A abelha arapuá, também conhecida como Irapuã, ou arapica, abelha-cachorro, axupé, torce-cabelo, cupira é uma espécie de abelha brasileira.
Elas são animais muito curiosos e bastante presente em diferentes lugares de todo o Brasil. Elas podem ser encontradas em estado selvagem perto de sítios, fazendas e árvores frutíferas; isso quando não são criadas em caixas.
A criação de abelhas para a produção de mel é algo bastante comum aqui no Brasil; não apenas o mel, mas a cera e também para a preservação de algumas espécies, como é o caso da Jataí, que vem perdendo espaço para a cidade e acaba por habitar locais no próprio meio urbano, mas sofre recorrentes ameaças e perda de habitat
Continue acompanhando este artigo para saber mais a respeito das abelhas, do ninho da abelha arapuá, que é capaz de ficar enorme, além de curiosidades e da importância que elas fazem para o nosso ecossistema. Confira!
Abelhas: Características
As abelhas estão presentes na família Apidae, onde fazem parte diferentes gêneros. Existem muitas espécies de abelhas, com diferentes características e colorações. Algumas podem ser preta e amarela, outras totalmente amarela, já algumas inteiramente pretas, enfim, podem ter diferentes tamanhos e colorações.
E a família das abelhas, faz parte da Ordem Hymenoptera; uma ordem bastante curiosa, onde também estão presentes as vespas e as formigas; a principal característica desta Ordem é que os animais são extremamente sociáveis e vivem em conjunto por toda a vida.
Eles defendem seu ninho, sua colmeia até a morte e se você mexe com uma abelha, provavelmente outras virão atrás de você.
Claro, existem as que são mais agressivas e as mais calmas, algumas com ferrões, outras que não são constituídas de ferrão e utilizam outros meios para atacar suas possíveis ameaças, como é caso da abelha arapuá.
Elas são pequeninas, sua estrutura corporal pode ser dividida em 3 principais partes, a cabeça, o tórax e o abdômen. E desta maneira desenvolvem sua colmeia em árvores, próximos à cercas e até em telhados de casa; mas algo muito recorrente nas cidades é elas desenvolverem o seu ninho em locais e estruturas abandonadas.
Elas têm um papel fundamental no meio ambiente e no ecossistema como um todo, provavelmente sem elas, muitas espécies de outros seres vivos nem existiriam. Por que? Confira a seguir!
As Abelhas e Sua Importância Para a Natureza
As abelhas realizam a polinização de inúmeras plantas, árvores, flores em todo o mundo e desta maneira, são capazes de modificar e preservar o ambiente em que vivem.
O desaparecimento das abelhas causaria um extremo desequilíbrio ecológico; e nos dias atuais, é o que infelizmente vem acontecendo.
Pois a perda de matas e vegetações nativas, as abelhas perdem o seu habitat, e muitas espécies passam a sofrer com a extinção.
Uma alternativa para elas, é viver em meio às cidades, porém, nem sempre conseguem se adaptar com facilidade, muitas vezes demanda tempo e muito trabalho para construir a sua colmeia.
Desta forma, muitas pessoas com boas intenções criam abelhas em caixas sem fins lucrativos, apenas para a preservação, acontece muito com a abelha jataí e com a mandaçaia.
Outras espécie são criadas para fins lucrativos e econômicos, visando o mel e a cera que o animal produz, atividade que os humanos realizam desde 2.000 a.C; como é caso da abelha africana, que foi introduzida em diferentes territórios do mundo para estes fins.
Conheça agora um pouco mais a respeito da abelha arapuá, como ela vive, suas principais características e como elas faz o seu seu ninho!
A Abelha Arapuá
Essas pequeninas abelhas são bastante agressivas, apesar de não possuírem o ferrão; elas são capazes de se enroscar no cabelo, em pelos compridos e dificilmente são retiradas, apenas cortando.
Mas elas fazem isso apenas quando estão se sentindo ameaçadas, outra alternativa para elas é ficar ziguezagueando em torno do seu predador e procurar algum orifício para infiltrar-se. Seu tamanho ultrapassa apenas 1,2 centímetros.
E elas podem se enroscar facilmente nos cabelos e pelos, pois sempre estão cobertas por resinas de árvores, que gruda com facilidade em qualquer lugar, além dos pinus de eucalipto.
É conhecida cientificamente como Trigona Spinipes. Elas estão presentes na subfamília Meliponinae, onde todas as abelhas presentes não são constituídas de ferrão.
Ela possui a coloração corporal majoritariamente preta reluzente, quase brilhante.
Elas possuem um comportamento no mínimo peculiar, são muito inteligentes e é uma das poucas espécies de abelhas que não espera a flor abrir para sugar o seu néctar, e desta maneira, acaba por prejudicar muitas plantações pelo país; o que causa dores de cabeça em muitos produtores.
Outro comportamento curioso é o de furtar outras abelhas em épocas que as plantas não florescem; ocorre principalmente com a Jandaíra.
Mas o que faz elas agirem assim, não é o seu comportamento em si, e sim o desequilíbrio ecológico causado pelo homem, que faz a abelha ir para diferentes lugares em busca de alimentos.
Há quem recomende a destruição do ninho, mas o indicado mesmo é tentar controlar a população sem destruir nada delas. Pois elas realizam sim um papel fundamental, são extremamente polinizadoras e apesar de “furtarem” outras colmeias, é um instinto totalmente natural delas; que deve ser preservado, já que o homem modificou tanto o seu ambiente natural, obrigando-a a realizar tais ações.
Ninho de Abelha Arapuá
O ninho da abelha Arapuá é bastante curioso, elas são capazes de deixá-lo muito grande; ele não para de crescer e de se desenvolver.
Cresce tanto, que em determinados locais onde elas constroem, após um período, o ninho ou a colmeia cai e despedaça-se todo no chão.
A colmeia possui um formato arredondado, tanto que em tupi, elas são conhecidas como eirapu’a, que significa “mel redondo”; por causa do formato do seu ninho. Este que possui uma coloração escura, marrom, meio metro de diâmetro e pode ficar enorme.
A abelha arapuá constitui o seu ninho de folhas, esterco, barro, frutos e diferentes materiais que o deixa resistente e bastante fortificado.
Não é recomendado o consumo do mel dessa abelha, pois dizem que é tóxico, devido ao material que ela utiliza na composição da sua colmeia.