Afinal, Existe Pavão Cor de Rosa?
Ao que tudo indica não existe pavão cor de rosa. Essa é uma ave tipicamente ornamental, com cores intensas e exuberantes, geralmente criada em cativeiro nos mais diversos países, com o objetivo de utilizar-se das suas penas e cauda como enfeite.
Suas cores básicas são o azul, verde e dourado, que costumam apresentar-se em várias tonalidades, especialmente em suas penas – vem daí essa impressão de uma tonalidade cor de rosa.
Essa espécie pertence à família Phasianidae e ao gênero Pavo. Como o próprio nome diz, é a mesma família dos faisões, mas com um detalhe bastante característico: um ritual de acasalamento, no qual a vistosa cauda dos machos é, sem dúvida, o principal protagonista.
De acordo com os estudiosos, para além de questões reprodutivas a cauda dos pavões não possui qualquer utilidade. Ela apenas entra em ação quando o instinto de preservação lhes avisa que é hora de sobressaírem-se sobre os outros machos.
Os pavões são espécies típicas do Sudeste Asiático, que abriga, entre outros países, as Filipinas, Indonésia, Brunei, Vietnã, Camboja, Laos e Singapura. Mas estudos apontam que eles já eram bastante apreciados na Índia. Por isso mesmo, no Brasil (em sítios, fazendas, chácaras e jardins), acabaram encontrando o clima perfeito para a sua sobrevivência e reprodução.
Eles são incomparáveis quando o assunto são aves para o ornamento de festas de casamento, aniversário, carnaval, entre outros tipos de comemorações – apesar do fato de que os seus ovos e a sua carne também não deixam de ter o seu mercado.
Por ser uma espécie dócil, não há dificuldade alguma para a sua criação em cativeiro. Mas, no entanto, como se sabe, a manutenção da saúde e das características de qualquer ser vivo depende, essencialmente, da sua criação em um ambiente limpo, arejado, com água e comida suficientes.
São preocupações, que, no caso dos pavões, podem fazer com que eles vivas entre 14 e 16 anos, belos e vistosos – como é a sua característica.
A Reprodução dos Pavões
Como vimos, as tonalidades da sua cauda funcionam como verdadeiras “armas de combate” durante um curioso ritual de acasalamento.
Nesse ponto, tal é a exuberância das suas cores, que muitos são capazes de jurar que existem pavões de cor rosa, por exemplo; mas, na verdade, isso é apenas um efeito – como uma espécie de reflexo das suas outras cores -, que ajuda a torná-los ainda mais originais.
Mas original mesmo é o seu ritual de acasalamento. Durante o processo, o macho (sempre ele) imediatamente abre a sua majestosa cauda, em forma de leque, e a exibe, vaidoso, durante uma curiosa perseguição à fêmea.
Todo esse processo geralmente costuma ocorrer em pleno alvorecer ou durante o arrefecer do dia – talvez porque, certamente, esses são os períodos mais românticos.
Uma fêmea dessa espécie costuma entrar em seu período reprodutivo geralmente por volta do dos 3 anos de idade; e, após o acasalamento (sempre entre setembro e fevereiro), costuma pôr entre 18 e 23 ovos – muitas vezes em intervalos de até semanas.
O curioso entre essas espécies é que a pavoa não costuma apresentar uma postura assim tão, digamos, exemplar como mãe – pois é muito comum que elas, não se sabe bem por qual motivo, simplesmente abandonem os seus filhotes à própria sorte.
Por isso a criação de pavões também exige o uso de algumas técnicas curiosas, como por exemplo, o uso de chocadeiras elétricas, ou mesmo de outras aves (galinhas, peruas, gansas, etc.) como chocadeiras, a fim de que o resultado seja o esperado.
Como Criar Pavões
Para a criação dessas espécies com as suas belíssimas características – e com as suas cores tradicionais entre o verde, azul, dourado, e até mesmo com alguns reflexos em amarelo e rosa que existem em alguns pavões -, é necessário criá-los em viveiros arejados e iluminados pelo sol diariamente, em um terreno sem umidade e forrado com uma camada grossa de areia.
Essa última recomendação tem a ver com o fato de que uma das curiosidades do pavão é que eles apreciam deitar e rolar em um belo areal; onde possam, inclusive, vasculhar alguma presa – como é sua característica.
Esse viveiro (que deve ter dimensões 3m x 2m x 2m) pode ser construído com tábuas de madeira, com aberturas laterais protegidas por telas e um teto todo forrado com telhas de cerâmica (pois evitam o calor excessivo e demais intempéries).
Alguns criadores também recomendam, no lugar da areia, forrar o chão com uma grossa camada de palha seca (que deve ser removida semanalmente) – mas isso, é claro, fica a critério de cada criador.
A chegada dos filhotes deve ser observada com bastante cuidado. O ideal é que na propriedade haja um local forrado, limpo e confortável, especialmente reservado para eles – onde deverão permanecer aquecidos até completarem 60 dias.
De lá, devem passar para outro viveiro até completarem 180 dias; para que, só então, possam juntar-se aos adultos.
Como Alimentar os Pavões?
O ideal é que os pavões sejam alimentados a partir de 48 horas de vida. Para isso, recomenda-se lançar mão de uma ração produzida especialmente para esse tipo de espécie.
Não há indícios de que a sua característica plumagem nas cores azul, verde, dourado e com alguns reflexos na cor rosa (que existem em alguns pavões) dependa, diretamente, da sua alimentação.
No entanto, como qualquer ser vivo, a sua proteção (seja na forma de pelos ou penas) depende, em alguma medida, do tipo de dieta com a qual estão acostumados.
Logo, dê preferência a uma dieta à base de vegetais folhosos (com exceção de alface, que não digerem bem), verduras amassadas e leguminosas até 48 horas de vida.
A partir dos 6 meses, já será possível acrescentar uma “ração especial para desenvolvimento”, capaz de oferecer a quantidade ideal de nutrientes para uma ave em fase de crescimento.
Por fim – agora já na fase adulta -, recomenda-se a chamada “ração para fase reprodutiva”. Ela geralmente contém quantidades maiores de nutrientes, além de alguma proteína e carboidratos.
Não sendo demais lembrar que a temperatura ideal para os filhotes é entre 35 e 37°C, e que eles também necessitam de água abundante. Por isso, é necessário também fixar um recipiente com água no viveiro, em um altura suficiente para que o alcancem e possam refrescar-se adequadamente durante os períodos de maior calor.
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