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Por que bivalves são animais filtradores? O que é isso?

Um animal filtrador é aquele que consegue seu alimento por meio de um procedimento de filtração. Existem vários animais que se encaixam nessa categoria, desde esponjas marinhas até animais gigantes como as baleias. A atitude filtradora é muito vista em crustáceos e moluscos. Os filtradores ainda são conhecidos como suspensívoros, pois seu alimento se encontra suspenso nas águas.

Grande parte das criaturas bivalves usa a filtração para se alimentar. O que torna esses animais filtradores é a sua capacidade de retirar partículas de oxigênio e alimento da água.

Por exemplo, os mexilhões têm um sifão e utilizam-no para entrada e saída de água. Quando a água adentra, ela recebe um impulso por meio de alguns cílios. Vale lembrar que esses cílios revestem a parte interior do manto e das guelras dos mexilhões.

As brânquias dos bivalves possuem duas funções: respirar e se alimentar. A superfície cheia de cílios leva as partículas alimentares para o local da digestão. Ademais, as partículas sem utilidade vão para o local de descarte.

No caso dos mexilhões, eles produzem um muco que prende o alimento e torna o seu deslocamento mais simples. Os cílios do mexilhão, juntamente com a secreção do muco, podem ser identificados como filtração mucociliar.

Atitude Filtradora

Tanto as criaturas da água como os seres da terra apresentam várias formas de se alimentar e, muitos deles, criam métodos para isso. A filtragem é uma das maneiras mais comuns de se conseguir alimentos nos mares.

A filtração está ligada ao grupo de animais que fazem microfagia. Basicamente, microfagia é o hábito de consumir coisas minúsculas como plânctons, bactérias entre outras coisas. Em geral, animais filtradores costumam se alimentar de organismos muito pequenos.

O processo de filtragem consiste em separar pequenas partículas de alimento que fazem parte da água. Esse processo acontece por causa da passagem da água por uma determinada parte do corpo do animal. É nesse lugar que a criatura separa e consome o seu alimento.

Bivalves Filtradores

As esponjas do mar filtram seus alimentos de forma simples, pois cada uma de suas células consegue engolir partículas por meio da fagocitose. Cada vez que a água adentra nos poros e atravessa os canais das esponjas, os coanócitos (células flageladas) captam os fragmentos que são usados como alimentos.

Se, por acaso, houver partículas maiores que não conseguem passar pelos poros, elas serão fagocitadas por células que ficam nas partes externas da esponja.

Os anelídeos poliquetas utilizam esse tipo de filtração. Por exemplo, os sabelídeos têm grandes cílios em seus apêndices e, junto como o muco, eles têm a função de capturar alimentos.

As criaturas poliquetas vivem enterradas em alguns sedimentos que elas utilizam como esconderijo. Elas liberam algumas secreções que deixam os alimentos suspensos e, depois disso, os puxam para o seu esconderijo.

Normalmente, os tatuíras ficam enterrados na areia e expõem apenas os seus olhos e as suas antenas. Essas antenas possuem cerdas que servem para trazer água para a boca desse crustáceo.

Além de usar a antena como filtro, esse animal também utiliza suas patas e os apêndices bucais para fazer a filtragem, pois ambos possuem cerdas filtradoras. A craca e o krill também são crustáceos filtradores. Não são apenas os invertebrados e os animais de pouca mobilidade que filtram seus alimentos. Como tal, o arenque é um dos peixes que se alimentam dessa forma.

Esses animais deixam suas bocas abertas durante o nado, pois, assim, utilizam as brânquias para filtrar o plâncton presente na água. A baleia jubarte não tem dentes, pois em seu lugar, ficam as placas filtradoras.

Bivalve na Pré-História

Os bivalves são criaturas que existem há mais de 500 milhões de anos. Sua primeira aparição registrada foi no período Câmbrico. Contudo, os bivalves de água doce vieram a partir do período Devoniano.

A população dessas criaturas diminuiu bastante na extinção do Permiano-triássico. Esse evento praticamente destruiu todas as criaturas que existiam na Terra e, como o próprio nome já diz, representou a passagem do Período Permiano para o Período Triássico.

Bivalve na Pré-História

Mesmo com essa destruição, os poucos bivalves que sobreviveram evoluíram muito e geraram vários nichos para os bivalves de hoje em dia. Os bivalves mais parecidos com os atuais vieram do Período Cenozoico e se proliferaram pelo planeta gerando muitas espécies e subespécies.

O que é um Bivalve?

Segundo a biologia, bivalves são animais que pertencem ao grupo dos moluscos. A palavra “bivalve” está ligada aos termos em latim “bi” (duplo) e “valva” (válvula). Isso significa que o bivalve é um ser vivo composto por duas válvulas. Cada uma das partes dessa criatura é composta majoritariamente por carbonato de cálcio.

Os bivalves têm seu corpo revestido por uma concha e tem sifões que servem para administrar a entrada e a saída da água. Dessa forma, os sifões fazem o bivalve respirar e também o ajudam a se alimentar.

Os bivalves são criaturas que têm duas partes unidas por algumas juntas que se parecem com dentes (charneiras). Normalmente, os bivalves deixam suas valvas abertas quando estão em repouso.

As charneiras possuem um dispositivo cuja função é manter as valvas do bivalve afastadas. Se algum predador se aproximar, o bivalve fecha a sua concha e fica nessa situação durante muito tempo. Ele só vai se abrir de novo quando resolver afrouxar os seus músculos.

Apesar de algumas conchas dos rios produzirem pérolas, são as conchas do mar que produzem boa parte desse material orgânico. O maior bivalve reconhecido pela ciência é a tridacna do Pacífico sul, cujo comprimento é de 1,20 m. Segundo a ciência, existem 11 mil tipos de bivalves.

Bivalves no Continente Americano

Alguns bivalves preferem passar a sua vida em um único local. Contudo, existem aqueles que gostam de nadar por vários lugares e ainda têm aqueles que preferem se enterrar. Essa criatura marinha é adepta das temperaturas tropicais, por isso, é comum ver esses animais no oceano Índico e Pacífico. Além do mais, os bivalves ainda são muito encontrados no Caribe.

Nas Américas, o Brasil é um dos países que tem a maior quantidade de bivalves. Como o maior país da América do Sul tem uma grande população de moluscos, ele também abrange muitas espécies. No entanto, é muito raro encontrar bivalves no Brasil, pois eles raramente vêm para superfície. Para encontrá-los, é necessário mergulhar ou capturar algum deles com uma rede de pesca.

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