As girafas são criaturas bastante peculiares. Porém, infelizmente, estão ameaçadas de extinção, mas, ainda podemos ter o prazer de ver vários exemplares soltos na natureza.
Vamos saber um pouco mais a respeito deste incrível mamífero terrestre, especialmente no que se refere às espécies que ainda existem por aí?
Acompanhe a leitura, então.
Espécies Descobertas
Pelo menos, até o ano de 2016, considerava-se que existia apenas uma única espécie de girafa, que era a espécie de nome científico Giraffa camelopardalis. As girafas, por sinal, têm como peculiaridade serem os únicos animais de seu gênero (Giraffa), e junto com outro ser igualmente peculiar, o ocapis, formam a família Giraffidae.
Só recentemente, há quase 3 anos atrás, é que cientistas finalmente descobriram que existem, no total, 4 espécies distintas de girafas (e mais 9 que já foram extintas). A diferenciação entre essas 4 espécies está em dois fatores: a distribuição geográfica e o padrão das manchas.
Essas subespécies de girafas habitam atualmente as terras secas ao sul do Saara, distribuindo-se em dois grupos: as girafas do norte (que são tricomes, ou seja, possuem um corno nasal interocular e dois frontoparietais) e as girafas do sul (que não têm o corno nasal e a pelagem tem predominantemente malhas irregulares).
Características Gerais das Girafas
De uma maneira generalizada, as girafas podem chegar a 5 m de altura. Todas elas possuem uma enorme língua chamada de preênseis, e que pode alcançar até 50 cm (algo muito útil quando se trata de pegar as folhas das acácias por entre espinhos pontiagudos).
Inclusive, esses animais conseguem se alimentar das folhas dessas árvores até uns 6 m de altura. No entanto, como essa alimentação (que é a sua principal, diga-se de passagem) possui um teor nutritivo muito baixo, elas precisam comer grandes quantidades dessas plantas todos os dias, às vezes, passando 20 horas diárias só se alimentando delas.
O comprimento dos corpos das girafas pode ultrapassar os 2 m, e ainda possui quase 1 m de cauda. Já o peso, facilmente, ultrapassa os 500 kg, e apesar do tamanho, ela pode chegar a atingir uma velocidade de 56 km/h, o que acaba sendo mais do que suficiente para fugir de certos predadores.
Como todos os mamíferos existentes, as girafas possuem 7 vértebras cervicais, porém, os seus pescoços, no entanto, são os maiores do reino animal atualmente. Devido a isso, acredita-se que o seus sistema vascular seja o que tem maior pressão sanguínea do reino animal.
Já o pelo das girafas é, geralmente, fulvo (sendo amarelo-tostado ou alourado) ou rosado, com grandes manchas amarronzadas (com exceção do pelo, onde ele é branco). Assim como as nossas impressões digitais, as machas das girafas possuem um padrão único para cada indivíduo, além de ajudarem as girafas a se camuflarem em seu ambiente. Essas manchas, inclusive, concentram, debaixo da pele, vasos sanguíneos que mantém a temperatura corporal adequada.
Em se tratando de predadores, as girafas precisam se preocupar com leões, hienas e leopardos, que caçam especificamente os seus filhotes, já que os indivíduos adultos possuem porte e velocidade para limitar o número de predadores em seus habitat natural.
No geral, as girafas vivem em bandos pouco numerosos, e, por vezes, associam-se a antílopes e avestruzes, o que facilita na hora de se defenderem de um predador. Além disso, elas dormem cerca de 2 horas por dia, e um pouco de cada vez. Na maior parte do tempo, dormem em pé mesmo, mas, quando se sentem mais seguras, podem dormir no chão sem maiores problemas.
Espécies Atuais
Como já dito anteriormente, descobriu-se que as girafas estão divididas em 4 espécies bem distintas, e que vamos saber um pouco mais a seguir.
Girafa-Reticulada ou Girafa-da-Somália (Nome Científico: G. Reticulata)
Essa daqui é originária de três países: Somália, Quênia e Etiópia. É uma das girafas mais conhecidas do mundo, cuja pelagem é caracterizada por manchas coloridas de cor fígado, formando, assim, um design perfeito. Trata-se também de uma das espécies mais altas de girafas, e os machos fazem um ritual mais conhecido como “estrangulamento”, na qual eles colidem pescoço com pescoço pela disputa das fêmeas do grupo.
Girafa-do-Kilimanjaro ou Girafa-Masai (Nome Científico: G. Tippelskirchi)
A masai é a maior entre as espécies de girafas, e, apesar de ter vivido em todo o continente africano, hoje em dia, ela reside atualmente no Quênia e na Tanzânia. Já, as manchas de seu corpo são mais irregulares, além de terem força suficiente para matar certos predadores com um único chute, especialmente, se a sua prole estiver nas proximidades.
Girafa-Núbia (Nome Científico: G. Camelopardalis)
Na verdade, esta aqui é uma subespécie de girafa que faz parte das girafas do norte. Elas vivem na Etiópia e no Sudão, a núbia se difere das outras girafas por causa de suas manchas, que possuem um formato de quadrados irregulares, e são marrom escuras com fundo claro. Essas manchas, porém, não aparecem na barriga, nas cocas e abaixo do joelho. Essa girafa, inclusive, foi a primeira a ser descrita pela ciência, a aproximadamente 300 anos atrás.
Girafa-Sul-Africana (Nome Científico: G. Giraffa)
Essa girafa vive em toda a região sul do continente africano, ou seja, Moçambique, Zimbábue, Botsuana, Namíbia e África do Sul. Uma diferenciação delas em relação às outras espécies, é que elas possuem manchas que, ou são arredondadas, ou são em forma de “estrelas”, e que aparecem até mesmo nos pés e nos cascos.
Preservação das Espécies
Há cerca de três anos atrás, as girafas entraram para o relatório da International Union for the Conservation of Nature como um dos mamíferos mais ameaçados do mundo. Pra se ter uma ideia, no decorrer de 30 anos, a população de girafas na África reduziu em torno de 40%, sendo que as razões disso são várias, desde o crescimento populacional das pessoas, até a transformação de seus habitats naturais em terras agrícolas, além, é claro, do desmatamento.
A caça ilegal também é outro fator preponderante para o desaparecimento gradativo desses animais, com muitos caçadores profissionais vindos de outras nações só para terem as girafas como seus “troféus”. O que prova que nós, seres humanos, continuamos sendo um grande problema para os animais e a natureza em geral.