O hipismo é uma das modalidades esportivas mais conhecidas no mundo, mas se engana quem pensa que qualquer tipo de cavalo pode participar dessa atividade. Na verdade, não é bem assim, e a seguir vamos mostrar que raças de cavalos são realmente usadas nesse esporte.
Anglo Árabe
Esse daqui é o resultado do cruzamento de duas raças distintas e muito prestigiadas: o Puro Sangue Árabe e o Puro Sangue Inglês. Até o momento, pelo menos, é considerado o melhor resultado de um cruzamento entre duas raças puras de equinos.
Não se trata necessariamente de um animal de grande porte. Ao contrário, é de tamanho mediano. Porém, herdou de seus antepassados habilidades que fazem dele em excelente cavalo para disputar qualquer prova de hipismo, como velocidade, galope estendido e aptidão para salto.
Evidentemente que, por essas características, essa raça de cavalo se dá muito bem em provas, como Salto e Enduro.
Quarto de Milha
Um dos destaques dessa imponente raça de cavalo é ter a habilidade de correr muito em distâncias curtas. Inclusive, o seu nome popular veio justamente da capacidade de se distanciar de outros cavalos em corridas de um quarto de milha.
Trata-se da raça de equino mais popular da América do Norte, possuindo um temperamento muito dócil, ao mesmo tempo que é um animal bastante inteligente. Aqui no Brasil é uma raça também muito apreciada.
E não é à toa que é essa é considerada uma das raças mais velozes do mundo. Atualmente, o recorde desse tipo de cavalo é 20 segundos em um quarto de milha, ou seja, em 400 metros de distância.
Mangalarga
Este daqui é considerado o principal cavalo de sela do mundo, e ele faz por merecer esse título. Trata-se de uma raça de origem brasileira, e que surgiu há cerca de 200 anos trás. E, é justamente a marcha a principal característica desse espécime.
Ele possui um andamento que é classificado por especialistas como diagonal, com um pequeno tempo de suspensão, o que torna o seu galope bastante elegante. Além disso, trata-se de um animal bastante ágil, algo bem útil em provas de hipismo dos mais diversos tipos.
Essa rala também foi pioneira no uso de biotecnologia para clonagem de espécimes equinas. Há atualmente mais de 200 mil exemplares desse animal, e grande parte se encontra no estado de São Paulo.
Pampa
A origem dessa raça data do ano de 1519, a partir do momento em que o explorador espanhol Hermando Côrtes trouxe para a América 16. cavalos de guerra, e entre eles, havia um com uma pelagem bastante peculiar (branco, com manchas escuras na parte da frente do corpo). Foi justamente do cruzamento desse tipo de cavalo com os chamados mustangs que surgiu o pampa americano.
Aqui no Brasil, no entanto, não se sabe ao certo sua origem, porém, acredita-se que essa raça tenha sido introduzida no país através de alguns exemplares de origem bérbere. E, foi justamente por aqui que surgiu uma marcha diferenciada dessa raça de cavalos, que se tornou famosa, e perfeita para ser usada em provas de hipismo.
Alguns especialistas, no entanto, não consideram o pampa uma raça propriamente dita, já que é oriunda de outras raças.
Andaluz
Descendente de um tipo de cavalo espanhol, o andaluz é uma das mais antigas raças do mundo, sendo talvez o mais antigo cavalo de sela que temos nos dias de hoje. Pra se ter uma ideia, essa raça de equino era bastante apreciada nas cortes imperais, especialmente por conta de sua elegância no trote e do seu bom temperamento.
Em épocas mais antigas, esse animal era usado como montaria de guerra, devido à sua leveza e agilidade. Esse cavalo deu origem, inclusive, a boa parte das raças modernas, como é o caso do Puro Sangue Inglês. Trata-se de uma raça basta forte e resistente, ideal, portanto, para ser usada em provas de hipismo.
Puro Sangue Lusitano
De origem portuguesa, essa é a raça de cavalo de sela mais antiga do mundo, tendo começado a servir como montaria por volta de 5 mil anos atrás. Os ancestrais desse cavalo, por sinal, são comuns a outras raças (o Sorraia e o Árabe).
Esse espécime possui uma habilidade inata para a prática de exercícios em ares altos, o que o torna um dos mais propensos à prática do hipismo. Como curiosidade, foi essa raça de cavalos a usada na trilogia de filmes do Senhor dos Anéis.
Puro Sangue Inglês
Devido à sua velocidade, vigor e capacidade de resistência, esse cavalo é um dos mais usados em competições esportivas pelo mundo. Tendo sido desenvolvida entre os séculos XVII e XVIII, essa raça foi resultado do cruzamento de éguas locais com garanhões árabes e bérberes.
Inclusive, a sua velocidade não foi adquirida do nada. Recentemente, cientistas descobriram nessa raça um gene associado à mutação de um fator limitante do crescimento muscular, chamado de miostatina, que é justamente uma mutação que está presente nos equinos mais velozes do mundo.
Sela francesa
Originário da região da Normandia, na França, esse cavalo surgiu através do cruzamento de duas outras raças: garanhões puro sangue ingleses e éguas das antigas linhagens de sela ou trotadoras anglo-normandas. A finalidade foi simplesmente para criar uma nova raça que pudesse competir em esportas hípicos com mais eficácia.
Sua estrutura é ótima, podendo alcançar 1,70 m de altura, destacando-se em algumas partes específicas do hipismo, como, por exemplo, salto, adestramento e concurso completo de equitação. Esse, sem dúvida, sempre tem chances de ser campeão.
Holsteiner
Raça originária da Alemanha, mais precisamente das regiões de Schleswig e Holstein, o Holsteiner é uma das raças mais populares quando o assunto é hipismo. Por ser bem forte e resistente, ele consegue praticar esse esporte com bastante destreza e sem cansar.
Muitos especialistas consideram ela a raça de cavalos de sangue-quente mais antiga do mundo, tendo sua origem, provavelmente, no século XIII. Algumas das principais modalidades nas quais essa raça se destaca são saltos, adestramento, atrelagem e cross-country, e mesmo que sejam cavalos de grande porte (podendo ter 1,70 m de altura), eles não são animais desengonçados).