A Lontra norte-americana ou Lontra canadensis (seu nome científico), como podemos observar nas fotos abaixo, é um animal originalíssimo.
Essa é uma espécie de mamífero carnívoro, encontrado com razoável facilidade, desde os aconchegantes e agradáveis climas tropicais e subtropicais da Flórida até as terríveis e desafiadoras temperaturas abaixo de zero graus do Alasca – mais especificamente ao longo da Costa do Atlântico e nas regiões do Golfo do México.
Elas podem ser encontradas nos territórios dos Grandes Lagos, nas terras canadenses e em trechos dos estados de Washington, Idaho, Oregon, norte da Califórnia, entre outras regiões do Noroeste do Pacífico, além da Colúmbia Britânica (Canadá), Sudeste do Alasca e em regiões ainda mais extravagantes que estas da América do Norte.
Assim como as nossas conhecidas Lontras neotropicais, a canadensis tem preferência por habitar margens de rios, trechos ribeirinhos, matas ciliares, florestas alagadas, mananciais, entre outras vegetações semelhantes, onde elas competem em beleza e vigor com as diversas variedades de bétulas, salgueiros, ciperáceas e abetos.
Mas também com os extravagantes Cornus sericea, com as variedades de gramíneas e cavalinhas; elas fazem a festa comodamente protegidas em meio aos espinheiros, às variedades de juncos, arbustos e ervas; prontas para uma investida vigorosa nas profundezas das águas em busca das suas principais presas.
Entre essas presas estão as diversas variedades de peixes, anfíbios, crustáceos, ou o que quer que elas possam aproveitar-se como iguaria em períodos de escassez.
E sobre isso, não custa lembrar que a existência de espécies como as Lontras canadensis (o nome científico da Lontra norte-americana), com todas as suas características e peculiaridades (como essas fotos nos mostram), é um dos sinais mais evidentes da saúde e do vigor do ecossistema onde elas habitam. É um atestado de que a vida marinha e vegetal ainda mantém-se ali, firme, forte e exuberante – como, aliás, deve ser.
Características, Hábitos, Nome Científico, Fotos, Imagens, Entre Outras Extravagâncias Da Lontra Norte-Americana
Todos os anos, durante o período fevereiro/março, acontece o período de reprodução das Lontras norte-americanas. Essa fase costuma durar entre 81 e 92 dias, e como resultado disso, as fêmeas passam por uma gestação que costuma durar entre 286 e 372 dias, para dar à luz entre 2 e 4 filhotes, que nascem cegos, desprovidos de pelos e totalmente dependentes da mãe.
Para os que se assustaram com esse período de gestação com duração de mais de 1 ano, saibam que esse é um evento possível mas não tão comum assim. Ele ocorre devido a um fenômeno do atraso da implantação das blástulas embrionárias nas paredes do útero das fêmeas.
Voltando às características dos filhotes, como dissemos, as pequenas Lontras canadensis (o nome científico da Lontra norte-americana) nascem totalmente vulneráveis, e ainda sem todas as características que são típicas da sua espécie, como logo percebemos por essas fotos e imagens.
Somente após 3 semanas é que os rebentos começam a ensaiar algumas práticas características. Eles começam a abrir os olhos. Com cerca de 30 ou 40 dias já começam a acompanhar as mães. Mas água mesmo só após os 50 dias de vida; e somente por volta dos 65 dias já estarão aptos para algumas investidas nos dois ambientes por conta própria.
Até que, ao completar 3 meses de vida, possam ser finalmente desmamados; mas ainda assim com um longo caminho pela frente até tornarem-se indivíduos adultos e prontos para lutarem pelas suas próprias sobrevivências e a desse exótico e extravagante gênero Lutrinae.
Lontra Norte-Americana: As Características, Fotos, Nome Científico E Desenvolvimento Típicos Desse Gênero
A Lontra canadensis tornar-se-á adulta por volta dos 24 meses de vida. A partir de então, elas poderão reproduzir-se até os 6 ou 8 anos de idade, com expectativa de vida de até 17 anos (em cativeiro) e a metade disso em ambiente selvagem.
Elas desenvolverão os seus hábitos tipicamente noturnos (ou mesmo crepusculares), e ainda com capacidade para enfrentar o rigoroso inverno da América do Norte, como um guerreiro dessas originais paragens do continente americano.
A lontra norte-americana, à parte o seu nome científico, características e exoticidades bastante evidentes nessas fotos e imagens, tem especial apreço pelas águas calmas, limpas e profundas de lagos montanhosos, rios, ribeiros, mananciais, córregos, entre outras regiões semelhantes.
Essas regiões também deverão apresentar uma vegetação marginal, abundância de peixes, crustáceos ou anfíbios; deverá ser o mais limpa possível, já que uma das condições para o pleno desenvolvimento dessa espécie é justamente a ausência de poluição ambiental – o que logo nos leva a supor o quão ameaçadas de extinção elas são atualmente.
Uma curiosidade sobre as Lontras-norte americanas, é que elas também parecem demonstrar uma afeição especial pelo ambiente de lagos, represas, estuários, especialmente no inverno; o que mostra uma das várias facetas da biologia dessa espécie, que dessa forma consegue configurar-se como um exemplar bastante diferente da nossa conhecida Lontra longevicaudis.
Hábitos E Comportamento Da Lontra Norte-Americana
As Lontras norte-americanas são animais carnívoros. E, como tal, não dispensam um bom banquete à base das suas iguarias favoritas: lagostas em abundância!, sem dúvida um banquete típico de uma espécie exigente quando o assunto é a sua refeição do dia.
Nada menos do que os seus 600 gramas diários de peixes, crustáceos, anfíbios e até mesmo aves, insetos e equinodermos podem saciar o seu apetite, principalmente em períodos de escassez das suas principais presas.
Em seus habitats naturais as Lontras canadensis (o nome científico da Lontra norte-americana, como dissemos), como podemos observar nessas fotos, possuem as características típicas dos predadores vorazes.
As diversas espécies de carpas, tilápias, Etheostomas spp., lagostins, entre diversas outras variedades com a característica de movimentar-se lentamente, não conseguem oferecer a menor resistência a esse animal. Como um torpedo elas simplesmente aproveitam-se da sua estrutura hidrodinâmica para, em mergulhos que podem durar até 15 minutos sem necessidade de emergir, voltar com a presa que melhor lhe sacie o apetite.
São espécies fascinantes! E que funcionam como um verdadeiro “termômetro” a medir a vitalidade dos ecossistemas onde habitam.
Um daqueles gêneros de animais cuja existência demonstra o quão saudável e abundante de vida é a biosfera terrestre! E que por isso mesmo é da sua preservação que depende a preservação de boa parte dos ecossistemas onde habitamos.
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