Os marrecos têm sido muito usados no Brasil. Pelo fato de serem bons reprodutores, além de baratos e muito fáceis de criar, os marrecos podem representar um grande investimento para o homem do campo. Na realidade, com cerca de 5 fêmeas e um macho já será possível começar a sua criação de marrecos.
Porém, vale lembrar que esses animais são divididos a partir das suas espécies, então conhecer bem os diferentes tipos dessa ave é algo importante antes da compra. Assim, um desses animais é a chamada marreca-tocinho, também conhecida como queixo-branco. A espécie é muito comum na América do Sul, onde ocupa o Chile, a Argentina e até mesmo algumas regiões do Brasil.
A marreca-tocinho é mais vista, no Brasil, na parte Sul do país. Isso porque esse animal prefere climas mais frios para se desenvolver, já que o seu metabolismo não se dá tão bem em ambientes muito quentes. Em todo caso, a marreca-tocinho possui uma série de questões bastante interessantes a seu respeito, com muitas características positivas no modo de vida. Ademais, por ser um animal típico da América do Sul, tão próximo dos brasileiros, vala a pena conhecer mais sobre a bela marreca-tocinho.
Características da Marreca-Tocinho
A marreca-tocinho é um animal bastante comum no Chile e na Argentina, países mais frios que o Brasil – ao menos nos locais onde a espécie vive. Dessa maneira, a ave pode chegar aos 37 centímetros de comprimento, um tamanho muito considerável para um marreco.
O seu bico é azul, mas com uma base vermelha. Já o dorso da marreca-tocinho é marrom, mas com detalhes em preto. O queixo e os lados da cabeça são brancos, o que dá a esse ser vivo o nome de queixo-branco em alguns locais. De qualquer forma, o mais natural mesmo é que conheçam a espécie como marreca-tocinho. O ninho da marreca-tocinho, quando livre na natureza, é sempre feito perto dos rios, no chão.
O animal não gosta de fazer a sua casa em locais altos, pois prefere se manter mais perto da água. Assim, quando surge algum tipo de inimigo ou predador que a marreca-tocinho não consegue expulsar, o animal foge para a água e se mantém seguro por lá. É sempre bom ressaltar que os marrecos são ótimos nadadores, além de voar, o que ajuda muito quando se trata de manter a sua vida em segurança.
Alimentação da Marreca-Tocinho
A marreca-tocinho possui uma dieta bastante típica no mundo dos marrecos. Assim, a ave gosta de consumir vegetais e pequenos animais que vivem ao redor dos lagos, além de insetos que podem estar por perto. Apesar de não habitar locais tão úmidos, que podem favorecer o aparecimento de insetos, a marreca-tocinho consegue se virar na alimentação. De qualquer forma, o mais natural mesmo é que o animal consuma apenas vegetais, desde que esses estejam em oferta razoável na região.
Isso porque a marreca-tocinho é uma espécie que prefere comer produtos da natureza, dando prioridade a isso antes de se alimentar dos animais. Dessa maneira, as sementes é que não escapam das garras da marreca-tocinho, sempre buscando-as. Um detalhe interessante é que a marreca-tocinho, assim como acontece com outras espécies de patos e marrecos, gosta de comer e beber água ao mesmo tempo. Isso mesmo, o animal pode consumir o seu alimento e, ao mesmo instante, beber água.
Porém, quando em cativeiro, o movimento pode ser um tanto quanto indesejado. Pois, como o criador investe o seu dinheiro na compra de ração, não é ideal que a marreca-tocinho desperdice toda a comida apenas por desejar comer e beber ao mesmo tempo. Há maneiras de acabar com o problema, mas a principal é deixar bebedouro e comedouro distantes. Na natureza não há essa alternativa.
Distribuição Geográfica da Marreca-Tocinho
A marreca-tocinho é uma ave que prefere os climas frios, sem altas temperaturas. Assim, a presença dessa ave na Argentina e no Chile é enorme, muito maior do que no Brasil. Em território brasileiro, a marreca-tocinho pode ser encontrada na região Sul, sobretudo em Curitiba. Ademais, ainda é possível ver exemplares da marreca-tocinho na região da Mata Atlântica que ainda existe no Brasil.
Portanto, o animal até pode ser encontrado no Sudeste e até mesmo no litoral do Nordeste, mas com populações mínimas. Há relatos de um casal da marreca-tocinho encontrado, por exemplo, em Campina Grande, na Paraíba, Todavia, esse é um fato isolado, já que a oferta de animais dessa espécie na região é muito menor do que em outras partes do mundo.
O Uruguai também possui a marreca-tocinho, mas a ave não é tão famosa por lá quanto acontece na Argentina. De qualquer modo, é possível notar que a marreca-tocinho dá prioridade aos climas mais frios, incapazes de afetar de forma negativa o metabolismo desse animal.
Mais Sobre a Marreca-Tocinho
A marreca-tocinho pode colocar de 6 a 10 ovos a cada ciclo de reprodução. Portanto, ainda que haja alguma morte pelo caminho na maior parte das vezes, a taxa reprodutiva desse animal é grande. O período de incubação dos ovos leva de 25 a 30 dias, mantendo a média que pode ser vista com as demais espécies de marrecos. O tempo não costuma ser superior a 30 dias, nem inferior a 23 dias de incubação.
O animal tende a se adaptar muito bem ao seu cativeiro, tendo uma relação bastante amistosa com as pessoas, incluindo aquelas que não conhece. Assim, criar exemplares da marreca-tocinho pode ser uma boa alternativa para quem habita regiões frias ou de clima mais ameno. O animal, quando bem alimentado, pode chegar a pesar 700 gramas, mas na natureza isso não acontece.
Como não encontra alimentos com tanta facilidade quando livre na natureza, em geral a marreca-tocinho não passa de 500 gramas nessas condições. Os pântanos são os locais de preferência da espécie, mas, com um pouco de sorte, é possível encontrar casais da marreca-tocinho em zonas mais secas. Por fim, esse animal ainda pode viver de forma solitária ou em grupos, mas na fase de reprodução da marreca-tocinho se mantém em casal, como uma maneira de se proteger e proteger os ovos.