No mundo animal, a locomoção dos leões (ou seu sistema locomotivo) é a típica dos “Tetrápodes”. Estes são espécies que caracterizam-se por andar sobre quatro patas (ou membros), diferentemente daqueles que utilizam-se de apenas duas (ou nem isso, no caso dos seres rastejantes).
Investigações científicas apontam que os tetrápodes evoluíram de peixes com nadadeiras na forma de lóbulos, que supostamente viveram no período conhecido como “Devónico” ou Devoniano, há quase 400 milhões de anos.
E, a partir de então, passaram a viver em ambiente terrestre, com algumas características, como: a presença de quatro membros (mesmo sendo bípedes); um conjunto de vértebras (coluna vertebral); um crânio mais ou menos desenvolvido; sistema digestivo complexo, além de um sistema nervoso ligado à medula espinhal.
O termo tetrápodes é repleto das mais diversas controvérsias. Já que, para determinadas correntes científicas, tetrápode deve significar apenas e tão somente os animais que possuem quatro membros, independentemente de se os utilizam ou não.
Nesse caso, o homem não seria um quadrúpede, mas poderia ser categorizado como um tetrápode. Da mesma forma ocorre com algumas aves, serpentes (que seriam tetrápodes que foram perdendo os seus membros com o tempo), anfíbios, répteis, entre outras espécies.
Calcula-se que 50% dos vertebrados já descritos possuem um sistema locomotivo (ou características de locomoção) típico dos tetrápodes – como os leões; formando uma comunidade que pode ser dividida entre mamíferos, répteis, aves e anfíbios; todos eles com as suas singularidades morfológicas, características comportamentais, nichos ecológicos, entre outras particularidades que os definem.
No Mundo Animal, o Leão Possui Um Sistema Locomotivo Típico dos Tetrápodes
Todo ser vivo tetrápode possui um crânio subdividido em condrocrânio, esplanocrânio e dermatocrânio. É importante, antes de adentrarmos no sistema de locomoção de espécies como os leões – os chamados “Reis do mundo animal” –, entendermos como esse mecanismo influi, inevitavelmente, no seu sistema locomotivo.
O condocrânio é a região que suporta o encéfalo que, como sabemos, está ligado a todos os nossos órgãos dos sentidos.
E todo esse conjunto é ligado por um pescoço, formado por tecidos mais flexíveis, que permitem uma relação crânio-vertebral mais maleável, diferentemente do que ocorre com outras classes de vertebrados.
Uma coluna vertebral bem mais complexa também contribui para o sistema locomotivo dos leões, formado por ossos rígidos, porém facilmente modeláveis.
Essa estrutura é o resultado de milhões de anos de adaptação a um ambiente terrestre, que àquela altura poderia ser considerado um ambiente hostil, onde a necessidade de locomoção em terra exigia uma transformação radical na sua estrutura.
Agora, nos tetrápodas, como os leões, um conjunto de vértebras especializadas contribuem para a sua movimentação, dividindo-se em cervicais, lombares, sacrais e torácicas.
No Mundo Animal, Como é a Locomoção ou o Sistema Locomotivo do Leão?
Os ancestrais dos atuais tetrápodas, como os leões, possuíam um sistema locomotivo ou um equipamento de locomoção típico dos animais aquáticos, por meio de lóbulos e nadadeiras, com o passar dos milhões de anos, personagens como os Ichthyostega e Acanthostega já não os apresentavam.
No máximo uma estrutura de cauda e de sulcos ventrais nos ossos, onde ficavam as crossas da aorta, a indicar o seu passado marinho (e ainda com a presença de brânquias).
Acredita-se que os primeiros seres a adquirirem um sistema locomotor adequado para transitarem sobre a terra tenha sido os Sarcopterigiis, por meio de nadadeiras em forma de lóbulos.
Até que surgissem os primeiros Tetrápodas, já com um conjunto de patas mais ou menos articuladas, no lugar das nadadeiras, o que os permitiu ultrapassar essa famigerada seleção natural, e sobreviver nesse novo “universo” que naquele momento significava o ambiente terrestre.
Agora, sem o auxílio da água, que lhes ajudava a sustentar o corpo ( e sem ainda possuírem um sistema locomotor robusto), os tetrápodas, como os atuais leões, precisariam apoiar totalmente o corpo sobre os membros, e para isso, tiveram que desenvolver uma estrutura com apêndices vigorosos, quadris fortes e uma coluna vertebral fortalecida.
Passaram a desenvolver articulações capazes de ajudar-lhes na locomoção em terra, como um conjunto de joelhos, tornozelos, cotovelos, punhos, calcanhares, mãos e pés (digitados) – um conjunto próprios de animais corredores.
Além disso, espécies como os leões, desenvolveram uma estrutura vertebral bastante flexível, membros posteriores mais longos, que os ajudam a saltar impressionantes 8, 9 ou até 10 metros em busca de uma presa, ou para fugir de um inimigo.
Leão: Hábitos, Características e Morfologia
Os Leões pertencem ao imponente e assustador gênero Panthera, que abriga outros membros ilustres, como os tigres, leopardos, onças, entre outras exuberâncias da natureza.
Eles são considerados os “Reis da Selva”; um título um tanto quanto sui generis, quando se leva em consideração o fato de que eles não vivem em selvas, e sim nas imensas e exóticas savanas africanas – as extravagantes savanas da África Subsaariana e asiáticas – , além de trechos da Índia (no Parque Nacional da Floresta de Gir).
No mundo animal, o leão também é conhecido por chamar a atenção, como poucas espécies na natureza, por um rugido que até hoje a ciência tem dificuldade em determinar as suas causas.
Mas eles também são excelentes caçadores – uma combinação de faro aguçado, visão privilegiada e um sistema de locomoção típico dos felinos, faz com que as diversas espécies de gnus, zebras, alces, cervos, pequenos herbívoros, javalis, entre outras espécies, não consigam opor-lhes a menor resistência.
A uma distância de 20, 25 ou 30m, eles simplesmente partem para o ataque, geralmente em bandos que podem chegar a até 30 indivíduos, com capacidade para atingir até vertiginosos 80k/h, e alcançar a presa – especialmente os mais frágeis e menos capazes de lutar pelas suas sobrevivências.
Atualmente a União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN) lista o leão como “vulnerável”, especialmente no continente africano. Enquanto, na Ásia, ele já pode ser considerado “em perigo”.
Enfim, de uma comunidade superior a 200.000 indivíduos até os anos 50, hoje a população de leões vê-se reduzida (no continente africano) a não mais do que 20.000 exemplares; e em queda bastante acentuada devido ao assédio, cada vez maior, dos famigerados caçadores de animais silvestres e à escassez das suas principais presas.
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