Se existe um animal que conseguiu cativar o carinho dos humanos, esse animal é o cachorro. Alguns mais, outros menos, porém todas as pessoas têm alguma identificação com esse animal. São quase irresistíveis, mesmo quando fazem bagunça, destroem coisas, mexem onde não deviam… No final das contas eles se mostram arrependidos, inteligentes, e muito fiéis ao seus donos.
Convulsão Em Cachorro
Sabia que cães também podem convulsionar? Não é comum, e pode ser tão assustador como é quando humanos convulsionam. As convulsões podem ser provocadas por vários motivos. Entenda, convulsão não é uma doença, é um sintoma. Ou seja, se o seu cão está convulsionando, você precisa entender qual é o problema por trás da convulsão.
Os problemas que levam à convulsão podem ser variados. Pode ser algum remédio que ele esteja tomando, algum veneno que ele tomou, problemas cerebrais como tumores, inflamações e outras complicações, problemas em outros órgãos como rins, fígado, fica ações, traumas graves ou até hipoglicemia.
Casos de traumas como atropelamentos, maus tratos também são possíveis causas, portanto se o cachorro sofreu algum desses traumas ele pode apresentar quadros de convulsão. Além disso a ingestão de inseticidas, venenos, produtos indevidos ou tóxicos também podem levar a convulsão.
A epilepsia também é uma das causas, porém não é a única, diferente do que muitos pensam. A epilepsia se trata da doença e a convulsão se trata do sintoma. O que diferencia epilepsia das outras doenças, é que a convulsão epilética é muito mais duradoura e acontece com recorrência.
Como Identificar Convulsão Canina
A convulsão em cachorros é muito notória. Assim como a convulsão em humanos. Ela pode ser assustadora, porém a partir do momento que ele começar a convulsionar, você poderá ter certeza do que se trata. Durante a convulsão, o cão pode ficar trêmulo, suas patas ficam esticadas e sua cabeça se inclina para trás. O cão cai de lado e perde a consciência. Ele pode chegar a urinar, defecar e soltar gases descontroladamente e sua boca fica cerrada.
Isso pode durar longos minutos, chegando até uma hora nessa situação. A partir daí o cachorro volta ao normal, porém ele está confuso, pode também estar um pouco agressivo por não entender o que acontece, e pode voltar com uma cegueira temporária.
O Que Fazer Se Meu Cão Convulsionar?
Assim como em humanos, não tem como prever uma convulsão. Tudo o que se pode fazer é tentar ajudar durante a crise. Para isso, cuide para que o cão não se machuque durante as crises, mantenha o em um local seguro, confortável, e de luz baixa, e aguarde até que ele volte ao seu estado normal.
Apesar de nossa primeira reação tender a ser encaminhar o cão ao veterinário, é necessário que a crise passe, antes que ele seja levado. Portanto garanta a segurança e conforto do cão.
Quando ele voltar aos seus sentidos, tenha paciência e dê um tempo para que ele se localize, converse com ele. Nesse tempo ele pode até não reconhecer o seu dono. Chame-o pelo nome, deixe que ele cheire e reconheça o local e as pessoas, até que ele se sinta seguro, e possa ser encaminhado ao veterinário mais rápido possível.
Lembre-se, você é responsável pelo seu cão. Se ele tiver uma crise convulsiva, ficar normal novamente e não for encaminhado ao médico, ele pode estar tendo problemas e você pode estar negligenciando a saúde dele. Portanto, mesmo que ele esteja bem, a crise já tenha passado e ele aparente estar saudável, leve-o imediatamente a um veterinário profissional.
Nunca aceite conselhos e diagnósticos de pessoas que gostam muito de cães, atendentes de Pet shop, ou donos de casas de ração. Por mais que as pessoas conheçam sobre cães e sobre seus comportamentos, é necessária uma avaliação profissional. Algumas doenças só serão detectadas e curadas através de exames, coleta de sangue, acompanhamento e tratamento.
Medicações e Tratamento
Por se tratar de muitas possibilidades de doenças, a primeira coisa a se fazer antes diagnosticar, é um exame para entender o que causou a convulsão. O tratamento da doença que causou é o que poderá parar as convulsões.
Em casos de epilepsia canina, tratamentos para epiléticos são o ideal. Mas para casos de traumas, estresse ou inquietação, são receitados alguns calmantes.
Por exemplo, se a causa da convulsão foi uma doença ocasional em algum órgão, portanto, esse órgão deve ser tratado com o medicamento correto e consequentemente a convulsão vai diminuir ou parar.
Porém se a causa da convulsão for mental ou alguma complicação cerebral alguns remédios não vão adiantar. Calmantes só serviram para momentos. Então é necessário que o remédio seja administrado como um remédio controlado. Alguns cachorros convulsionam ao ouvirem barulhos muito altos como rojões, fogos, estouro de bexigas, entre outros, isso porque seu nível de estresse aumenta. Portanto os remédios corretos devem ser administrados nessas ocasiões.
Os casos de epilepsia devem ser tratados a risca e com muito cuidado. Se forem diagnosticados e tratados com responsabilidade e atenção eles podem diminuir consideravelmente as convulsões, e até sumir.
Fato Interessante
A domesticação dos cães, foi muito vantajosa para eles na questão de convulsões. Cães de rua ou cães que vivem em matilhas, quando ocorre esse tipo de crise séria e duradoura, o instinto dos cães ao redor é atacar o cão que está sofrendo a crise.
Isso pode parecer cruel e frio por parte da matilha, porém é natural para eles. Cães se sentem ameaçados por comportamentos e situações que eles desconhecem. Se nós humanos já achamos convulsões algo fora do comum e assustador, imaginem os cães, que não entendem o que está acontecendo, e acham que precisam se defender do membro da matilha pelo seu comportamento estranho.
Por isso, caso você tenha um outro animal em casa, é necessário que você acalme ambos, tanto o que está tendo crise convulsiva, quanto o que está assistindo. Para ele isso pode ser considerado uma ameaça e ele pode ficar muito agressivo.
Procure sempre uma ajuda profissional e não medique seu cão sem saber o que é que ele precisa.