O tamanho da boca de um hipopótamo (e a quantidade de dentes que eles possuem) diz muito sobre o potencial de letalidade dessa fera que é considerada a espécie mais perigosa da natureza.
O Hippopotamus amphibius ou Hipopótamo-comum, ou mesmo Hipopótamo-do-nilo, ao abrir a boca apresenta-nos uma cavidade oral que é capaz de atingir uma amplitude de 180° e medir entre 1 e 1,2 m de cima a baixo, além de exibir uma respeitável arcada dentária com dentes capazes de medir entre 40 e 50 cm de comprimento – especialmente os seus caninos inferiores.
O resultado de tamanho monumento de músculos, ossos e articulações é a morte de cerca de 400 a 500 pessoas todos os anos, na maioria absoluta dos casos dentro d’água (o seu habitat natural); e mais comumente ainda, por imprevidência quanto aos riscos da aproximação deste tipo de animal.
O problema qui é que o hipopótamo é uma espécie extremamente territorialista, como poucas na natureza. Ao perceber a presença de um humano (ou mesmo de outros machos ou outros animais) eles não medirão esforços para atacar; hábeis como são em terra e na água; sem contar, obviamente, o potencial de letalidade das suas presas, que até parecem ter como única função ser um instrumento de combate.
Acredite, você não vai querer cruzar com um hipopótamo (ou “Cavalo-do-rio”) durante o cio ou enquanto eles abrigarem filhotes recém-nascidos! Pois certamente irão atacar; eles farão em pedaços uma embarcação como se até fora um artefato de brinquedo; em uma das cenas mais impressionantes e aterradoras da natureza selvagem.
Além do Tamanho da Boca e dos seus Dentes, Quais as Outras Características mais Marcantes nos Hipopótamos?
Na verdade o alerta que se costuma dar a aventureiros, turistas e pesquisadores é o de que nunca, em hipótese alguma, aproximem-se de um grupo de hipopótamos; e nem sequer pensem que um barco pequeno será proteção suficiente contra um possível ataque desse animal – eles simplesmente não tomarão o menor conhecimento das suas estruturas!
O curioso é que os hipopótamos são animais herbívoros, que satisfazem-se bem com as plantas aquáticas que encontram nas margens dos rios e lagos onde habitam. Porém essa condição em nada impede que, na hora de defender o seu espaço, eles comportem-se como alguns dos mais violentos predadores carnívoros da natureza.
Há alguns anos o ataque de um hipopótamo ao americano Paul Templer (33 anos) tornou-se quase lendário. À época ele tinha 27 anos e trabalhava levando turistas pelo rio Zambezi, próximo ao território de Zâmbia, no continente africano.
O rapaz conta que aquela era uma rotina que já fazia há tempos, levando e trazendo turistas pelo rio, sempre com os olhares interrogadores e ameaçadores do animal sobre eles. Porém o que Templer acreditava era que aquela rotina seria suficiente para que o animal se acostumasse com a sua presença e o encarasse como um amigo.
Ledo Engano!
O ataque ocorreu numa dessas viagens, ao sentir uma pancada violenta nas costas, fazendo com que o caiaque que ele utilizava fosse parar no outro lado do rio! Enquanto ele, e os demais turistas, tentavam, de todo o jeito, seguir em direção à terra firme.
Mas já era tarde! Uma mordida violenta simplesmente o “engoliu” da metade do seu corpo para cima; quase totalmente abocanhado pela fera! E o resultado? A amputação do braço esquerdo, além de mais de 40 mordidas profundas; sem contar as sequelas psicológicas difíceis de serem esquecidas.
Hipopótamo: Dentes, Boca e Músculos Prontos para Atacar
Um tamanho assustador (cerca de 1,5 m de comprimento), boca e dentes devastadores, um instinto territorialista incomparável na natureza, entre outras características, fazem do hipopótamo o animal mais perigoso do mundo, em comparação com algumas das mais devastadoras feras selvagens.
O animal é endêmico da África. Nos rios de Uganda, Zâmbia, Namíbia, Chade, Quênia, Tanzânia, entre outras regiões quase fantásticas do continente africano, eles competem em extravagância e exoticidade com algumas das espécies de animais e vegetais mais singulares do planeta.
Os hipopótamos são animais essencialmente noctívagos. O que eles gostam mesmo é de passar a maior parte do seu tempo dentro d’água, e só saem para incursões nas margens dos rios (e de lagos também) para alimentarem-se com as plantas e ervas aquáticas que as constituem.
Durante essas incursões noturnas é possível encontrá-los a até alguns quilômetros em terra firme. Mas, a depender da região (especialmente em reservas protegidas), é possível avistá-los nas margens durante o dia, tomando sol cômoda e distraidamente à beira de um lago ou rio. Eles rolam na vegetação ribeirinha. Disputam (como bons selvagens) o espaço e a posse das fêmeas. Tudo isso de forma aparentemente inofensiva e acima de qualquer suspeita.
No Parque Nacional de Ruaha (Tanzânia), por exemplo – uma reserva com cerca de 20 mil km2 – , estão algumas das maiores comunidades de hipopótamos do mundo. Assim como também nas não menos importantes reservas Serengeti (no mesmo país) e no Parque Nacional Etosha, na Namíbia.
Nestes santuários todos os anos milhões de turistas buscam apreciar as maiores comunidades de elefantes, zebras, leões (e também hipopótamos) do planeta. Em locais com status de verdadeiros Patrimônios Mundiais, erguidos para a proteger dos riscos de extinção uma riqueza incomparável de variedades de animais.
Um Animal Impressionante!
Sim, eles são animais impressionantes! E não só apenas pelo tamanho da sua boca e pelo potencial de letalidade dos seus dentes!
Eles impressionam, também, por serem verdadeiras montanhas de músculos, com pernas curiosamente desproporcionais (pequenas mesmo), mas que não os impedem de atingir, em terra firme, a impressionante velocidade de até 50km/h – especialmente se a sua intenção for defender o seu território de invasores.
Uma outra curiosidade sobre esses animais, é que uma constituição biológica singularíssima os permite ficar até 6 ou 7 minutos em baixo d’água – o que é considerado muito, quando se leva em consideração o fato de que os hipopótamos não são animais aquáticos (quando muito semiaquáticos) e possuem a mesma constituição dos animais terrestres, como os elefantes, leões, roedores, entre outros.
Trata-se, aqui, de uma comunidade verdadeiramente exuberante! Por sorte agora protegida por diversas iniciativas governamentais e particulares que financiam a manutenção de inúmeras reservas ao redor do mundo.
Que é o que garante a preservação de espécies como essas para as gerações futuras, que certamente terão a oportunidade de extasiarem-se diante de uma verdadeira “força da natureza”, sem nada que se lhes comparem no ambiente selvagem e exuberante do continente africano.
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