Você já ouviu falar de uma espécie de peixe chamada de bijupirá? Bem, ela é mais conhecida como o “salmão brasileiro”, e assim como vários peixes da nossa fauna, este aqui tem características bem interessantes, inclusive, no que diz respeito aos seus inimigos naturais.
Vamos saber mais a respeito?
Características Básicas Do Bijupirá
Também chamado de cobia, este peixe, em termos de aparência, é muito parecido com o tubarão. De nome científico Rachycentron canadum, ele vive ao longo da costa do Brasil, podendo ser encontrado desde o Amapá até o Rio Grande do Sul.
De comportamento curioso, o bijupirá tem o hábito de acompanhar com frequência barcos e pescadores. E, sua aparência com o tubarão não é à toa, já que se trata de um peixe igualmente grande, podendo medir até 2 metros de comprimento e a pesar, pelo menos, uns 70 kg.
Seu corpo é bem alongado e fusiforme, possuindo escamas muito pequenas, além de ter uma coloração de predominância amarronzada. Fora isso, em termos de aspectos físicos, possui duas faixas prateadas ao longo do seu comprido corpo.
Com relação à convivência com os de sua espécie, tanto podem ter hábitos solitários, quanto podem também viver em pequenos grupos, quase sempre debaixo de detritos flutuantes. Quando migram, geralmente, é com uma única finalidade: reprodução. Podem, inclusive, acompanhar peixes maiores, para que estes sirvam como uma espécie de “guarda-costas” contra seus inimigos naturais, ou mesmo para aproveitarem restos de comida (não é à toa, por exemplo, que podem viajar junto a tubarões, já que são tão parecidos, que podem se “camuflar” em meio a eles.
Fora o Brasil, outros lugares do mundo onde podemos encontrar esse peixe é no Atlântico Ocidental (Canadá, EUA, México e Caribe) e no Atlântico Oriental (do Marrocos a África do Sul), passando pelo Pacífico Oeste, e chegando ao Japão e a Austrália.
Mais Algumas Características Desse Peixe
Ainda em termos físicos, a cabeça do bijupirá é grande e achatada. Suas nadadeira dorsal e análise são do mesmo tamanho, tanto é que uma parece ser interessante reflexo da outra. Já a nadadeira caudal em si possui o lobo superior maior do que o lobo inferior.
Trata-se de um peixe que vive, na maior parte das vezes, em alto mar, mas que pode, ocasionalmente, ser encontrado em regiões costeiras que possuam fundos rochosos ou mesmo em recifes, bem como em estuários e baías também.
Mesmo que o consumo de sua carne esteja aumentando um pouco ao longo desses últimos anos, não é muito comum encontrá-lo nos mercados por aí como outras espécies similares são mais amplamente comercializadas.
Inimigos Naturais Do Bijupirá E Alimentação Mais Comum
Em se tratando de hábitos alimentares, o que sabemos é que o bijupirá é piscívoro, ou seja, come outros peixes que nem ele. Além disso, podem incluir em seu cardápio crustáceos e lulas em geral.
Já com relação aos seus predadores, não se sabe ao certo que tipos de animais são, de fato, inimigos naturais do bijupirá. Porém, acredita-se que o peixe da espécie dourado (cujo nome científico é Coryphaena hippurus) se alimente de exemplares mais jovens de bijupirá. Com relação a peixes adultos, a maior certeza é que eles possam servir de comida para tubarões da espécie mako.
Ou seja, se fomos catalogar os inimigos naturais do bijupirá, os únicos que parecem ameaçar esse animal são outros peixes maiores (o dourado e o tubarão mako). E, claro, existe sempre a questão do ser humano também ser considerado inimigo natural de muitos animais, especialmente, de muitas espécies de peixes que sofrem constantemente com a questão da pesca.
Pesca Esportiva E Predatória Do Bijupirá
Nos últimos tempos, vem crescendo a apreciação gastronômica por essa espécie de peixe, visto que a sua carne tem uma textura elástica e possui um sabor suave e agradável. Diante disso, é óbvio que a pesca por esse peixe iria aumentar com o passar dos anos, o que a longo prazo poderia comprometer a quantidade de exemplares na natureza.
Porém, algumas alternativas à pesca predatória vêm sendo realizadas com o lassar desses anos, como anos criação desses peixes em cativeiro. É bom ressaltar que, nesse sentido, o bijupirá possui uma produtividade cerca de 4 vezes maior do que o salmão. Ou seja, exemplares naturais poderiam ser preservados em detrimento desse tipo de criação. Em cativeiro, por sinal, esse peixe pode alcançar até 8 kg no decorrer de um ano.
Bom ressaltar ainda que essa espécie é bastante resistente e aguenta bem vários tipos de rações, o que torna viável a sua criação, ao passo que pode diminuir a pesca predatória dele. Quanto à pesca esportiva, esta continua a ser feita, porém em áreas protegidas, e com leis que regem procedimentos específicos.
Em todo caso, cabe sempre deixar esses animais em paz na natureza, mesmo que os seus inimigos naturais não sejam tantos e que não estejam ameaçados de extinção.
Predadores De Peixes Similares Ao Bijupirá
Interessante notar que o bijupirá não tem tantos inimigos naturais assim, pelo menos em comparação a outros peixes mais ou menos parecidos. Peguemos como exemplo o salmão. Além de ser amplamente pescado por nós, humanos, para servirem de alimento, esses peixes ainda precisam enfrentar corvos-marinhos, focas, golfinhos e orcas. Não é à toa, inclusive, que esse tipo de peixe esteja seriamente ameaçado de extinção.
Outros tipos de peixes similares ao bijupirá são espécies pequenas de tubarões, que também (é, por incrível que pareça) possuem seus próprios inimigos naturais. Muitas vezes, por sinal, os predadores de pequenos tubarões parecidos com bijupirás são tubarões ainda maiores, além de serem vítimas de grandes mamíferos marinhos, como orcas, por exemplo.
É por viver numa cadeia alimentar tão disputada que o bijupirá usa justamente a estratégia de ficar ao lado de tubarões, raias e outros predadores maiores do que eles, já que isso confere uma vantagem e tanto na hora de preservarem suas próprias vidas.
De resto, trata-se de um tipo de peixe que não precisa se preocupar tanto com predadores naturais, e como a sua extensão territorial é imensa, isso garante, ao mesmo tempo, que tenha sempre comida farta à sua disposição, com ele sim sendo inimigo natural de muitas espécies por aí.