A ostra é um molusco que vive envolto por uma concha muito rígida, cuja composição apresenta, principalmente, o cálcio, que é filtrado pelas mesmas desde o momento em que nascem, e assim ela se forma no processo de crescimento e desenvolvimento desse animal.
A ostra também, apesar de ser conhecida apenas pelo seu nome comum, possui algumas variedades, onde a ostra do mangue compõe uma dessas.
As ostras são moluscos que nascem em águas salgadas, e desde do momento em que nascem elas buscam se alojar em um local para poder se desenvolverem plenamente, e geralmente esses locais onde elas nascem sempre apresenta uma enorme quantidade de outras ostras.
O fato das ostras viverem em aglomerados se dá devido à reprodução, pois para que as outras nasçam, as mesmas, na época de reprodução, liberam sêmen, e assim, através dos feromônios, outras ostras captam o elemento detectado na água e realizam e fecundação dos óvulos.
O casco da ostra, além de ser extremamente rígido e resistente, também apresenta uma força ímpar para se manter fechado, e essa tranca é realizada por incríveis músculos adutores, que pressionam as conchas de uma forma que as torna muito difíceis de serem abertas.
Ainda assim, algumas vezes, alguns parasitas conseguem adentrar e invadir o interior da ostra, momento esse em que ela tenta se proteger causando a solidificação desses parasitas através de um conteúdo que ela produz, chamada de madrepérola, que após muito tempo dentro da ostra, acaba virando uma pérola.
Características da Ostra do Mangue
A ostra do mangue também é conhecida como ostra verdadeira ou ostra nativa, e isso acontece pelo fato de que ela é o tipo de ostra mais comum encontrada nos litorais ao redor do mundo inteiro.
Essas ostras são facilmente encontradas no mangue, e por isso, logicamente, acabam recebendo o nome de ostra do mangue, e é muito comum poder observá-las nos períodos de marés baixas, quando os caules do mangue ficam expostos e várias ostras são mostradas grudadas nesses caules.
O fato delas serem tão facilmente observáveis as torna, também, fáceis de serem capturadas, sem a necessidade de realizar mergulhos, o que é diferente de outras espécies de ostras.
Apesar de ficarem algum período sem estarem submersas, essas ostras sobrevivem normalmente, mas é importante ressaltar que apenas algumas ostras se encontram nos galhos das árvores do mangue, pois muitas criam grande aglomerados submersos chamados de banco de ostras.
A principal característica da ostra do mangue está no fato dela ser um animal que se alimenta através da filtração, e o mangue é, basicamente, um filtro natural, e isso faz com que as ostras recebam muito material orgânico para se alimentarem. Esse fato também faz com que as ostras do mangue assumam tamanhos enormes comparados a outros tipos de ostras.
Nome Científico e Família da Ostra do Mangue
- Nome Comum: Ostra do Mangue, Ostra Verdadeira, Ostra Nativa e Ostra Gaiteira
- Nome Científico: Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1828)
- Reino: Animalia
- Família: Ostreidae
- Filo: Mollusca
- Gênero: Crassostrea
- Classe: Bivalve
- Ordem: Ostroida
A Crassostrea rhizophorae apresenta duas válvulas comandadas por músculos adutores, ou seja, é preciso que duas partes da concha sejam cedidas para que a mesma seja aberta.
Essas conchas possuem tamanhos e formas irregulares, variando entre 8 e 10 centímetros na grande parte dos exemplares, sem contar que parte dessa porcentagem apresenta tamanho menores que vão de 5 a 7 centímetros.
No entanto, em algumas regiões de manguezais é possível encontra-las em tamanhos muito maiores que o convencional, chegando até mesmo a medir 15 centímetros, mas são raros esses casos.
Outro aspecto da Crassostrea rhizophorae é o fato de que alguns indivíduos podem apresentar mais de um molusco dentro de suas conchas.
Alimentação e Distribuição da Ostra do Mangue
A ostra do mangue, assim como todas as outras espécies de ostras que existem, se alimentam de zooplânctons e fitoplânctons que são captados através de seu sistema de filtração.
A ostra do mangue, desde o momento em que nasce (eclodindo de seu ovo), passa a filtrar esses plânctons presentes na água, assim como o cálcio, para desde já irem criando as conchas que irão protege-las. Antes desse processo, as próprias ostras são plânctons que alimentam muitos outros animais.
Apesar de existir bancos de ostras que possuem mais de milhares de grupos aglomerados, a maioria dos ovos de ostras não nascem e servem apenas de alimento para animais que também se alimentam de plânctons.
A ostra do mangue é um molusco presente em todas as crostas internacionais, ou seja, onde haja um litoral que apresente mangues e áreas lodosas de água salgada, a ostra estará presente, seja no litoral do Paraná ou nas costas da Califórnia e Flórida, onde são chamadas de Mangrove Oysters e são tão apreciadas gastronomicamente quanto aqui no Brasil.
Principais Predadores da Ostra do Mangue
Atualmente, o maior predador das ostras é a poluição causada pela contaminação de químicos presente na água dos manguezais, e isso tem feito com que as ostras do mangue não consigam se desenvolver e nem mesmo se reproduzir, assim como a contaminação também as mata enquanto estão se desenvolvendo, o que faz com que elas não cresçam corretamente e acabem morrendo, por isso é fácil encontrar ostras com os cascos abertos no mangues.
Os poríferos são os maiores predadores naturais das ostras, porém, só em algumas partes do mundo, principalmente nas Bahamas. Essas esponjas gostam de se abrigar dentro da concha das ostras, e para fazer isso, a mesma solta secreções que corroem o cálcio das conchas e assim conseguem entrar. É por essa razão também que nas Bahamas é muito comum encontrar pérolas, pois as ostras tentam se defender liberando madrepérola.
O Búzio também demonstra ser um predador eficaz e muito problemático nos estuários onde se criam ostras, podendo ser também uma espécie invasiva e acabar prejudicando o habitat de outros moluscos, principalmente o habitat das ostras, já que os mesmos perfuram suas conchas e consomem o molusco.
Outros predadores mais comuns são os caranguejos, as lagostas e alguns peixes, tal como o peixe-sapo, que possui força o suficiente para ir quebrando o casco das ostras até chegar ao molusco.