O Morcego-de-indiana (Myotis sodalis, seu nome científico), como logo percebemos nessas fotos, possui as características similares às do Myotis lucifugus (ambos oriundos das regiões do leste e sul dos Estados Unidos), entre as quais, uma orelha proeminente, que é o que lhe confere o seu curioso apelido: “morcego-orelha-de-rato.”
Essa espécie possui aspectos físicos bastante definidos. A saber: pelagem entre o preto e o acastanhado e bastante densa, tamanho entre 6 e 8cm de comprimento, lábios curiosamente rosado, entre 5 e 10 g de peso, além de outras características.
O morcego-de-indiana está atualmente ameaçado de extinção. Na verdade, há pelo menos 50 anos eles sofrem com essa ameaça, e ainda para piorar, uma determinada variedade de fungo tem causado grandes transtornos à fauna dessa região dos Estados Unidos, em especial às populações de Morcegos-de-indiana, que supostamente seriam alvos fáceis da ação desse micro-organismo.
Calcula-se que, se nada for feito para reverter esse quadro, possivelmente nos próximos 10 anos não tenhamos mais sequer vestígios desse animal sobre a terra, o que vem movimentando diversas Ongs de proteção a animais silvestres, especialmente dos Estados Unidos e Canadá.
Eles estão interessados em encontrar soluções para um mal que pode varrer da face da terra um dos gêneros de animais (os morcegos) mais importante para a dispersão de sementes e polinização de espécies vegetais do reino selvagem.
E são os estados do Arizona, Novo México, Texas, Louisiana, Kansas, Colorado e Indiana os mais importantes habitats naturais do Myotis sodalis; e que poderão sofrer, obviamente, com a extinção em massa de uma espécie com elevada importância para a ecologia da região.
Morcego-de-Indiana: Características, Fotos E Nome Científico
O morcego-de-indiana é uma daquelas espécies que preferem mesmo é o ambiente rico e abundante das grandes florestas.
É nos tipos “primários”, áreas de lavouras, plantações, pastagens, entre outras vegetações semelhantes, que eles sentem-se verdadeiramente à vontade, e onde fazem uma verdadeiro extermínio de diversas espécies de pragas que assolam esse tipo comunidade rural.
Besouros, gafanhotos, pernilongos, cigarras, mariposas, e o que quer que configure-se como um transtorno para a agricultura, irão encontrar no Myotis sodalis (o nome científico do morcego-de-indiana) um ameça constante, graças à sua incrível habilidade em pleno voo – algo que, infelizmente, essas fotos e imagens não nos podem mostrar.
Nas florestas de carvalho, pinheiros, sequoias, salgueiros, entre outros monumentos da flora da América do Norte, eles passam o dia em grupos de até algumas dezenas de indivíduos, com características físicas bastante similares às do morcego-marrom, entre as quais, um comprimento entre 6 e 8 cm.
E mais: possuem uma pelagem entre o preto e o acastanhado, olhos diminutos, focinho discreto, uma coloração mais clara no ventre, além de geralmente viverem entre os 10 e 13 anos.
Uma das características mais interessantes sobre os morcegos-de-indiana, além das relacionadas com o seu nome científico e com os aspectos físicos que podemos conferir nessas fotos, é o fato de hibernarem durante todo o inverno em imenso bandos, de preferência em um pequeno trecho do estado de Indiana, até que chegue o verão, e aí então eles possam espalhar-se por quase todo o leste e boa parte do sul dos EUA.
Além Das Características, Fotos E Nome Científico, Outras Particularidades Dos Morcegos-De-Indiana
Apesar da sua importância ecológica, os morcegos-de-indiana são animais em grave risco de extinção.
Calcula-se que a metade das espécies até então existentes tenha sucumbido a uma terrível praga, na forma de um singular fungo patológico, que fez com que uma população de quase 500.000 indivíduos chegasse a não mais do que 250.000 em cerca de 12 anos.
O problema é que, entre outras características, o morcego-de-indiana tem a de consumir (as suas milhares de espécies) nada mais nada menos do que alguns milhões de insetos por dia (ou melhor, noite), configurando-se como uma das mais eficientes ferramentas naturais para o controle de pragas na natureza.
Mas para piorar a sua situação, os seus habitats naturais são alguns dos mais cobiçados pelos diversos segmentos agropastoris dos EUA, que fazem uma verdadeira limpeza nos territórios onde eles habitam, derrubando árvores, efetuando queimadas, abrem estradas, limpam coberturas florestais, aplicam pesticidas, entre outras ações que impedem o desenvolvimento e procriação dessas espécies de forma saudável.
Mas, felizmente, hoje esses animais são protegidos por Lei Federal, que inclusive disciplina a ocupação de grutas e cavernas (os seus habitats favoritos).
E ainda são, inclusive, monitorados por órgãos como a “Bat Conservation Internacional”, uma organização que, não só avalia a situação dessa espécie, como a colocou na sua lista de prioridades para conservação de animais em todo o mundo, como uma espécie de “braço direito” do governo americano na luta pela preservação da sua rica biodiversidade.
Algumas Curiosidades Sobre Os Morcegos-De-Indiana
Todos os anos é a mesma coisa. No início da primavera (mês de abril) os morcegos-de-indiana despendem-se das florestas, lavouras e pastagens de boa parte do leste e sul dos Estados Unidos, onde passaram o seu período de hibernação.
Ano seguinte, a mesma coisa! Eles desembarcam, por algum motivo especial, no estado de Indiana, onde a partir do final de setembro (mês de outono) e até o início de abril, permanecem em um completo estado de hibernação.
A volta dessa espécie de retiro só acontece com as primeiras notas da primavera, quando eles aproveitam-se do clima romântico e bastante sugestivo para entrar em seu processo reprodutivo.
Esse processo de reclusão se dá de forma curiosíssima! Eles geralmente aglomeram-se em bandos com até 2.000 ou 3.000 indivíduos, em sua famosa posição de ponta-cabeça, em cavernas grutas, fendas, ou onde quer que eles encontrem um ambiente calmo e seguro, cercado pela mais completa escuridão.
Mas, quando saem para vida, eles, sem dúvida, têm os seus apetites renovados, pois uma banquete que não contemple pelo menos algumas centenas de vespas, abelhas, mariposas, mosquitos, formigas, moscas, entre outras espécies de insetos voadores durante o dia, não conseguirá, de forma alguma, saciá-los.
Eles só terão que tomar cuidado mesmo é com alguns dos seus principais predadores, entre os quais, o esperto Procyo lotor (uma variedade de guaxinim), os não muito sociável gambá-da-virgínia, o ágil e arisco Felis catus (o gato selvagem), além da temida cobra-negra, entre outras espécies que muitas vezes aproveitam-se de indivíduos mais frágeis para atacar.
Porém, no entanto, nada que se compare à interferência humana. Pois, sem dúvida, esse pode ser apontado como o principal risco à sobrevivência dessa espécie para as próximas gerações, especialmente pela invasão dos seus habitats naturais, que vem se configurando como a principal ameaça a essa espécie, como de inúmeras outras, nessa imensa, controversa, rica e abundante biosfera terrestre.
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