e exótico, combinado com uma personalidade não tão sociável, como a de uma espécie pouco afeita ao convívio com os humanos, e que prefere as incursões solitárias em busca das suas principais presas.
As Fotos Abaixo Mostram bem as Características Comportamentais da Raposa-do-Himalaia
As raposas-do-himalaia são mesmo espécies únicas! Elas dão preferência às regiões mais desoladas, planícies desérticas com vegetação escassa, um ambiente rochoso e cercado por vales, montanhas e planaltos quase inacessíveis.
Nesses ambientes elas sentem-se verdadeiramente em casa! Ali elas estão cercadas pela hostilidade de uma região semiárida ou árida, longe do convívio com os humanos e também de vegetações mais densas e com muita exuberância de variedades.
Essas raposas podem ser encontradas em altitudes superiores a 5.200m – como as do planalto tibetano – , onde, sempre entre os meses de novembro e dezembro, iniciam os seus processos reprodutivos, com um período de gestação que dura cerca de 2 meses, para dar à luz entre 2 e 4 filhotes.
Após o acasalamento, é comum que o casal permaneça junto por toda a vida, como é típico de uma espécie com características monogâmicas, em que o casal compartilha de atividades comuns, como a escolha da caverna ou gruta onde a fêmea deverá dar à luz e a caça das suas presas favoritas.
Os filhotes deverão permanecer com o casal até completarem os 9 meses de vida – período no qual irão receber as primeiras instruções para as suas sobrevivência em um mundo hostil, até que estejam aptos a procurarem os seus territórios por conta própria, iniciando, assim, os seus processos reprodutivos que garantirão a perpetuação da espécie.
Já a dieta das raposas-do-himalaia, como acabamos de ver nessas fotos, possui a característica típica de uma espécie carnívora.
A sua principal iguaria é a singular espécie Ochotona curzoniae (a pika-de-lábios-negros), mas também não abrem mão de algumas espécies de lagartos, outros roedores, lebres, coelhos; e até mesmo a carniça de antílopes, veados, do Pseudois nayaur (o carneiro-azul), de bovinos, ovinos e caprinos pode fazer parte do seu cardápio na falta das suas principais presas.
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