Conheça Mais Sobre a Estrela-do-Mar
A estrela-do-mar é um animal do filo Echinoderma e é um ser invertebrado, onde cerca de 95% da fauna marinha é composta por invertebrados.
Na classe asteroidea (classe à qual as estrelas-do-mar são pertencentes), se contabiliza cerca de 1800 espécies de estrelas-do-mar que estão espalhadas por todos oceanos do mundo, e esses animais podem possuir vários tamanhos, cores, e diversas preferências quanto aos habitats.
Usualmente, a estrela-do-mar têm cinco “braços”, mas há espécies que podem ter até 40 membros.
Elas podem possuir diversas texturas: lisas, rugosas, ou cobertas de protuberâncias espinhosas, elas possuem um sistema digestivo complexo (até certo grau), possuindo: boca, esôfago, estômago, intestino e ânus.
Outro fato interessante é entender como estrelas-do-mar se locomovem.
Muitas pessoas acham que elas fazem isso nadando, mas não é exatamente assim que ocorre.
Elas não se sustentam nos braços, mas sim em seus pés ambulacrários. Essas perninhas recobrem a parte inferior do corpo das estrelas.
As estrelas-do-mar possuem até quinze mil “perninhas” parecidas com ventosas que são capazes de realizar movimentos, levando a estrela-do-mar como se ela estivesse sendo carregada.
A maioria dos órgãos vitais das estrelas do mar ficam em seus braços, e isso permite que elas se regenerem por inteira a partir de um braço, por exemplo.
Isto é, se um braço da estrela-do-mar for cortado, a estrela irá regenerar esse braço.
Porém, assim como o braço que foi cortado irá se regenerar se tornando outra estrela do mar, elas serão clones genéticos, e esse é um dos meios de reprodução das estrelas do mar.
Função da Estrela-do-Mar Nos Oceanos
As estrelas-do-mar pertencem ao filo Echinoderma, que é um grupo que engloba várias espécies como os ofiúrios, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar, lírios-do-mar, margarida-do-mar, dentre centenas.
A estrela-do-mar é um predador e talvez um dos mais importantes para a ecologia.
As estrelas-do-mar comem basicamente de tudo, e podem ser comparadas com camarões nesse sentido.
As atividades alimentares das estrelas controla todo o ecossistema, e elas acabam se encaixando no conceito de espécie-chave para os ecossistemas em que habitam, isto é, se essa espécie é afetada de alguma maneira negativa, os efeitos seriam desproporcionalmente maior do que o de outras espécies no ecossistema.
Por elas serem um componente chave para o equilíbrio do ambiente em que habitam, atualmente estudiosos que estudam as estrelas-do-mar tentam quantificar o que a alimentação dela está fazendo pelo equilíbrio do ambiente e dos ecossistemas, e os principais estudos estão sendo realizados no Parque Nacional Fiordland que fica na Nova Zelândia.
Os pesquisadores estão tentando entender exatamente como elas se alimentam, o quanto elas comem, onde elas comem e o que eles estão comendo, para então entender qual é a função real das estrelas do mar como espécie chave e isso nos daria noção dos efeitos da estrela do mar no ambiente e o que poderia ocorrer se a população de estrelas do mar fosse diminuída ou se algo interferisse no comportamento padrão delas
Benefícios da Estrela-do-Mar na Medicina
Pesquisas atuais investigam maneiras em que as propriedades físicas e químicas da estrela-do-mar possam ajudar na nossa medicina.
Pesquisadores de Londres perceberam que nada se gruda na superfície das estrelas do mar, mesmo elas vivendo no fundo mar, isso porque estrelas do mar possuem uma superfície antiaderente que impede que coisas grudem sobre ela, e isso permite que a regeneração da estrela não seja interrompida ou atrapalhada por bactérias, vírus ou outros microrganismos que são prejudiciais à saúde do animal.
Essa propriedade antiaderente chamou atenção dos cientistas pois na visão deles isso poderia ajudar em inflamações.
A inflamação é uma resposta do organismo contra ferimentos e infecções, e em condições inflamatória os glóbulos brancos se acumulam e grudam nas paredes de artérias e veias para destruir o tecido danificado, e o problema é que esse processo fora de controle se torna prejudicial e vira o que chamamos de inflamação.
Com a estrela-do-mar, a ideia seria produzir um tipo de muco que cobriria as artérias e impediria que os glóbulos brancos aderissem ao tecido arterial, e também se planeja fazer remédios com essa substância que possam tratar doenças inflamatória como a asma, artrite e rinite.
Esses são apenas estudos e um remédio desse gênero não será desenvolvido da noite para o dia, mas é uma ideia muito interessante que poderia substituir os tratamentos atuais, como os esteroides que são eficazes, porém podem gerar efeitos colaterais indesejados.
Malefícios? Conheça Os pontos Negativos da Estrela-do-Mar
As estrelas-do-mar podem se tornar um problema no ecossistema, pois elas se alimentam de qualquer coisa.
Ou seja, dependendo do número de estrelas-do-mar presentes em um ambiente, poder-se-á considerá-la uma espécie invasiva, causando danos tanto à fauna quanto à flora marinha no ecossistema.
O aumento súbito da estrela-do-mar é conhecida como “coroa de espinhos”, e isso causou danos aos recifes de corais no Nordeste da Austrália e na Polinésia Francesa.
Estudos na Polinésia mostraram que as áreas cobertas por recifes de corais foram diminuídas drasticamente devido a migração de estrelas do mar em 2006, caindo de 50% para menos de 5% ao longo de três anos, e isso afetou indiretamente outras espécies que se alimentavam desses corais.
A espécie Asterias amurensis é uma das poucas equinodermas que são consideradas como espécies invasivas.
Isso ocorre porque as estrelas-do-mar são muito lerdas, portanto é difícil uma migração para ecossistemas afastados de seu local de origem.
Acredita-se que larvas dessa espécie conseguiram migrar do Japão para a Tasmânia através de correntezas criadas pelo intenso tráfego de navios dos anos 80, e a partir de então a espécie se multiplicou a ponto de ameaçar a população de ostras que são de extrema importância para a economia do local, e a partir de então essas estrelas são consideradas pestes e estão na lista das 100 piores espécies invasivas.