Com hábitos essencialmente noturnos, as mariposas são animais sempre associados à diversos tipos de lendas e mitos. Não é difícil confundir elas com as suas “amigas” borboletas que possuem atividades mais intensas durante o dia. No artigo de hoje vamos falar sobre uma espécie de mariposa que ganhou notoriedade devido a estudos famosos. Estamos falando da mariposa apimentada! Você já ouviu falar nesse bicho?
A Mariposa apimentada (nome científico Biston betularia) é uma espécie muito conhecida devido a sua utilização nos estudos de seleção natural. Acompanhe nosso artigo e conheça um pouco mais sobre esse inseto e sobre os estudos que tratam sobre o seu desenvolvimento e modo de vida.
Características da Mariposa Apimentada
A mariposa apimentada é uma espécie que é sempre relacionada ao melanismo, fenômeno que possibilita o escurecimento da plumagem, pelagem ou pele de animais. O ponto mais interessante sobre esse fenômeno é que ele nem sempre está associado à um instinto de proteção ou possível estratégia de fuga contra predadores. Interessante, não é?
Em algumas aves, por exemplo, o melanismo é responsável por aquecer o corpo do animal e proporcionar uma maior absorção de luz do sol. Além disso, a mudança na cor das penas é também uma forma de chamar atenção para o período de reprodução. Outros animais como besouros e gatos também pode passar pelo fenômeno.
Entretanto, a história mais conhecida e curiosa sobre melanismo vem das mariposas apimentadas, que na Grã Gretanha no período revolução industrial possuíam uma coloração mais clara. A forma mais escura foi encontrada na região de Manchester no ano de 1848 e passou a ser cada vez mais frequente.
Ao chegar à metade do século XX, as mariposas apimentadas escuras já eram quase 100% dos indivíduos em locais que possuíam maior quantidade de poluição. O mais interessante é que nas localidades onde não existiam indústrias e a poluição acontecia em menores proporções, as mariposas continuaram a se apresentar na sua versão clara. É ou não é uma história muito misteriosa?
Evolução da Mariposa Apimentada
Na década de 1970, os programas e ações em prol da diminuição da poluição proporcionada pela indústrias e pelos carros foram intensificadas. Nesse momento temos uma nova surpresa com relação às mariposas apimentadas: elas voltaram a aparecer com mais frequência em cores claras. Os dados são absurdamente reveladores e apresentam uma diminuição da versão melânica em mais de 90%.
Assim, são muitos os estudos que tentam entender essa modificação nas mariposas apimentadas proporcionada pelas mudanças na emissão de poluentes e outros fatores atuando coletivamente ou de forma isolada. Dessa forma, esse animal é um dos mais estudados na genética e nos campos que analisam a variação de fenótipo na natureza.
Novas Pesquisas Usando a Mariposa Apimentada
Novos estudos de uma universidade inglesa localizaram uma mutação nos genes da mariposa escura que foi comumente encontrada na época da revolução indústria. Nessa época era comum que a Biston betularia se misturassem com as cascas presentes em árvores. Um detalhe importante é que existia fuligem nessas árvores.
Outra pesquisa destacou que o chamado gene saltador foi responsável pela mudança na cor das mariposas. Dessa forma, a descoberta pode ser considerada um registro muito importante no estudo da genética e da seleção natural.
O primeiro indivíduo dessa espécie identificando com essas características foi encontrado em 1848. Entretanto, alguns pesquisadores destacam que as mariposas apimentadas já poderiam realizar essa espécie de “mutação”, há mais tempo caso estivesse submetida a locais com grande concentração de poluição.
Antes do desenvolvimento proporcionado pela Revolução Industrial, as árvores que ficavam nas regiões produtoras possuíam troncos brancos. Com o aumento da poluição, os troncos passaram a apresentar cor escura devido à queima de produtos industriais. Mais um exemplo de como a natureza age de forma perfeita, não é mesmo?
Outras Informações Sobre as Mariposas
As mariposas são confundidas com muita frequência com as borboletas. Elas também pertencem à classe dos insetos, mas diferentemente de suas “primas” possuem hábitos mais intensos durante a noite.
A mariposa é o animal em seu estágio adulto. Elas passam por um processo intenso de transformação que vai dos ovos, passando por um período em que são larvas e a formam um casulo. Depois da saída dos casulos, as mariposas estão prontas para iniciar o seu processo de reprodução.
Elas vivem por mais ou menos duas semanas e colocam cerca de trezentos ovos. São excelentes iscas para aqueles que apreciam a pescaria. Uma espécie de mariposa é famosa por ter um valor econômico muito importante, já que é responsável pela produção da seda, um dos tecidos mais nobres do mundo.
Estamos falando da Bombyx mori que em sua fase larval tece o fio que dará origem ao tecido. A atividade movimenta mais de duzentos milhões de quilos de seda e arrecada milhões de dólares todos os anos no mundo inteiro.
Há também quem associe a mariposa às questões mais filosóficas e espirituais. Por terem um ciclo de vida longo que envolve transformação, o animal é sempre usado como metáfora para incentivar superação, determinação e fé. Outro fato interessante sobre esse animal é que ele é sempre atraído pela luz. Isso se deve ao fato de que elas possuem hábitos noturnos e são guiadas pela luz da lua quando estão vivendo na natureza.
Conheça abaixo as mais famosas espécies de mariposa que existem:
- Traça de bruxa branca
- Mariposa da cabeça da morte
- Traça de atlas
- Mariposa apimentada
- Traça de Polyphemus
- Traça de Luna
- Traça ornamentada
- Traça do sol de Madagascar
- Traça da gordura
- Traça de bogongo, dentre outras.
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