Diretamente do filo Echinodermata e da classe Echinoidea, surgem essas espécies: os ouriços-do-mar.Esse, na verdade, é um termo genérico para designar diversas espécies, com os seus respectivos nomes científicos, como o extravagante Astropyga radiata, o incomum Echinus melo, ou mesmo o estranho e misterioso Heterocentrotus mammillatus, entre outras inúmeras variedades.
Os seus principais predadores são os furões, corujas, lontras, moluscos, crustáceos, entre outras espécies marinhas, que muitas vezes aproveitam-se das suas incursões em pleno areal que toma toda a costa litorânea.
O seu aspecto exótico, esférico e repleto de espinhos coloridos – de um animal que ajuda a compor o ambiente aquático de praticamente todo o planeta – faz do ouriço-do-mar uma das espécies mais curiosas e enigmáticas da natureza selvagem.
Eles podem ser encontrados nas águas de regiões que vão desde o Sudeste dos Estados Unidos até o sul do Brasil. Sempre em trechos arenosos ou lodosos, entre fendas de rochas (ou sobre elas), geralmente alimentando-se de algas e de restos vegetais (e animais); e ainda aproveitando-se desses restos como espécies de camuflagens.
As últimas investigações científicas apontam a existência dos ouriço-do-mar (ou dos Equinodermos) nas profundezas dos oceanos há pelo menos 500 milhões de anos, juntamente com artrópodes e moluscos – os seus primeiros companheiros na luta pela sobrevivência nas profundezas da hidrosfera terrestre.
Mas o que se sabe é que aqueles parentes distantes dos atuais ouriços-do-mar nem de longe podem ser comparados com as espécies que hoje conhecemos!
Além dos seus diversos nomes científicos e inúmeros tipos de predadores que eles foram “conquistando” ao longos de várias eras, os ouriços-do-mar também adquiriram novas formas, deixando de ser uma espécie de “planta” fixa nas profundezas dos oceanos, para tornarem-se animais independentes e com bastante mobilidade em meio ao ambiente aquático.
Além Das Suas Características, Tipos De Predadores E Nome Científico, O Que Mais Os Ouriços Do Mar Têm De Tão Especial?
Como dissemos, os ouriços-do-mar formam uma comunidade a partir das quais toda a vida na terra, de alguma forma, desenvolveu-se.
Antes mesmo da já tão distante era Paleozoica, esses animais, juntamente com espécies provenientes da classe Crinoidea (como os lírios-do-mar e os comatulídeos, por exemplo), já distribuíam-se, abundantemente, pelas profundezas das águas – inicialmente como uma haste fixa, que desenvolvia-se em uma estrutura formada por um eixo central e várias ramificações.
Hoje essas espécies podem ser avistadas, facilmente, já com os seus curiosos formatos esféricos ou ovalados, repletos de espinhos multicoloridos, incrustados em fendas de rochas, soltos na beira do mar; sempre em regiões litorâneas, com características menos agitadas e onde eles possam encontrar abrigo.
Nessas regiões, os ouriços do mar (e os seus vários nomes científicos), além de serem a refeição preferida por diversas espécies de lontras e demais Mustelídeos, ainda possuem, como característica, serem excelentes controladores naturais da proliferação de algas, larvas, vermes, entre outras espécies que ainda apresentam-se em sua fase bentônica.
Por isso mesmo, os ouriços-do-mar, diferentemente do que se imagina, possuem uma importância fundamental para a manutenção dos ecossistemas que espalham-se desde o Sudeste dos Estados Unidos até a região sul do Brasil, passando pelas regiões costeiras das Bermudas, Antilhas – e até mesmo em singulares trechos da costa da Namíbia e da Angola eles representam um papel importante.
Características, Predadores, Nomes Científicos, Entre Outras Peculiaridades Dos Ouriços-Do-Mar
À primeira vista eles causam espanto! Para alguns, pavor! São típicas espécies exóticas dessa nossa imensa e rica hidrosfera terrestre.
