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Macaco-De-Coração-Em-Sangue: Características, Habitat E Fotos

Há diversos tipos de primatas, alguns, que você nem imagina. Uma espécie bem curiosa é o chamado macaco-de-coração-em-sangue, ou simplesmente babuíno-gelada, como também é conhecido. Vamos saber um pouco mais sobre esse primata interessantíssimo?

Principais Características

De nome científico Theropithecus gelada, esse animal vive somente nas terras altas da Etiópia, mais especificamente no Parque Nacional do Simien, onde ele se encontra mais protegido. Ele pode, inclusive, ser encontrado em grandes grupos de indivíduos, que podem ficar entre 400 e 500 macacos.

Esse primata, fisicamente falando, é grande e robusto, coberto por pelos escuros de cores castanhas. Braços e pés são quase negros, e suas pálpebras são pálidas. Já a sua cauda é curta e termina em um tufo de cabelo.

A diferenciação entre fêmeas e machos se dá pelo fato destes terem uma pesada e longa cobertura de pelos na parte das costas. O rosto deles, independente do sexo, inclusive, é desprovido de pelos, e o focinho é bem curto. Nesse sentido, por sinal, eles lembram mais chimpanzés do que babuínos.

Macaco-De-Coração-Em-Sangue
Macaco-De-Coração-Em-Sangue

Uma das principais características físicas dessa espécie é que ela possui uma mancha brilhante localizada na pele do peito, e que tem forma de ampulheta. Nos machos, essa mancha é vermelha e cercada por pelos brancos. Já nas fêmeas, essa parte do corpo é bem menos chamativa.

Interessante notar, no entanto, que a partir do momento em que ficam no cio, as fêmeas passam a ficar com essa mancha mais iluminada, formando uma espécie de colar com bolsas cheias de líquido.  E é justamente por conta dessa mancha que o macaco-de-coração-em-sangue tem esse nome popular.

Em termos de tamanho, esses primatas têm, em média, 60 cm, com a cauda medindo cerca de uns 40 cm, mais ou menos.

Habitat Do Macaco-De-Coração-Em-Sangue E Alguns Dos Seus Hábitos

Esses primatas vivem nas altas pastagens de desfiladeiros profundos, localizados nos planaltos da região onde habitam. Podem ser encontrados em altitudes que variam entre 1.800 e 4.400 m, fazendo uso de falésias para dormirem, usando as pastagens das montanhas como forragem para a sua cama improvisada.

São locais bastante apropriados para os hábitos desses primatas, pois são repletos de árvores esparsas, além de muitos arbustos e matagais densos. As áreas onde macaco vive são geralmente frias e pouco áridas com relação à planícies, por exemplo. Ou seja, quando ocorre uma seca, e consequentemente uma escassez de alimentos, eles não sentem tantos efeitos negativos assim.

São basicamente os únicos primatas cujos hábitos alimentares são graminívoros e herbívoros, mas a preferência alimentar desses animais é por sementes. Há casos em que esses animais também se alimentam de flores, rizomas e raízes de diversos tipos. Em casos muito excepcionais, esses primatas se alimentam de insetos. Quando a época de seca atinge o habitat do macaco-de-coração-em-sangue, ele passa a se alimentar menos de gramíneas, com as ervas passando a ser o alimento preferido deles.

São animais tipicamente diurnos, e durante à noite é que eles dormem nas falésias. Quando o sol nasce, vão para o topo dos planaltos com dois intuitos: alimentação e socialização. Com o final da manhã, geralmente, as atividades desses primatas tende a diminuir, concentrando mais esforços para acharem uma forragem, e descansarem.

Sociabilidade da Espécie

Assim como acontece com outras espécies de babuínos, este aqui compõe uma sociedade bastante estruturada. Grupos simples desses macacos, por exemplo, podem ter 12 fêmeas mais os seus filhotes, e um total de até 4 machos. Fora que existem outros grupos formados exclusivamente por machos, podendo ter até 15 indivíduos.

Macaco-De-Coração-Em-Sangue Fotografado de Frente
Macaco-De-Coração-Em-Sangue Fotografado de Frente

Porém, existem grupos maiores, que podem ter até 27 indivíduos, além de grupos bem numerosos, formados somente por machos. Há casos, inclusive, de vários grupos se reunindo num só (mesmo que seja por um curto período de tempo), e que podem chegara a 60 indivíduos.

Em grupos formados por unidades de reprodução (machos e fêmeas), as fêmeas tendem a ter laços sociais maias fortes entre si. Esses grupos, por sinal, só se separam caso eles cresçam demais em número. As fêmeas que estão nas unidades reprodutivas desses grupos, obedecem certa hierarquia.

Já os machos, quando se separam dos seus grupos atuais, tendem a regressar para os grupos originais, geralmente aqueles onde nasceram e cresceram. Porém, também é comum que deixem suas unidades natais, e criem um grupo que seja só deles.

Como Se Dá a Reprodução Desses Animais?

Macaco-De-Coração-Em-Sangue Com o Filhote
Macaco-De-Coração-Em-Sangue Com o Filhote

Quando estão no cio, as fêmeas dessa espécie se insinuam para os machos, balançando as suas caudas. Os machos, então, aproximam-se delas, e examinam certas partes dos seus corpos, especialmente, o peitoral, que possui aquele mancha que mencionamos antes.

Em média, as fêmeas desses primatas podem copular até 5 vezes por dia. A reproduções e os nascimentos dos filhotes podem acontecer em qualquer época do ano, porém, existem picos onde nascem mais dessa espécie. Interessante notar também que a maioria dos nascimentos acontece no período da noite.

Os filhotes nascem com faces avermelhadas e com os olhos ainda fechados. O peso médio deles é de 460 g. As mães ficam perto de suas crias logo após o seu nascimento, até porque outra fêmeas podem ter interesse nelas, e até mesmo raptá-las.

Durante as primeiras 5 semanas de vida do filhote, ele fica protegido agarrado à barriga de sua mãe. Depois desse tempo, eles ficam agarrados nas costas dela. Somente quando completam cerca de 5 meses de vida, é que eles conseguem se locomover mais livremente.

A maturidade sexual das fêmeas acontece com três anos de idade, enquanto que os machos atingem a puberdade com aproximadamente 5 anos, porém, geralmente, eles se reproduzem a partir dos 8 anos de idade.

Conservação da Espécie

Por volta de 2008, organizações ambientais avaliaram que essa espécie não está ameaçada de extinção, apesar da redução drástica de indivíduos dela desde a década de 70 até hoje. Atualmente, as maiores ameaças para esses primatas são a redução de seu habitat natural, e a caça com o intuito de proteger plantações nos arredores de onde vivem.

Outras ameças também são recorrentes, como a captura deles para experimentos científicos, e a caça para a retirada da pele na confecção de produtos para vestuário. Tirando o home, o maior predador dessa espécie de primata é o leopardo.

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