A subfamília de pinguins Palaeeudyptinae já é extinta. Nela, estão inclusos inúmeros gêneros da espécie, e que são bem grandes. Inclusive os pinguins da subfamília Plaeeudyptes marplesi, e o grande Pachydyptes ponderosus, que tinha o peso semelhante ao de um homem.
No post de hoje, vamos aprender um pouco mais sobre o pinguim Palaeeudyptinae gigante, suas principais características e extinção. Acompanhe abaixo:
Palaeeudyptinae Gigante – Características
O pinguim Palaeeudyptinae gigante fazia parte de uma linhagem evolutiva. Quando comparada com os pinguins mais modernas, esses gigantes eram bem mais primitivos. Alguns, por exemplo, mesmo que já estivessem sem a plumagem aviária das asas, ainda não possuíam as nadadeiras semirrígidas, que algumas espécies contemporâneas possuem.
O ulna (osso longo situado no antebraço, que vai do cotovelo até o dedo menor) e o osso radial (ou raio, que é o outro osso grande do antebraço), já se encontravam achatados, para melhorar a propulsão. Enquanto isso, tanto o cotovelo, quanto as articulações do punho permaneciam com um elevado grau de flexibilidade, mais do que a estrutura que se apresentava mais rigidamente travada, existente nos gêneros mais modernos.
Os fósseis dos Palaeeudyptinae gigantes chegavam a uma medida de até 5 metros de comprimento. Eles costumavam passar em torno de metade das suas vidas dentro d’água. E se alimentavam, basicamente, de lulas, crustáceos e de outros moluscos.
Para facilitar o seu deslocamento dentro da água, os seus pés eram encobertos com uma membrana. Enquanto que as penas eram, na verdade uma enorme plumagem impermeável, que servia para proteger o animal contra o frio.
Palaeeudyptinae Gigante – Extinção
O desaparecimento da subfamília Palaeeudyptinae pode estar ligada com o crescimento de competições, uma vez que os grupos de mamíferos (pinípedes e cetáceos) tinham a capacidade de se adaptarem melhor à vida marinha no Mioceno e no Oligoceno.
Os fósseis dos membros pertencentes à essa subfamília foram encontrados na Nova Zelândia, América do Sul, na Antártida e, possivelmente, foram encontrados na Austrália também.
Todo pinguim pré-histórico, cujo gênero não possa ser atribuído a nenhum gênero existente, era incluído aos Palaeeudyptinae. No entanto, hoje em dia, essa visão é considerada como obsoleta.
Existe sim a possibilidade de certos gêneros que não foram encontrados na Nova Zelândia, na Austrália e na Antártida, como é o caso dos Marambiornis, Delphinornis e Mesetaornis, serem, de fato, pertencentes à subfamília Palaeeudyptinae. Assim como também é possível que outros gêneros, como o Korora e o Duntroonornis, sejam parte de outra linhagem, que seja mais avançada um pouco e menor.
Fósseis de Pinguim Gigante São Encontrados na Nova Zelândia
Na Nova Zelândia, os cientistas encontraram fósseis de pinguim gigante, que possui o tamanho de uma pessoa adulta. De acordo com estudos, a espécie teria vivido nos oceanos 60 milhões de anos atrás, aproximadamente.
A estimativa dos pesquisadores é de que a ave pesasse em torno de 80 kg, e tivesse uma altura de 1,6 m. É possível que essa espécie de pinguins gigantes seja uma das que viveram após o desaparecimento de dinossauros.
A descoberta do fóssil, que recebeu o apelido de “pinguim monstro”, foi considerada muito importante por Paul Scofield, curador sênior do Museu de Canterbury e Coautor dos estudos.
O “pinguim monstro”, hoje, é considerado como um dos integrantes da fauna da Nova Zelândia que foram extintos. Na lista, há também morcegos, águias, papagaios e moa, um pássaro enorme, com 3,6 metros de comprimento.
O Que Fez Esse Pinguim Ser Tão Grande
De acordo com Paul Scofield, os pinguins chegavam a todo esse tamanho porque os seus potenciais competidores e predadores, que eram os répteis gigantes marinhos, acabaram desaparecendo dos oceanos na mesma ocasião em que também desapareceram os dinossauros. Ainda segundo Paul, por cerca de 30 milhões de anos, teria sido a era de pinguins gigantes.
Hoje em dia, a maior espécie de pinguins que existe é o pinguim-imperador, que chega a 1,2 metros de altura.
Paul ainda acrescenta que, na época dos “pinguins monstros”, os animais passavam por uma rápida evolução. E que a água apresentava uma temperatura ideal, que favorecia esse desenvolvimento na Nova Zelândia. Hoje em dia, a média é de 8°C, enquanto que, naquela época, a média era de 25°C.
Na ocasião em que existiam os pinguins gigantes na Nova Zelândia, o país ainda se encontrava conectado com a Austrália. E esta, por sua vez, estava conectada com a Antártida.
O fóssil do “piguim monstro” encontrado é bem parecido com outro fóssil, de um outro pinguim pré-histórico também gigante, que descoberto na Antártida, o chamado crossvallia unienwillia. Conforme os pesquisadores, os pinguins crossvallia tinham os pés capazes de cumprir bem melhor o papel durante o nado, em comparação com os pinguins de hoje.
Paul ressalta que, talvez, esses pinguins tenham compartilhado com corais e tartarugas gigantes, e com tubarões diferentes, nas águas da Nova Zelândia.
Qual o Motivo da Extinção do Pinguim Gigante
Ainda não se sabe, ao certo, qual o motivo para o desaparecimento do pinguim gigante, que existia no hemisfério sul. Até o momento, a teoria mais aceita é de que a extinção teria acontecido devido à competição que havia entre esses pinguins e outros animais marinhos, que vieram mais tarde.
No período em que se deu a evolução dos pinguins, outros répteis marinhos grandes haviam sido extintos a pouco, conforme relato do pesquisador Geral Mayr.
Tanto na Nova Zelândia, quanto na Antártida não existiam grandes animais capazes de competir ou de se tornarem predadores. Até que surgiram as focas e as baleias, que apresentavam arcada dentária. Ao que tudo indica, os pinguins gigantes teriam sido extintos na mesma época em que esses animais competidores chegaram. No entanto ainda está em estudo a causa exata da extinção do Palaeeudyptinae gigante.
Local Onde os Fósseis do Pinguim Gigante Foram Encontrados
Os ossos das pernas desse pinguim foram encontrados no sul da Nova Zelândia, em Canterbury. De acordo com Scofield, a região onde os ossos foram descobertos seria bem peculiar, apresentando um berço de rio que corta um despenhadeiro.
Esse mesmo local tem sido, desde os anos de 1980, uma região de descobertas de outros fósseis. Vários desses achados, assim como a descoberta dos fósseis do pinguim gigante, teriam sido encontrados por paleontólogos amadores.