A origem dos pinguins é obscura. Provavelmente eles representam a evolução das aves semelhantes às gaivotas. Eles viviam em um estado em que podiam voar e nadar; hoje eles não sabem mais como voar, mas são excelentes nadadores e mergulhadores. Eles usam suas asas como nadadeiras para avançar na água, onde eles se movem com agilidade e elegância, saltando em intervalos regulares, como golfinhos, para respirar.
Quais São Os Predadores Do Pinguim E Seus Inimigos Naturais?
Entre os principais predadores dos pinguins na superfície da Terra estão:
Macronectes giganteus: o petrel gigante; é uma espécie de grande ave marinha que vive no hemisfério sul e cuja envergadura pode atingir dois metros. O petrel gigante é uma ave oportunista que, se se alimenta de krill, anfípodes, peixes e cefalópodes, mas invariavelmente é também um limpador. Por exemplo, segue frequentemente navios de pesca tirando partido do peixe e do lixo que jogam fora. Durante a época de reprodução, uma grande parte de sua dieta consiste de pinguins mortos por outros predadores.
Stercorarius spp.: os mandriões ou moleiros; destaque especial para o grande mandrião (stercorarius skua), ave que pode atingir um metro e meio de envergadura para uma massa de quase dois quilos. É uma grande perseguidora de pinguins, especialmente de juvenis. Dizima também os bandos de outras aves marinhas e dos coelhos nas ilhas.
Chionidae spp.: podemos chamá-los de pombos da Antártica; eles são os únicos pássaros antárticos que não têm pés palmados; têm plumagem completamente branca e as duas espécies existentes distinguem-se apenas pela coloração diferente da face e das pernas. É um pássaro considerado carniceiro, que come de tudo. Os pinguins sofrem com eles porque invariavelmente tentam roubar seus peixes e, se o pinguim vacilar, capturam também seus ovos e seus filhotes.
Larus spp.: um gênero da família das gaivotas; essas aves também são consideradas omnívoras e oportunistas e, do mesmo modo que os pombos da Antártica que citamos, importunam os pinguins tentando roubar seus peixes, seus ovos e também capturar os seus filhotes.
Esses predadores se alimentam principalmente de pequenos e ovos. Para proteger os filhotes, os pinguins estão constantemente ligados a eles, e algumas espécies encontraram uma solução eficaz: aninham-se junto com outros animais. Por exemplo, algumas espécies, como o pinguim de crista, nidificam em conjunto com os albatrozes, aves pacíficas que, com uma envergadura de 3 m, são suficientemente grandes para impedir a entrada de predadores.
Outra maneira, implementada por todas as espécies, é a troca de turnos de pesca entre os pais: um dos pais cuida da pesca para fornecer comida para os jovens e um cuida dos filhotes. Ao retornar da pesca, os pais trocam de papéis e assim por diante. Seus principais predadores no mar são:
Hydrurga leptonyx: a temível foca leopardo; são focas bastante grandes e vigorosas e podem atingir até 4 metros de comprimento e 500 quilos de peso. Em comparação com outras focas, são muito grandes e têm um corpo esguio e recursos bem desenvolvidos, adequados para a caça. São predadores violentos e vorazes para todos os tipos de pinguins e até mesmo para outras focas. É um animal solitário que pode praticar diferentes tipos de caça: assalto ao gelo, perseguição no mar, tocaiando como um crocodilo. Uma vez que um pinguim é capturado, ele é morto, esfolado e desmembrado antes de ser comido.
Orcinus orca: a orca assassina têm uma dieta muito grande, mesmo que as populações individuais se especializem em tipos específicos de presas. Alguns se alimentam exclusivamente de peixes, e outros caçam outros mamíferos marinhos, como leões-marinhos, focas, outros cetáceos como baleias e golfinhos, aves como pinguins, mesmo de grandes dimensões como o pinguim imperador.
