As aves podem ser de variados tipos, com muitas diferenciações entre si. Porém, há algumas que são um pouco mais semelhantes, como acontece com patos, cisnes gansos e marrecos. Todavia, a verdade é que existem diferenças entre cada um desses animais, sendo algumas mais gritantes e outras nem tanto. De qualquer maneira, os marrecos tem se tornado cada vez mais populares em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil.
Isso acontece pelo fato de a carne de marreco ser suculenta, além de o animal ser um bom reprodutor. Contudo, o que realmente importa para os produtores de larga escala é o baixo valor de compra e manutenção de um marreco. Além disso, com cerca de 5 fêmeas e um macho já é possível começar uma boa produção, mesmo em locais pequenos.
Mas é importante estar atento aos detalhes, pois, como se sabe, o marreco é capaz de voar, nadar e correr. Então esse animal tende a fugir com certa facilidade, o que exige um trato especial na infraestrutura local. Um marreco pode voar relativamente alto, embora não seja tão comum vê-lo voando em ambientes controlados. Na verdade, na maior parte do tempo essa ave fica apenas na água, se alimentando e descansando.
Marreco Voa Alto?
O marreco não voa tão alto quanto alguns pensam. Porém, só pelo fato de conseguir voar, correr e nadar, esse animal já chama a atenção da sociedade. Por isso é importante investir bem na estrutura que receberá a criação de marrecos, pois esses animais podem aproveitar as menores brechas para escapar.
O ideal é criar os marrecos em terrenos de terra batida, envoltos de grades de madeira ou telas. A altura dessa proteção deve ser de 80 a 90 centímetros, de forma a impedir o avanço do marreco sobre a parede. Quando em cativeiro, o marreco costuma voar sempre abaixo dos 80 centímetros, não possuindo sequer força para fazer mais. Já quando livre na natureza, há casos de marrecos que voam um pouco acima disso, mas não tanto – quando voam mais alto, não o fazem por muito tempo.
A verdade mesmo é que os marrecos dependem das condições favoráveis do vento e do tempo local para realizar um bom voo. Já quando migram de um local para o outro, o mais comum é que os marrecos parem para descansar com regularidade – seja em árvores ou em rios ou lagos pelo caminho. As paradas se dão, também, porque o marreco precisa se alimentar constantemente.
Começando a Criação de Marrecos
Uma criação de marrecos pode ser muito barata de começar. Assim, o mais importante é que se tenha de 4 a 5 fêmeas, além de um bom macho reprodutor. Apenas com esse número de animais já será possível dar início à sua criação. É preciso também que se tenha uma fonte de água para os animais, seja natural ou artificial.
Isso porque as aves precisam de contato frequente com a água, seja para buscar por alimentos ou para descansar. O mais comum é que os marrecos de cativeiro comam ração, o que acontece em dois ou três horários do dia. O animal tentará sempre comer e beber água ao mesmo tempo, o que fará com que parte da alimentação seja desperdiçada.
Por isso é importante manter comedouro e bebedouro relativamente distantes um do outro. Ademais, os marrecos devem ter uma área protegida e fechada para dormir, cercada por tela ou arames. É chave que esse local não permita a entrada de predadores, como felinos ou raposas. Vale lembrar que os marrecos não sabem se defender bem quando em terra, além de estarem presos em um ambiente que favorecerá muito o predador.
Valor dos Marrecos
Uma criação de marrecos pode ser muito barata no começo, desde que se saiba exatamente qual é o seu objetivo. Há casais de marrecos na internet, de raças variadas, que podem ser comprados a partir de 150 ou 200 reais. Esses animais não são tão bons quanto os mais reprodutores, mas já servem para dar início à sua criação.
Com o tempo e os recursos gerados pela criação, compre outros animais e vá aumentando o número de aves. Vale lembrar que, antes de comprar uma espécie de marreco, é importante saber se aquele animal possui uma boa capacidade de reprodução, além de saber se a sua carne é suculenta.
Há marrecos, por exemplo, que servem apenas para fins de ornamentação, sendo colocados ao redor de lagos em alguns pontos turísticos pelo mundo. Esses não costumam ser tão caros, mas sabe-se que não reproduzem tão bem quanto os mais especializados. Em geral, leva-se cerca de 1 ano para ter o retorno sobre o valor investido na criação de marrecos. Assim, a partir do segundo ano de criação você já deverá ver muitos frutos do investimento nesse tipo de animal.
Alimentação do Marreco
Quando na natureza, o mais comum é que o marreco coma vegetais perto da água, além de insetos e fungos que vivem ao redor dos lagos ou rios. Como esses animais gostam de ambientes úmidos para procriar, o marreco encontra insetos com facilidade. Porém, no cativeiro as coisas mudam muito de figura. Uma vez que a ave está sob responsabilidade das pessoas, é mais natural que consuma uma ração especializada.
Vale lembrar que a ração de gatos ou cachorros não é feita para os marrecos e, portanto, não deve ser consumida pela ave. O animal deve comer de duas a três vezes por dia, pois, a menos que o objetivo seja o abate, o excesso de peso pode ser um problema. Um marreco acima do peso tende a ter dificuldades na locomoção, o que prejudica sua postura e torna o animal muito mais propenso a sofrer com dores.
No cativeiro, ainda é possível dar ervas e folhas para o marreco, além de alguns legumes e verduras. Tente dar uma alimentação balanceada para o animal e não exagere no uso de suplementos e vitaminas. Vale lembrar que os marrecos devem comer da forma mais natural possível quando criados por alguém, sobretudo quando o abate não está em mente. Uma rotina saudável de alimentação fará com que a ave seja também saudável.