Os cavalos são amigos dos homens e possuem uma história de companheirismo bem longa, pois antes dos carros surgirem, esses animais que eram responsáveis pelos deslocamentos dos homens por longas distâncias na maioria das vezes, a carregar pesos para expansão da agricultura, entre outras responsabilidades.
São animais muito companheiros e gostam de viver em grupos, são mamíferos e herbívoros. Costumam brincar entre si, com animais menores, com vacas e outros animais que estejam ao redor, inclusive com os humanos. O ato de morder e passar a crina uns nos outros indica que os dois cavalos têm uma ligação especial.
Os seus filhotes são chamados de potros, as fêmeas de éguas e o macho de cavalo.
São animais tranquilos, e dificilmente se tornam agressivos, embora precisem de uma relação de confiança para deixar os seres humanos montarem em cima deles. Costumam se limpar em conjunto por conta de suas patas não alcançarem suas costas, então uns ajudam os outros com a boca para a limpeza de sua crina e pelos.
Cavalo Corcel
Corcel significa cavalo, mas não todos os cavalos, essa palavra é muito utilizada para descrevê-los em filmes e livros, como um jeito mais erudito e elegante da palavra. Na nossa cultura o filme Spirit fala de um cavalo com a palavra corcel.
Porém corcel não indica somente cavalo, também significa corrida, carro, carrossel que indica então velocidade. Podemos dizer então que um cavalo corcel nada mais é que um cavalo ágil, muito utilizado para corridas ou batalhas, guerras antigas. Sua palavra tem origem francesa, vem de “coursier”.
Corcel na Primeira Guerra Mundial
Os cavalos de batalha ou cavalos de guerra foram muito utilizados na Primeira Guerra Mundial, seu destaque se dava por conta de quanto maior a patente da pessoa que o montava, mais arrumado e decorado era seu cavalo, por conta disso, existem pinturas lindas de Napoleão nesse período junto ao seu cavalo, porque como já vimos no parágrafo acima, corcel tem origem francesa.
Existem diversos filmes que falam sobre a bravura desses animais em guerras e muito os consideram até mesmo como uma espécie de soldados durante o período de Primeira Guerra. Segundo algumas pesquisas sua presença durante esse período foi tão forte que morreram cerca de quase dez milhões de cavalos nesse período, eles eram facilmente treinados e encontrados pois eram muito utilizados na agricultura e campo por fazendeiros e peões.
Embora o pensamento seja que esses animais tenham morrido pelos tiros e conflitos, na realidade a maioria dos cavalos durante esse período morreu por conta do cansaço por andar por muito quilômetros para entrar em diversas cidades e até mesmos países, fome, pois com a guerra a agricultura teve uma queda enorme e não havia comida nem para os homens, quanto mais para os animais, e por conta dessas fraquezas, muito eram abandonados ou sacrificados no decorrer do trajeto e outros eram pegos na cidade que havia acabado de ser invadida.
A princípio esses animais eram utilizados na linha de frente, como meio de trazer grandeza para os cavaleiros. Porém como são muito grandes, se tornaram alvos de tiros e golpes de espadas e posteriormente essa estratégia foi modificada e os cavalos passaram para ajudar a carregar cargas como faziam na agricultura. Com isso, eles carregavam os canhões, soldados, alimentos, armas e afins para onde os soldados estavam escondidos ou até mesmo na linha de tiro.
Pode-se dizer que houve um extermínio na França de cavalos e chegaram até mesmo exporta-los de outros países para finalizarem a guerra, porém o valor era muito alto, havia uma mudança climática muito brusca para esses animais, além do valor caríssimo de aveia e rações para esses animais que de qualquer forma acabariam morrendo e seria um trauma a mais para os soldados que se apegavam ao animal em um ambiente tão cruel que é a guerra.
Mesmo havendo carros e caminhões, os cavalos foram escolhidos pois poucos soldados sabiam dirigir, além dos cavalos conseguirem viver bem em ambientes quentes e com muita lama.
Cavalo Corcel Atualmente
Sua bravura continua sendo bem exposta nos dias atuais graças a filmes e livros. O cavalo corcel são os cavalos fortes, que correm por grandes distâncias e tem um temperamento considerado difícil em relação aos demais cavalos, precisando de um pouco mais de confiança para aceitarem a montaria.
Muitos carros fortes como o Mustang e o próprio Corcel da Ford tiveram seus nomes escolhidos com base em cavalos que são resistentes e correm por grandes distâncias. Hoje são considerados carros antigos e possuem um valor caríssimo por conta de sua história.
Os cavalos de corrida que podiam ser considerados os cavalos de batalha do passado, também são bem caros e muito utilizados para turfe (corrida de cavalos) que possui toda uma estrutura de regras para serem seguidas como meio de proteger e acompanhar esses animais para que não sofram maus tratos como acontece infelizmente em muitos rodeios, que são eventos famosos no Brasil e em outros lugares do mundo. Algumas regras têm sido inseridas durante os rodeios também e existe até mesmo uma premiação bem importante chamada Freio de Ouro para os cavalos mais fortes, elegantes e de maior destaque durante esses eventos.
Outro meio de encontrar esses cavalos é na equoterapia. Uma terapia junto a natureza e aos cavalos que serve para estimular o físico e a mente. Essa terapia é muito utilizada junto ao tratamento para crianças com necessidades especiais como autismo, síndrome de down e até mesmo pessoas adultas que possuam algum problema psicológico, traz muitos resultados positivos pois ajuda na coordenação motora e no equilíbrio, acalma e ajuda na conscientização corporal das pessoas que adotam esse método terapêutico.
Para os apaixonados por cavalos esse é o melhor meio de obter ajuda desses animais pois assim eles não sofrem maus tratos pela cobrança de o tempo inteiro de serem ágeis, pois com o tempo eles vão envelhecendo e sua força e velocidade vão diminuindo, além de trazer a consciência que precisamos ter cuidado com esses animais, pois apesar de todo seu tamanho e força, são muito companheiros, sensíveis e calmos e nunca atacam os homens gratuitamente, apenas por coices ou fugas quando se sentem ameaçados em raras ocasiões.