Otaria flavescens: o leão marinho da Patagônia se alimentam basicamente de uma grande variedade de peixes. Eles também comem cefalópodes, tais como lulas e polvos. Mas já foram vistos atacando pinguins e jovens focas sul americanas.
Mirounga leonina: o elefante marinho do sul; o conhecimento sobre alimentação de elefantes marinhos ainda é muito parcial. Sabemos que sua dieta é composta principalmente de peixes e lulas. Já houveram de fato relatos de ataques a pinguins mas são considerados raros e pouco estudados.
Outros Predadores Possíveis
Situações ainda pouco estudadas e relatadas de animais contra pinguins incluem:
Carcharodon carcharias: o tubarão branco é um caçador altamente especializado, embora sua dieta possa variar muito dependendo da área em que ele vive. No Mar Mediterrâneo, caça atum, espadarte, tartarugas marinhas, outros tubarões, golfinhos. Em outras partes do mundo pode, por exemplo, alimentar-se principalmente de focas ou leões marinhos. Por isso, embora quase nenhum relato comprovado exista, há sim a possibilidade de pinguins serem vítimas de seu ataque em determinadas circunstâncias.
Leptonychotes weddellii: a foca de weddell alimenta-se principalmente de peixes, crustáceos, mas também de lulas. Porém, essas focas também são alimentadores oportunistas que caçam em diferentes partes da coluna de água, dependendo da disponibilidade de presas. Embora aves marinhas não façam parte de sua dieta, houve avistamentos delas perseguindo e matando pinguins na natureza.
Phocarctos hookeri: o leão marinho da Nova Zelândia; os arctocephalus em si, embora sua dieta consista principalmente de peixes, polvos e lulas, tendem a não descartar as aves marinhas de sua dieta dependendo da disponibilidade de presas. Portanto, os pinguins podem sofrer grandes problemas se estiverem diante deles no lugar errado e na hora errada.
Arctocephalus pusillus: mais um arctocephalus que apenas confirma o que já dissemos. São comedores principalmente de lulas, polvos, peixes e lagostas, mas se um pinguim vacilar num momento inoportuno vai virar presa. Essa espécie já foi vista comendo até tubarão quando achou conveniente pra ele!
Predadores Surpreendentemente Prováveis
Conhecida como weka, a gallirallus australis é comum nas regiões da Nova Zelândia e proximidades, e habita ambientes semi urbanos modificados pelo impacto antropogênicos. Também são aves omnívoras e consideradas necrófagas. Embora suas chances diminuem com a presença de gaivotas, ela domina a área na sua ausência e não desdenha da carne de pinguins mortos por outros predadores sempre que tiver a oportunidade. Também comem seus ovos.
Os pinguins podem sofrer até mesmo com animais incomuns em seu habitat (ou com o pinguim surgindo de modo incomum no habitat deles). Ou seja, a convivência entre os pinguins e esses animais não são frequentes, mas ainda assim os pinguins podem se tornar presas em alguma circunstância. Em zonas temperadas, outras espécies podem atacar principalmente ovos e filhotes de pinguins como raposas, serpentes e até as aves pernaltas conhecidas como íbis.
Muitas espécies de pinguins se desenvolveram em ilhas desabitadas. Um equilíbrio perfeito existia para impedir sua expansão excessiva ou desaparecimento. O homem muitas vezes perturbou esse equilíbrio ao introduzir voluntariamente (animais de fazenda ou animais de companhia) ou involuntariamente outras espécies que se revelaram novos predadores de pinguins. Sendo assim, gatos e canídeos (selvagens ou mesmo domésticos), bem como mustelídeos e roedores são espécies já relatadas atacando ovos e filhotes de pinguins.
E embora estes não sejam animais que necessariamente podem incluir os pinguins em sua dieta, herbívoros como gado, cavalos, porcos, ovelhas, coelhos e cabras podem destruir habitats e ninhos de pinguins, isso graças ao desequilíbrio e o avanço urbano em áreas de pinguins.