O Muriqui do Sul é uma espécie de primata conhecido também por mono-carvoeiro. Ele possui características únicas e é uma espécie nativa das matas brasileiras.
Ele habita sobretudo a floresta da Mata Atlântica (esta que já perdeu cerca de 95% de sua vegetação natural) e é um dos maiores primatas da América do Sul.
Conheça a seguir as principais características do Muriqui do Sul, um primata muito curioso, oriundo da Mata Atlântica que vem sofrendo sérios riscos de extinção.
Características do Muriqui do Sul
O Muriqui do Sul possui características únicas e algumas especificidades que outras animais não apresentam.
Eles se diferenciam dos demais devido ao seu tamanho, que de fato é bem avantajado se comparado com as outras espécies.
Um Muriqui do Sul adulto pode medir até 1,60 metros de altura e pesar em torno de 20 kg. Ele é considerado o maior primata de toda a América do Sul (depois dos humanos, é claro).
Os machos e as fêmeas apresentam uma pequena variação de tamanho, sendo os machos levemente maiores que as fêmeas. Além disso, os machos possuem os caninos avantajados, fato que facilita a captura de alimentos.
Sua coloração corporal é tomada por um marrom claro, com tons de laranja, já a face, as mãos e os pés do animal são pretos. Na medida em que o animal se desenvolve, a coloração de seus peles faciais fica mais clara e é possível identificar com facilidade um Muriqui do Sul, vale lembrar que nenhum é igual a outro.
Os pelos são longos, espessos e macios. Eles estão presentes por todo o corpo, porém, no rosto possuem espécie de “anéis” redondos que contornam toda a face do animal e possuem coloração bege clara.
Eles se alimentam majoritariamente de frutos, flores e folhas, mas na sua dieta também estão inclusos insetos, ovos, formigas e outros seres vivos.
Seus alimentos preferidos são samambaias, bambus, sementes e o pólen das flores, fato que o torna um ótimo dispersor para diferentes espécies de plantas.
Eles são capazes de suportar altitudes altas, como é o caso de viverem a cerca de 1.500 metros acima do nível do mar, em grandes morros, tomados por árvores e vegetação da Mata Atlântica. Presente sobretudo nos Estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
Há duas espécies de Muriquis no Brasil, o Muriqui do Sul e o Muriqui do Norte. Um habita o Sul do país enquanto outro o Norte.
Seu nome científico é Brachyteles Arachnoides e está presente no gênero Brachyteles, o qual fazem parte apenas as duas espécies citadas acima. A família que eles estão presentes é a Atelidae.
Eles vivem em grandes grupos com cerca de 50 indivíduos, onde um exerce a dominância sobre outros, mas nada que impeça outros de se reunirem e “derrubarem” tal líder.
Esse animal possui hábitos muito curioso, veja alguns deles a seguir!
Hábitos do Muriqui do Sul
Eles possuem hábitos curiosos e podem ser conhecidos também por ser extremamente dócil e carinhoso.
Isso é bom por um lado, porém, por outro, é muito grave, tendo em vista os decorrentes perigos que o animal sofre. E por não reagir com agressividade, é facilmente capturado pela caça exploratória voltada ao mercado ilegal de animais
Ele possui também hábitos gregários, ou seja, consiste em uma estratégia de proteção da espécie. Enquanto muitos seres preferem viver isolados, eles vivem em grandes grupos onde um protege o outro de ameaças.
Muitos grupos de animais realizam tais ações, para isso, reúne uma grande quantidade de fêmeas, de filhotes e de alguns machos.
As populações de Muriqui do Sul são estruturadas e podem ser permanente ou não, tudo depende do ambiente que vivem.
Eles possuem hábitos majoritariamente diurnos, ou seja, preferem realizar as atividade, desde caçar, se alimentar, descansar durante o dia.
Ele dorme praticamente durante todo o dia e economiza energia para sair em busca de alimento.
Mas se o animal se alimenta de frutas, flores e folhas que dão em árvores, e se não há mais árvores, consequentemente ele perde alimento e isso é um dos principais motivos do desaparecimentos de Muriquis do Sul.
O desaparecimento do seu habitat, que já foi amplamente degradado é uma das principais causas de extinção da espécie.
Vale lembrar que o Muriqui do Sul é classificado como “Em perigo” pela IUCN e se não forem tomadas medidas preventivas, em breve a população se extinta por completo. Estima-se que existam cerca de 900 indivíduos vivendo em meio à Mata Atlântica.
Veja abaixo algumas medidas que foram tomadas para conter a diminuição da espécie e as principais causas de desmatamento.
Preservação do Meio Ambiente
A preservação do meio ambiente é fundamental para qualquer ser vivo, porém, a devastação só é favorável aos humanos, mais especificamente aos madeireiros e fazendeiros, que criam pastos e fazendas e destroem as matas nativas.
Consequentemente, inúmeras espécies, dos mais variados tamanhos, tipos, perdem espaço, perdem alimentos e com o tempo, desaparecem.
Para evitarmos isso, é preciso de medidas de preservação. Apesar de muitos Muriquis do Sul, hoje, estarem em Unidades de Conservação, não estão totalmente longe de perigos.
Mesmo assim, a caça ilegal, o mercado clandestino e a devastação do meio ambiente ameaçam seriamente a espécie.
É muito difícil um animal não passar por problemas de extinção, e quando sabemos que um animal corre riscos, é preciso o esforço de todos para precaver e diminuir os danos causados.
Há a Associação Pró-Muriqui que realiza estudos sobre esta espécie desde 1993, acompanhado de maneira detalhada toda a dispersão da espécie, porém, é preciso uma ação conjunta e o esforço de todos.
Para manter as matas e a vegetação natural, os humanos precisam sobretudo de consciência e pensar também nas outras espécies que habitam elas.
A floresta é a casa de muitas espécies, desde pássaros, primatas, insetos, invertebrados e até os mais minúsculos seres estão presentes nela. Então derrubá-la, é acabar com a moradia e com o habitat de todos eles. Isso é uma ação cruel e desumana, preservar a natureza é um dever de todos.
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