A sua constituição física é basicamente composta por um esqueleto interno (um endoesqueleto) com estrutura calcária, na forma de pequenas estruturas ósseas, que abrigam os seus respectivos “sistemas aquíferos” (ou ambulacrários), e de onde partem também os seus pequenos tubos com ventosas, que fazem as vezes de instrumentos de locomoção.
Os ouriço-do-mar – bem como todos os Equinodermos – são formados, exteriormente, por um tecido conjuntivo ou conectivo, composto por diversos tipos de células, com as mais diversas características, separadas por uma espécie de matriz extracelular.
Entre os seus pés ou ventosas, encontram-se órgãos denominados “pedicelárias”, que executam, basicamente, duas funções: elas são utilizadas para pegar alimentos (restos vegetais, algas, restos animais, espécies bentônicas, entre outras) e para expelir veneno, por meio de glândulas contidas em suas estruturas.
Na verdade os ouriço-do-mar são pequenas “bolas de espinhos”, e que apresentam-se como um desafio para os seus principais predadores, que geralmente caracterizam-se por possuírem – neles próprios – sistemas capazes de neutralizar esse efeito nocivo.
Os ouriços-do-mar formam uma comunidade com os mais diversos tipos de espécies, cujos nomes científicos são da mesma forma os mais diversos e inusuais: como o original e singular Paracentrotus lividus, ou como o estranho Strogylocentrotus purpuratus, assim como também o exótico e incomum S. Doebachensis, entre outras diversas espécies, da mesma forma singulares, exóticas e originais.
Alguns deles são detritívoros, outros curiosamente herbívoros, enquanto outros tornaram-se predadores vorazes! Mas sempre com as características de animais essencialmente marinhos, caracterizados por uma diversidade incrível, e que convencionou-se chamar, simplesmente, de ouriços-do-mar – apenas como uma forma de identificar a classe Echinoidea.
Os Riscos Do Contato Com Essa Espécie
Os ouriços-do-mar são estruturas pequenas e com um visual bastante característico. Eles podem ser reconhecidos pelos mais diversos nomes científicos, além de terem como principais predadores, as lontras, furões, corujas, entre outras espécies de mustelídeos.
Na verdade eles são estranhos! Possuem uma estrutura esférica repleta de espinhos, muitas vezes multicoloridos. Parecem inofensivos, como simples espécies exóticas, como aquelas que encontramos, casualmente, nas areais da praias ou espremidos em uma fenda de rocha.
Mas, não se enganem! Por trás daquele ar aparentemente inofensivo, esconde-se um perigo que, não devidamente observado, pode causar terríveis dores de cabeça.
Isso porque a sua estrutura também contempla glândulas de veneno, que são quase que imediatamente acionadas através dos seus espinhos, que funcionam como verdadeiras armas de defesa contra ataques de predadores.
Inicialmente, os sintomas do veneno desses ouriços podem ser sentidos por meio de uma simples dor local, que poderá evoluir para uma coceira extremamente irritante, até produzir inflamações, com consequente paralisia dos músculos atingidos.
E o pior é que quanto mais tempo você estiver com esses serezinhos sob os seus pés, mais e mais veneno será injetado; e indivíduos que apresentem algum tipo de alergia a essa substância podem até mesmo serem levados a óbito, caso não sejam atendidos com presteza.
Por isso mesmo, caso você, inadvertidamente, acabe pisando em uma das diversas espécies de ouriços-do-mar que distribuem-se abundantemente pelo litoral de todas as regiões brasileiras, o que se recomenda (a recomendação mais importante) é a retirada, o mais rapidamente possível, de qualquer resíduo de espinhos que tenham sido introduzidos na pele.
E logo após, lançar mão de um tratamento à base de analgésicos e antibióticos. E caso os sintomas não desapareçam, não hesite em procurar, imediatamente, um atendimento médico.
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