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Peixe Acará-Diadema: Características, Como Cuidar e Fotos

O Brasil é hoje um dos 30 países com a maior porcentagem de produção de peixes no mundo. Ao todo, são 722 560 mil toneladas segundo a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR). E grande parte desta conquista, se deve a extensa variedade de peixes, tanto marinhos quanto de água doce presentes em nosso território. Só de água doce, são aproximadamente 25 mil espécies, e muitas delas bastante difundidas como o ciclídeo Acará-Diadema. Mas quais as características desse animal e como cuidar?

O Acará-Diadema, conhecido cientificamente por Geophagus brasiliensis, é um peixe da classe dos Actinopterígeos (Actinopterygii), da ordem dos Peciformes (Pecomorpha), da família dos Ciclídeos (Cichlidae) e, por fim, do gênero Geophagus. 

Pode ser chamado também de Cará-zebu, Acará-topete, Acará-ferreiro, Acará-caititu, Papa-terra, Acarana, Espalharina e Acaraí. É parente próximo de peixes como tilápia e tucunaré. Além dele, são conhecidos como peixes Acarás, outras espécies de peixes como:

  • Acará-Anão (Pterophyllum leopoldi)
Pterophyllum Leopoldi
  • Acará-Bandeura (Pterophyllum scalare)
Pterophyllum Scalare
  • Acará-Cascudo (Cichlasoma bimaculatum) 
Cichlasoma Bimaculatum
  • Acará-Disco (Symphysodon Discus)
Symphysodon Discus
  • Acará-Orinico (Pterophyllum altum)
Pterophyllum Altum

Morfologia

O Acará-Diadema possui o corpo prolongado e coberto de escamas. Apresenta uma nadadeira dorsal que acompanha todo o corpo; já suas nadadeiras anal, ventrais e caudal são pequenas. Machos possuem nadadeiras com filamentos extremamente longos, sendo que nas fêmeas, são mais curtos e arredondados. Por machos e fêmeas serem diferentes em alguns aspectos, possuem dimorfismo sexual.

Tamanho dos machos variam entre 20 a 28 cm, e fêmeas, entre 15 a 20 cm. O interessante desta espécie, é que sua cor muda de acordo com o seu humor e com a época de acasalamento (tanto machos, quanto fêmeas); podem apresentar diversas cores, que vão desde o verde, o azul-petróleo até o vermelho; porém, sempre com um tom prateado ou furta-cor. Além disso, levam um fina faixa horizontal (geralmente de cor escura) que lhe atravessa o corpo, nas duas laterais.

Alimentação e Comportamento do Acará-Diadema

Esta espécie de ciclídeo tem alimentação do tipo onívora e se alimentam de alguns peixes de menor porte. Gostam de comer alimentos encontrados no fundo da água – costumam cavar a terra, por isso são conhecidos como comedores de areia. 

Comem desde pequenos animais, vegetação rasteira e dentre outros organismo; como sua boa é protrátil, facilita o processo de alimentação no fundo dos rios. Além disso, gostam de se alimentar de vegetação aquática.

É territorialista e um tanto agressivo. Caso se sinta ameaçado, o Acará-Diadema não exita em atacar seu inimigo, por isso, é desejável que ao se criar um acará-diadema, o aquário deve ser bastante espaçoso e com peixes que sejam maiores ou do mesmo tamanho.

Habitat do Acará-Diadema

Todos os gêneros desta espécie, são originários da América do Sul. Esta espécie em específico, costuma ser encontrada no Brasil e em uma pequena parte do Uruguai. Costumam viver em bacias hidrográficas das regiões leste e sul de nosso país, como o Rio São Francisco, Rio Paraíba do Sul e Rio Doce. 

Em ambiente natural, vivem em rios com extensa vegetação e de água limpa (desde que esteja com um pH abaixo de 7,0, pois lhe agradam ambientes com acidez maior). Costumam se esconder em pedaços de madeira e/ou pedra que estejam submersos, para se protegerem de possíveis predadores.

Acará Diadema em seu Habitat

Reprodução do Acará-Diadema

No período fértil, os machos apresentam uma pequeno inchaço na cabeça, como sinal de que procura uma fêmea para procriar. Após acasalarem, o casal de acarás procuram um local de areia lisa e plana para que possam inserir os ovos; estes demoram de 3 a 5 dias para que ecludam.

Esta espécie é considerada incubadora bucal larvófila biparental, isso quer dizer que, tanto machos quanto fêmeas, costumam coletar as pequenas larvas de peixe que saíram dos ovos e mantê-las na boca. Lá, os pequenos girinos permanecem por volta de 4 a 6 semanas, até que se transformem em alevins (pequenos peixes) e possam viver por conta própria.

Como Cuidar do Acará-Diadema?

Peixes como o Acará-Diadema, tem fácil adaptação em reservatórios e aquários, o que o torna uma das espécies preferidas dos amantes da aquarismo e da piscicultura. 

Ainda assim, para se criar um espécime, é preciso tomar cuidado com alguns fatores (como qualidade do água, remédios, alimentação e complementos), para que assim, o seu peixe cresça e sobreviva em um ambiente saudável e propício. 

Primeiramente, é necessário que o criador tenha um aquário, onde as dimensões mínimas do objeto estejam entre 80 cm X 30 cm X 40 cm (e que tenha no entorno de 70 a 90 litros). Na montagem do aquário, lembre-se que tanto o Acará, quanto quaisquer outra espécie de peixes, necessitam de plantas e areia no fundo, para que o ambiente montado se aproxime do natural. 

Coloque pedaços de madeira e pedra, para quando o Acará queira se esconder; mas lembre-se de não encher muito o local, pois a presença de muitos materiais podem produzir amônia, o que é prejudicial para a saúde dos peixes.

Para adicionar o Peixe, o cuidador do Acará deve se atentar que o aquário deve ser montado um dia antes. Assim, é possível controlar o nível de acidez da água e sua temperatura. No caso, como o Acará é um ciclídeo de águas ácidas, o pH deve estar entre 5 a 7 em acidez; a temperatura variando entre 23 a 28 °C.

É importante que a manutenção da água seja feita com regularidade, porém, com a frequência certa.

  • Manutenção Diária: verificar se a temperatura da água está o valor ideal para o peixe;
  • Manutenção Semanal: retirar o equivalente a 10% do total de água do aquário, substituindo-a por água pura (sem cloro ou outros produtos); testar o nível de acidez, nitrito e nitrato; e amônio. Se necessário, utilize produtos para teste de água; limpeza de impurezas produzidas na semana;
  • Manutenção Mensal: retirar o equivalente a 25% do total de água do aquário, substituindo-a por água pura; de maneira caprichosa, limpe impurezas e troca decorações que já estejam gastas; apare algas que estejam grandes;

Mesmo com a limpeza manual, é necessário que o aquário tenha um filtro, para que a limpeza parcial seja constante. Com a ajuda de uma bomba, esta suga a água suja, que por sua vez passa pelas mídias e é filtrada, assim, ela retorna para o aquário.

Alimentação e Outros Peixes

Para a sobrevivência do Acará-Diadema, é necessário que o cuidador lhe ofereça diversos tipos de alimento. Dentre eles: pequenos peixes, ração e algas do próprio aquário (raramente). Em relação a outros peixes, por serem territorialistas, os Acarás não costumam conviver com pequenos peixes (pois acabam virando alimento); e por muitas vezes, podem defender seu território, avançando em outros espécimes.

É desejável, que ao criar outras espécies em conjunto ao Acará-Diadema, escolha peixes maiores ou do mesmo tamanho.

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