O comportamento, características, personalidade e psicologia das raposas estão diretamente ligados às caraterísticas do seu gênero – o gênero Vulpes –, cujos animais geralmente apresentam um focinho afilado, peso entre 1,5 e 10 kg (machos) e entre 0,7 e 7,7 kg (fêmeas).
Apresentam também uma pelagem entre o cinza e o avermelhado (no dorso), um tom mais claro no ventre, cauda extensa e bastante peluda, orelhas grandes, entre 20 e 90 cm de altura (machos) e 18 e 78 cm (fêmeas).
Além de ser um gênero basicamente carnívoro, afeito ao ambiente de florestas relativamente densas, matagais, florestas arbustivas, regiões montanhosas, entre outras áreas semelhantes.
Na verdade, quando falamos de raposas, estamos falando de um vasto número de representantes do gênero Vulpes. Como o Vulpes zerda (o feneco), o Vulpes vulpes (a raposa-vermelha), o Vulpes corsac (a raposa-das-estepes), o Vulpes ferrilata (a raposa-do-himalaia), entre outras variedades.
Logo, importa saber que algumas singularidades relacionadas ao comportamento, personalidade, características e psicologia de uma raposa serão o resultado das características de uma variedade específica do gênero.
Porém, a verdade é que algumas especificidades básicas as unem. Como, por exemplo: argúcia, faro bastante desenvolvido, audição privilegiada, fácil adaptabilidade às mais diversas condições climáticas e de vegetação.
Além da capacidade de adquirir os hábitos de um animal onívoro em situações de escassez das suas principais presas e pouca (ou quase nenhuma) agressividade para com humanos.
Sem contar, que os seus hábitos costumam ser tipicamente noturnos (ou crepusculares) – o período do dia ideal para que elas saiam à caça das suas refeições, geralmente pequenos anfíbios, lagartos, roedores, ovos, filhotes de aves; e até mesmo sementes, raízes, tubérculos e frutos, a depender da situação.
Mais Sobre o Comportamento, Personalidade, Características e Psicologia das Raposas
As raposas, como dissemos, são animais de hábitos noturnos ou crepusculares, e que preferem, a depender da espécie, distribuir-se em pequenos grupos – geralmente chefiados por um macho cercado por várias fêmeas.
Quanto aos seus hábitos reprodutivos, o que se sabe é que ele ocorre apenas uma vez durante os 12 meses do ano; e o estro (o cio da fêmea), com duração de apenas 3 dias.
Isso logo nos leva a deduzir o quão rápidos devem ser os machos para que possam garantir a perpetuação desse extravagante gênero que, como boa parte dos que se desenvolvem na natureza, corre, sim, algum nível de risco de extinção.
Realizada a cópula, a fêmea só terá que aguardar modestos 50 ou 60 dias para dar à luz entre 2 e 4 filhotes, com peso que varia entre 45 e 160 g, completamente cegos e com uma coloração mais escura do que a da fase adulta.
A partir de 1 mês de vida, eles começam a perambular mata adentro com as suas mães. Com 45 dias, já adquirem as características físicas dos adultos e já podem caçar o seu próprio (e modesto) alimento.
Até que, por volta dos 8 meses, tornem-se independentes! E também já apresentem alguns comportamentos, características, psicologias e personalidades das raposas – mas ainda sempre com a presença acolhedora e garantidora de segurança que as suas mães lhes oferecem.
Além do Comportamento, Psicologia e Personalidade, as Características das Raposas
Para fins de comparação, podemos dizer que uma raposa é um canídeo menor que um cão doméstico, que na natureza costuma viver entre 3 e 6 anos (por serem vítimas de atropelamentos, caça ilegal, predação, entre outros fatores), e em cativeiro, pode ultrapassar a barreira dos 15 anos de idade.
Como dissemos, as suas características, personalidade, psicologia e comportamento tendem a variar conforme a espécie.
