Se pegarmos para ler tudo o que foi escrito até hoje sobre a teoria da evolução e o surgimento da vida, veremos a importância da água para este processo biológico.
Tudo Começou na Água
Claro, se tudo começou com seres microscópios que conseguiram efetuar a capacidade de se autoreplicador, sem estruturas muitos complexas e desenvolvidas – seja para fisiologia, seja para se deslocar no ambiente – fez necessário um grande solvente que permitisse que essas moléculas bioquímicas se encontrassem no caldo primordial, por diferentes meios e interações (bastante diferentes daqueles que observamos envolvendo os seres macroscópicos da nossa era atual).
Por isso que a água tem tanta importância para vida no planeta Terra; da mesma maneira que quando os astrônomos estudam o multiverso e calculam a possibilidade de existência de vida fora daqui: um dos pré-requisitos cruciais dessa investigam é a existência da água (em especial na sua forma líquida).
Conforme a teoria do surgimento da vida e o desenvolvimento evolutivo, tudo começou com os coacervados, esses dando origens os primeiros seres orgânicos que se multiplicavam, estes sendo os possíveis ancestrais das arqueobactérias (as bactérias antigas), dando assim origem as bactérias modernas, estas dando origem aos protozoários (que também são unicelulares, mas apresentam uma estrutura celular mais complexa: a partir daqui os chamados seres eucariotos), e assim dando origem aos representantes que seriam os ancestrais dos três reinos biológicos dos pluricelulares: os fungos, os animais e os vegetais.
Com a vida dando início na água, entendesse o porquê se necessita desse líquido para a nossa sobrevivência: mesmo porque nós saímos da água, mas a água não saiu da gente (lembrando que o nosso corpo é composto por aproximadamente 70% de água, a maioria presente intracelularmente, assim como as células de bactérias que vivem em simbiose conosco).
O Ambiente Terrestre: a Vida Segue o seu Caminho
A necessidade da água na fisiologia de qualquer ser vivo do planeta Terra determina crucialmente quais os destinos que as populações de animais, vegetais e outros seres vivos seguirão.
A cada novo estágio evolutivo, o problema da perda hídrica e da constante necessidade de reposição de água deveriam ser solucionados, já que tal parâmetro ainda obrigava muitos representantes dos seres vivos a viverem em biomas com grande presença de água e umidade.
Os animais vertebrados nos dão uma excelente didática deste dinamismo.
Consideremos o grupo dos cordados: os peixes, os primeiros representantes da escala evolutiva desta divisão taxonômica, necessitam da água em todos os seus tempo de vida, desde ovo passando por estágios primordiais até o animal adulto; já os anfíbios necessitam apenas do ambiente aquático em seus estágios de ovo e larva (girino), pois quando adulto consegue viver em ambiente terrestre, apesar deste terem de ser bastante úmidos; já os répteis, as aves e os mamíferos são os representantes que conseguiram desenvolver as melhores estratégias para a conquista do ambiente terrestre, seja com o ovo de calcário do primeiro e dos segundo grupos citados, seja com o útero, no caso do terceiro (ficando apenas na perspectiva embriológica).
Claro, é bastante comuns vermos repteis (crocodilos), aves (gaivotas) e em especial os mamíferos (como o grupo dos cetáceos: baleia, golfinho e boto) com importante nichos ecológicos em ambientes aquáticos, mas estes animais conseguiram desenvolver funções biológicas que os deixam menos dependente da água do que os peixes e os anfíbios: por exemplo, os cetáceos não possuem respiração branquial (debaixo da água) como os peixes e tubarões, necessitando frequentemente subir na superfície para respirar o oxigênio atmosférico.
A Natureza dos Ambientes Terrestres
Se nos bilhões de anos atrás a vida era restrita dentro dos mares (considere que a configuração continental não era a que conhecemos hore, com um supercontinente e – respectivamente – um superoceâno).
Nos dias de hoje o ambiente terrestre já possui bastantes recursos biológicos para competir com o ambiente aquático, desde que nós não exterminamos tudo.
Peguemos o maior bioma do mundo, a floresta Amazônica: logicamente pelo próprio nome do bioma (floresta tropical) há um importante papel da água para a manutenção de toda a biodiversidade encontrado na floresta, mas devemos considerar que a maioria do patrimônio amazônico é terrestre, com suas arvores centenárias e todo a representatividade faunística presente.
Outras biomas também são excelentes exemplos de patrimônio ambiental terrestre, dentro do nosso próprio pais continental-tropical: o Pantanal segue sendo uma das maios importantes reservas biológicas do mundo.
A floresta Atlântica é outro patrimônio, todavia já ter sido alvo da exploração predatório em larga escala, já que foi a primeira a receber os colonizadores (conforme o litoral brasileiro recebendo as primeiras caravelas portuguesas), restando pouco mais de 10% de sua cobertura original, também sendo um importante indicador do que pode restar da floresta Amazônica e do Pantanal, caso nenhuma medida de contenção da exploração ambiental predatória seja tomada, em prol das florestas tropicais.
Temos também o Cerrado, Caatinga e os campos gerais do sul (padarias, ou pampas), estes que possuem menor biodiversidade do que as florestas tropicais, entretanto possuírem significativos componentes biológicos, além de também serem constantemente alvo da exploração ambiental predatória.
Os Animais Dependem do Solo
Quando a vida saiu do ambiente aquático e fixou nos ambientes terrestres, a evolução selecionou importantes atributos morfológicos e fisiológicos, conforme a adaptabilidade dos seres para viverem nesses meios.
Em especial os animais, já que não produzem a sua própria fonte alimentar (como os produtores), era necessário então funções que estes pudessem sobreviver em seu novo habitat conquistado.
O solo fez com que os animais fossem selecionados com apêndices articulados, estruturas de locomoção que permitiram a conquista terrestre: desde os pequenos insetos até os grandes dinossauros se locomoviam devido a estas estruturas, indo assim atrás de fontes alimentares, fugindo de predadores, procurando parceiros para o acasalamento, conseguindo sobreviver e dar continuidade aos seus genes por gerações seguintes.
O solo também tem uma importância indireta aos animais, já que eles são os substratos onde as plantas se fixam: elas, por serem produtores e realizarem a fotossíntese, acumulam em suas células grandes quantidades de matéria orgânica (açúcares em especial), tornando-se assim uma crucial fonte alimentar para os animais (sendo que muitos animais consumidores secundários se alimentam de animais que comem plantas, conforme os preceitos da cadeia alimentar).