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Pavão Azul Ave: Características, Curiosidades, Ovos e Migração

Existem aves que, certamente, são bem mais bonitas do que outras, como é o caso do pavão, e sua exuberante plumagem na cauda, que confere a ele um ar pra lá de exótico. Dentre as espécies mais chamativas, está o pavão azul, ou, como também é conhecido, pavão indiano. E, é justamente dele que vamos falar mais a seguir.

Principais Características do Pavão Azul

Também conhecido como pavão comum, essa ave (de nome científico Pavo cristatus) é uma espécie nativa do subcontinente indiano. O seu habitat natural são as pradarias secas semi-desérticas, bem como matagais e florestas perenifólias.

Interessante notar que apesar desse pavão se alimentar através de nidificação no solo, ele dorme no topo das árvores. Falando nisso, a sua alimentação é tem como componentes principais alguns tipos de sementes, e, muito ocasionalmente, também come insetos, frutos e alguns répteis.

Em termos de tamanho, as fêmeas medem aproximadamente 86 cm de comprimento, pesando cerca de 3,4 kg. Já, os machos são maiores, mediando aproximadamente 2,2 m (incluindo a sua extensa plumagem de acasalamento), e pesando em torno de 5 kg.

Por sinal, os machos possuem uma plumagem azul-esverdeada, cujas penas superiores da sua cobertura são alongadas e bastante ornamentadas. O padrão de decoração dessas penas se assemelha a um grande olho na parte final dessa plumagem. São justamente essas penas exuberantes que o macho apresenta quando decide cortejar uma fêmea.

Já as fêmeas possuem uma plumagem que mistura o verde, o acinzentado e o azul, com predominância dessas duas primeiras cores. É justamente na época de acasalamento que elas se diferenciam muito dos machos devido a não terem a longa cauda proeminente destes. No entanto, fora da época de acasalamento, as fêmeas podem ser identificadas pela cor verde que fica bem visível em seu pescoço, ao contrário dos machos, onde essa parte do corpo tem uma cor totalmente azul.

Algumas alterações genéticas acabaram gerando algumas subespécies de pavão azul, como, por exemplo, o pavão branco, o pavão de ombros negros e o pavão arlequim (este, resultado de um cruzamento entre o pavão branco e pavão de ombros negros).

Postura de Ovos

A fêmea do pavão azul coloca entre 4 e 8 ovos por vez, levando cerca de 28 dias para chocarem completamente. A coloração desses ovos tem um tom castanho claro, e são colocados um por dia, em geral, no final da tarde. Deixando claro que o macho não auxilia nos cuidados com os ovos, além de ser polígamo, muitas vezes, cortejando até seis fêmeas num único período de acasalamento. Nesse aspecto, os ovos da fêmea do pavão azul tanto podem ser chocados por ela, quanto por outras aves das proximidades, como galinhas ou peruas.

Há ainda outro recurso usado para chocar esses ovos, que é a incubadora automática, usada por criadores. Nesse caso, o ideal é que a incubadora seja regulada para uma temperatura de mais ou menos 32°C.

Só lembrando ainda que a pavoa é uma mãe que defende suas crias a todo custo, e muitas chegam até a morrer atacadas por predadores, mas não deixam o ninho desprotegido.

Migração do Pavão Azul

Pavão Azul Andando na Grama
Pavão Azul Andando na Grama

Essa ave tem como habitats atualmente Burma, Java, Ceilão, Congo e Malaia, mas, é originária da Índia. A sua migração aconteceu de maneira gradual, com o homem sendo co-responsável por essa migração, visto que, sempre vislumbrado pela beleza do pavão, muitos levaram a ave para regiões de outros países. Há de se notar, a nível de curiosidade, que os primeiros registros desse animal se deram na Bíblia (mais precisamente, no Livro de Reis, capítulo 10, versículo 22).

Já em se tratando da importação em si do pavão azul, podemos dizer que foram os fenícios ajudaram nesse aspecto, pois levavam constantemente essa ave para o Egito, servindo como presentes para os Faraós. Por sinal, para o famoso Rei Salomão, um pavão era um bem tão precioso quanto o outro ou a prata, pra se ter uma ideia da importância dada a essa ave em épocas antigas.

Já a chegada do pavão azul na Grécia se deu pelas mãos de ninguém menos do que Alexandre, o Grande, o que fez com que a ave rapidamente se espalhasse por todo o Império Romano, o que fez com que essa ela já pudesse ser facilmente encontrada em países como Alemanha, França e Inglaterra já no século XIV.

Misticismo e Outras Curiosidades

Na maioria dos países orientais o pavão (em especial, o azul) é visto como uma ave sagrada. Já em lugares onde não há essa conotação espiritual, o pavão serve de iguaria culinária. Inclusive, de acordo com antigos registros, quando alguém pertencente à nobreza queria muito se destacar em suas festas, oferecia aos convidados pavão como sendo parte do cardápio, algo que era muito na corte inglesa, por exemplo.

Enquanto que uns veem o pavão como ave sagrada, e outros, como iguaria, há que o veja como prenúncio de azar. É o que acontece, por exemplo, com os maometanos, cuja tradição religiosa não vê a pobre ave com bons olhos. Segundo eles, foi o pavão que guiou a serpente até a árvore do conhecimento, localizada no Jardim do Éden. Ou seja, o pavão acabou sendo visto como sendo um animal possuidor de uma praga eterna. Isso sem contar que se trata de um animal que desperta nos homens sentimentos como paixão (por ser muito bonita) e cobiça (por estar associado ao poder e à vaidade).

Como curiosidades adicionais, podemos mencionar aqui que, em cativeiro, o pavão pode viver até 30 anos. Já em se tratando de sua principal e mais chamativa característica (a cauda muito colorida e volumosa), há de destacar que essa parte do corpo da ave possui nada menos que 150 penas decorativas, que acabam ajudando a cobrir as próprias penas da cauda, que estão justamente na parte de baixo. Tais penas decorativas atingem em torno de 1,5 m. E, por fim, cabe citar aqui que, na Índia, o pavão azul é criado como animal de estimação. Inclusive, na casa onde se tem um pavão, não tem mais nenhum outro animal, já que o pavão é um tanto hostil a cães e gatos.

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