Enquanto os pequenos, singelos e frágeis fenecos (o Vulpes zerda) dificilmente ultrapassam uma altura de 20 cm, 40 cm de comprimento e 1,5 kg de peso, as raposas vermelhas podem atingir um comprimento que pode variar entre 90cm e até 1,4m, 10 kg de peso, além de estarem entre as mais ameaçadas de extinção.
Outro fato interessante sobre as raposas, é que elas geralmente apresentam-se como caçadoras oportunistas!
Isso quer dizer que elas agem sorrateiramente, e quando percebem um descuido da vítima, utilizam-se do expediente de avançar sobre elas (ainda vivas), e cravar-lhes as suas garras e as suas presas – de acordo com a característica desenvolvida por cada animal.
A Personalidade das Raposas
Mais uma vez, não custa lembrar que o comportamento, psicologia, características e personalidades das raposas dependem, e muito, da espécie em particular.
Mas, de um modo geral, podemos dizer que as raposas não são animais agressivos – apesar de viverem em um eterno conflito com fazendeiros (entre outros proprietários de terras).
Isso porque elas não dispensam (de forma alguma) um bom banquete com diversas espécies de animais de criação (caprinos, ovinos, anseriformes, entre outras espécies da classe das Aves).
E também costumam ser um tormento em áreas urbanas, pois a sua capacidade de adaptar-se bem aos dois ambientes (urbano e rural) as torna uma companhia nada agradável em pequenas e grandes cidades.
Elas reviram o lixo, invadem galinheiros, quintais, cercados, entre outras formas que elas encontram de matar a fome em períodos de escassez de alimentos.
Mas, de forma alguma, podemos incluir a característica de violência e agressividade ao cabedal de peculiaridades dessa espécie – que prefere mesmo é uma boa fuga da presença dos humanos! Mas que, porém, como qualquer espécie selvagem, possui os seus instintos primários de defesa.
A Psicologia das Raposas
Na dúvida, o mais recomendável mesmo é manter-se o mais afastado possível da presença desses exóticos animais. Não podemos esquecer que a cada dia o seu habitat natural vem sendo invadido pelo progresso, que dizima uma boa parte dessa espécie em determinadas regiões.
Na verdade, o que se tem a esperar é que esse progresso não continue avançando sobre os seus habitats, a fim de que essa relação não seja ainda mais conturbada do que já é em alguns países.
Outra coisa interessante sobre as raposas, é que apesar de algumas espécies apresentarem hábitos diurnos, é à noite que elas sentem-se mais confortáveis.
Pois, por algum motivo, conseguem utilizar melhor o seu famoso faro incomparável, o gosto por camuflar-se (sua melhor tática de caça), além de evitar que sejam a refeição do dia de alguns dos seus principais predadores.
Por fim, uma outra curiosidade sobre a psicologia das raposas, é o costume (se é que se pode chamar assim) de deixar que fique a cargo dos machos alimentar as fêmeas durante os primeiros dias após ela dar à luz aos filhotes.
Filhotes, esses, que geralmente as acompanham por um bom tempo, até que os seus instintos de sobrevivência e de preservação da espécie os convidem, também, para lutarem pelas suas vidas e pela perpetuação desse incrível, extravagante e original gênero Vulpes.
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Muito interessante.. moro em Londres e há pouco tempo filmei uma raposa branca,no início pensei que fosse albina , mas vim a descobrir depois uma boa pesquisa que leucistic …
Tiro fotos e filmo a um mês e tenho acompanhado a sua mudança de cor (pelo)..
Está aqui a notícia e o vídeo..
https://metro.co.uk/2019/06/17/rare-albino-fox-spotted-lurking-around-london-car-park-9983405/
Futuramente podemos trocar impressões..
Boa noite
Sem dúvida, Chinamski. E ao que tudo indica, o Leucismo só modifica os pelos e não os torna sensíveis ao sol. Mas muito obrigado pelo complemento.