O Lobo-marinho-da-Nova-Zelândia, como essas fotos nos mostram, possui as características próprias de uma espécie que possui como habitat as frias, enigmáticas e misteriosas águas da Nova Zelândia e Austrália.
Ele é o Arctocephalus forsteri, um membro dos mais exóticos da fauna da Costa do Pacífico, e que hoje conta com uma legislação rigorosa, que é o lhes salvou da completa extinção desde a colonização australiana pelo homem branco europeu.
Nessas regiões ele também pode ser encontrado como o lobo-marinho-australiano, o lobo-marinho-de-nariz-comprido, o lobo-marinho-narigudo, entre diversas outras denominações que recebem das tribos maoris, dos australianos e até mesmo dos estrangeiros.
Infelizmente todo esse fascínio acabou sendo traduzido em uma verdadeira matança ocorrida nos primórdios da colonização de ambos os países, a ponto de fazer com que a preservação do lobo-marinho-da-Nova-Zelândia passasse a estar na “Ordem do Dia” dos governos desses países.
O animal é uma extravagância! Há relatos de que, no passado, era algo bastante corriqueiro encontrar indivíduos com até impressionantes 150 ou 160 kg.
Mas, hoje em dia, o comum é encontrar espécies com 120 ou 125 kg, além de uma altura que geralmente varia entre 1,8 e 2,2 metros (machos). Enquanto as fêmeas costumam apresentar medidas um pouco mais modestas. Dificilmente ultrapassam de 30 a 60 kg de peso e 1,4 a 1,6 m de altura.
Já os filhotes nascem com não mais do que 3,5 kg e 50 cm de comprimento. E quando crescem, logo exibem as suas marcas registradas.
Entre elas, um singular nariz em forma de ponta, longos bigodes com uma coloração meio desbotada e duas colorações de pele – um castanho-acinzentado no dorso e uma região mais clara no ventre, entre outras características não menos originais.
As Características, Habitat e Fotos do Lobo-Marinho-da-Nova-Zelândia.
Esses animais podem ser mais facilmente encontrados em algumas regiões específicas da Austrália e da Nova Zelândia.
As águas geladas, assustadoras e hostis das ilhas subantárticas de Macquarie, o sul da Austrália, a Austrália Ocidental e a Ilha Kangaroo (a leste) parecem ser as regiões mais apreciadas por esse animal.
Mas já há vestígios da presença deles em alguns trechos do sul de Nova Gales do Sul, no Estreito de Bass (entre o sul da Austrália e a Tasmânia), bem como no litoral de Victória, na Ilha Stewart, entre outras regiões próximas.
Mas a sua presença não tem, nem de longe, aquela abundância de outros tempos, quando os lobos-marinhos-da-Nova-Zelândia tinham como habitat natural praticamente toda a Nova Zelândia e Austrália, sempre com as mesmas características que podemos observar nessas fotos.
Um verdadeiro “torpedo”, com a sua estrutura aerodinâmica que os torna seres quase incomparáveis quando o assunto é a desenvoltura em ambiente terrestre e aquático.
As costas rochosas parecem ser o porto seguro preferido por esses animais, bem como as ilhas marítimas, como aquelas que até parecem ter desgarrado de propósito do ambiente inóspito e desolado da Antártida, para seguir o seu próprio rumo em meio às não menos inóspitas e desoladas regiões da região sudoeste da Costa do Pacífico.
Na verdade o que os atrai ali é uma espécie de abrigo contra o impacto devastador das ondas que surgem nesse trecho do planeta.
Para a sua sorte, elas arrefecem próximas às praias rochosas, bancos de recifes, piscinas naturais, entre outras formações que lhes fornecem proteção e o ambiente ideal para um descanso das suas longas investidas nas profundezas das águas em busca de alimento.
Mas não apenas isso: essas regiões também parecem possuir as características ideais para que esses animais realizem os seus respectivos processos reprodutivos, além de excelentes rotas de fugas para escapar de alguns dos seus principais predadores.
Descrição, Habitat, Fotos e Características Comportamentais do Lobo-Marinho-da-Nova-Zelândia
O lobo-marinho-da-Nova-Zelândia parece ter preferência por investidas mais profundas nas águas neozelandesas e australianas no inverno.
Tudo indica que nesse período eles têm mais facilidade para encontrar algumas das suas iguarias mais apreciadas, como o Symbolophorus barnardi, popularmente conhecido como “peixe-lanterna”.
Mas não são só essas características comportamentais que chamam a atenção no lobo-marinho-da-Nova-Zelândia em seu habitat natural.
Infelizmente não podemos perceber nessas fotos, mas o que algumas investigações têm apontado é uma preferência desse animal por forragear em águas não tão profundas (com cerca de 25 ou 30 m de profundidade).
Ou então entre 60 e 100 m, onde eles conseguem encontrar espécies bentônicas, que abocanham em uma investida que pode durar entre 8 e 12 minutos sob a água, muitas vezes em profundidades bem maiores do que essas.
Na verdade o que se diz é que o Arctocephalus forsteri é a espécie de lobo-marinho que mais consegue permanecer submersa. Há registros, inclusive, de machos que ultrapassaram a marca de 15 minutos embaixo d’água, em profundidades superiores a 370 metros, especialmente durante o período outono/inverno.
No entanto, nas suas rotinas diárias, o mais comum é que eles façam investidas de 2 ou 3 minutos em grandes profundidades (especialmente de dia, quando as suas presas mantêm-se a 100 ou 200 metros de profundidade), ou então na superfície (nesse caso, à noite, quando essas presas, distraídas, são um verdadeiro convite a um banquete).
Dieta e Reprodução dos Lobos-Marinhos-da-Nova-Zelândia
Os dados, imagens e fotos acerca das características reprodutivas do lobo-marinho-da-Nova-Zelândia em seu habitat natural não são tão abundantes.
O que se pode dizer sobre elas é que por volta dos 5 anos a fêmea entra na sua maturidade sexual, enquanto o macho só mais tarde, por volta dos 9 anos
E esse período de festa para essa espécie surge em meados de outubro, que é quando os machos realizam a sua providencial demarcação de território à espera das fêmeas; para que, desse encontro, surja uma gravidez que deverá durar por volta de 270 dias.
O resultado desse período é o nascimento de um único filhote, por volta do mês de novembro ou dezembro, geralmente em uma região próxima à praia, que lhe garanta a tranquilidade necessária para enfrentar de 4 a 6 horas de parto.
Ao final, surge para a vida mais um exemplar de um Arctocephalus forsteri, que em não mais do que 1 hora já estará pronto para a primeira mama.
24 horas depois, alguns já estarão aptos a fazerem as suas primeiras investidas embaixo d’água.
E, por volta de 20 dias, já poderão seguir sozinhos em pequenas profundidades em busca de alimentos. Até que, ao completarem 3 semanas, já estejam mais independentes. E prontos para seguir em busca das suas presas favoritas, entre as quais, diversas espécies de polvos, náutilos, lulas, anchovas e linguados.
Além de barracudas, o bacalhau-vermelho, o peixe-lanterna entre outras espécies que eles encontrarão de acordo com algumas condições prévias, como a sua disponibilidade no ambiente, a fase reprodutiva em que se encontrarem esses animais, os tipos de climas da região, entre outros fatores que são determinantes para a sobrevivência dessa espécie.
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