O porco-piau é uma raça considerada gigante! Gigante mesmo! Ele pode facilmente atingir um peso superior a meia tonelada (como vemos nessas fotos), e ainda ser uma variedade rústica, grande produtora de banha e de carne.
O porco-piau também é um reprodutor incomparável, não agressivo, capaz de produzir grandes quantidades de leite, entre outras características típicas dessa espécie de porcos criada no Brasil.
São características que o segmento da suinocultura brasileira agradece, pois ajudam a manter o nosso status de um dos quatro maiores produtores e exportadores de carne suína do mundo, só perdendo mesmo para a China, Estados Unidos e União Europeia – um grupo que, diga-se de passagem, torna a posição do Brasil ainda mais honrosa.
A raça piau é uma espécie típica do Centro-Oeste Brasileiro. É nas regiões de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que a sua criação ocorre com maior abundância, e de onde eles partem para as demais regiões do Brasil e do mundo – colocando o país entre as principais autoridades quando o assunto é produção de carne suína.
O seu nome, “piau”, é, supostamente, um apelido dado pelos indígenas da região Centro-Oeste, devido à característica da sua pelagem – toda ela formada por manchas. Daí a sua denominação, “piau” (“o que tem manchas”) – talvez a característica física mais marcante dessa espécie.
Outras características marcantes são o seu peso (considerado gigante), suas características físicas e biológicas, a fácil adaptabilidade à variações climáticas, modestas exigências alimentares, entre outras singularidades que eles apresentam.
Porco Piau: Fotos, Imagens, Descrições, Peso e Outros Detalhes Característicos de uma Espécie Considerada Gigante para os Padrões Brasileiros
Reza a lenda que o porco-piau foi um daqueles presentes trazidos diretamente da Europa para o Brasil à época do descobrimento. Era uma raça de porcos extremamente resistente a doenças, gigante em seu peso, com as características de um reprodutor nato e, como não podemos ver nessas fotos, incrivelmente dócil.
Não precisa nem dizer que essas características tornaram a criação de porcos-piaus uma tradição brasileira, especialmente na região central do país, que acabou transformando-se na principal referência em produção e exportação de carne brasileira.
Basta lembrar que dentre os 5 maiores produtores de carne do Brasil, estão simplesmente três estados do Centro-Oeste (menos o Distrito Federal): Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
E por isso, hoje, o porco-piau é uma raça genuinamente brasileira (reconhecida como uma espécie nativa do país), de acordo com todas as normas e regulamentos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) – que é quem define as espécies como tal.
Uma característica marcante no porco-piau é a peculiaridade da sua carne, formada por uma combinação de fibras e de gorduras intramusculares que lhe conferem mais sabor e suculência, além de produzir bacon, presuntos, defumados, entre outras iguarias desse gênero, com qualidade bastante superior à de outras raças.
Na verdade, para a maioria dos produtores, a criação do porco-piau é um privilégio! A sua capacidade de resistir à variações de temperaturas, baixo custo de produção, resistência a doenças e as suas características de rusticidade, fazem dessa espécie uma variedade à parte nesse vigoroso e controverso gênero Sus.
Além de um Peso Gigante, o que mais Essas Fotos, Imagens e Descrições Podem nos Dizer Sobre as Características do Porco-Piau?
Ainda sobre as características de rusticidade do porco-piau, impressiona o fato de ele ter se adaptado a nada mais nada menos do que o clima seco, quente e quase desolado do semiárido brasileiro.
Com boas e fartas quantidades de mandacaru, palmas, frutas da região, forrageira, licuri, entre outras vegetações do tipo “xerófilas”, esses animais podem ser mantidos adequadamente. E nem mesmo os cuidados e os acréscimos de nutrientes que eles exigem tornam a sua produção mais dispendiosa.
Os porcos-piaus crescem com menos rapidez; porém o baixo custo da sua criação compensa, e muito, esse contratempo, já que é possível manter a sua dieta com pelo menos 1/3 só de gramíneas, e o resto em uma combinação de frutas, verduras, folhas, raízes, ração e demais nutrientes capazes de agregar um pouco mais de qualidade a essa dieta.
Dessa forma, os porcos-piaus conseguem, surpreendentemente, manter, a contento, esse seu peso considerado gigante, as características de um grande reprodutor, um produtor de leite sem igual, oferecer carne e banha de forma abundante; e ainda, como se tudo isso não bastasse, com as características de um animal facilmente domesticável.
A Suinocultura no Brasil
O cenário da suinocultura brasileira é dos melhores. O País ocupa o 4º lugar entre os maiores produtores e exportadores de carne de porco, só perdendo mesmo para os gigantes da economia mundial: China, Estados Unidos e União Europeia.
Foram cerca de 3.757.000 de toneladas de carne produzidas para consumo interno e externo no ano de 2017.
E apesar de ser o Centro-Oeste o motor indutor da produção de carne no país, é na região sudeste que está a quase totalidade da produção de carne suína (quase 70%).
E com uma qualidade de fazer inveja aos maiores centros produtores do mundo, haja vista o fato de que o Brasil é um dos principais exportadores de carne para o Japão e Coreia-do-Sul – países reconhecidamente exigentes quando o assunto é a qualidade da carne consumida pela sua população.
De acordo com representantes da EMBRAPA, investimentos que impulsionem, ainda mais, as pesquisas com relação ao desenvolvimento de novas tecnologias para o melhoramento genético das espécies, estão sendo levados a cabo atualmente.
E como o porco-piau, de forma natural, costuma desenvolver um peso considerado gigante, características de rusticidade, além de outras peculiaridades (que infelizmente essas fotos não nos podem mostrar), o incremento das suas qualidades biológicas torna-se ainda bem mais fácil.
E se o Brasil tem no Agronegócio – que envolve, entre outras coisas, a criação, abate e exportação de suínos – o grande motor indutor da sua economia, urge atentar, cada vez mais, para a necessidade de conservar e aumentar esse prestígio conquistado ao longo de décadas, por meio de investimentos no segmento da suinocultura brasileira.
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