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Lista Dos Tipos De Tucanos: Espécies Com Nomes E Fotos

Eles são animais originalíssimos. Na verdade não há quem não consiga identificá-los logo à primeira vista – com uma olhadela rápida –; belos, vistosos e coloridos como são.

Nessa lista com os tipos (e fotos) mais comuns de tucanos (com os seus respectivos nomes científicos) devem entrar espécies como o tucano-de-papo-branco, tucano-bico-arco-íris, o tucano-grande, entre inúmeras outras espécies que chamam a atenção, acima de tudo, pelas suas características físicas.

Eles pertencem ao gênero Ramphastos. São aves piciformes. Membros da família Ramphastidae. E caracterizam-se também por serem animais essencialmente frugívoros (que se alimentam de frutas); porém não abrindo mão de uma dieta mais balanceada a depender do período.

Em situações de escassez de frutas, por exemplo, eles não terão o menor pudor em incorporar algumas espécies de insetos, artrópodes, sementes, brotos e raízes às suas dietas, a fim de garantir-lhes a sobrevivência e a perpetuação de uma das espécies mais exóticas do planeta.

Os tucanos vivem sobre imensas árvores – onde constroem os seus ninhos –, e são espécies típicas das Américas Central e do Sul; representantes clássicos da ilustríssima Floresta Amazônica; onde muitas vezes apresentam-se como um dos seus mais belos cartões-postais.

Dentre as principais características dos tucanos, podemos destacar, obviamente, o seu bico – imenso e nem um pouco discreto –, curiosamente oco, com estrutura óssea na parte inferior e com um tecido mais rígido na superior (que lhe confere melhor sustentação).

Apesar da sua aparência, o bico dos tucanos não pode ser considerado, nem de longe, uma arma de combate (como o de outras espécies), pois o seu maxilar não possui estrutura para conferir-lhe potência suficiente para agir como tal.

No que eles destacam-se mesmo é no tamanho e na aparência – o que não é pouco! –; e na verdade costumam impressionar até mesmo os bastante familiarizados com esse animal.

Mas o objetivo desse artigo é fazer uma lista com algumas dos tipos mais comuns e originais de tucanos existentes no continente americano. Espécies belíssimas, com os seus respectivos nomes científicos, fotos, características e demais peculiaridades.

1.Ramphastos Toco (Tucano-grande)

Ramphastos Toco
Ramphastos Toco

O Ramphastos toco é, sem dúvida, o principal representante desse gênero de animais. É uma exuberância, também encontrada com os sugestivos apelidos de tucanaçu, tucanuçu, tucano-boi, entre outras denominações que eles recebem por suas características físicas.

O Tucano-grande possui um tamanho que geralmente oscila entre 54 e 57 cm de comprimento, um peso entre 535 e 545 gramas, poucas diferenças entre machos e fêmeas, além de uma plumagem toda preta e uma aureola amarela ao redor dos olhos.

Eles também possuem pálpebras em um tom azulado, garganta e uropígio com pelagem branca, além da sua marca registrada: um enorme bico, em um alaranjado vistoso, e que torna esse animal inconfundível dentro desse universo das aves exóticas do Brasil.

Com cerca de 22 centímetros, o bico do Ramphastos toco é o maior dentre os animais desse gênero. E, como dissemos, ele é basicamente constituído por tecido ósseo na base e por uma estrutura semelhante ao colágeno ou queratina na parte superior.

Aliás, sobre as características dos bicos dos tucanos, não podemos deixar de chamar a atenção para um fato interessante.

E é que a sua parte superior é toda ela formada por pequenos espaços vazios, semelhantes aos de uma esponja, uma pedra-pomes o a um favo de mel. E é justamente essa característica que faz com que todo esse tamanho não se torne problemático na hora do voo.

Mas esse bico também acaba funcionando como um belo veículo dispersor de calor! E ele adquire essa função por ser também, curiosamente, irrigado por uma grande quantidade de vasos sanguíneos, que ajudam a fazer desse seu artefato um instrumento bastante útil em seu dia a dia.

Distribuição e Habitat Do Ramphastos Toco

O Tucano-grande habita as florestas tropicais do continente americano, mais especificamente da América Central e do Sul. Por isso mesmo são bastante comuns nas florestas das Guianas, Suriname, na Amazônia, norte da Argentina, entre outras regiões próximas.

Curiosamente, o Ramphastos toco pode ser encontrado com relativa facilidade em campos, áreas abertas, prados; diferentemente da maioria dos animais desse gênero, que prefere mesmo é o ambiente seguro e acolhedor das florestas densas e matagais fechados.

No Brasil o Tucano-grande pode ser encontrado nos estados do Tocantins, Piauí, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, norte do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Mas há registros fósseis desse animal em épocas muito, muito mais distantes!

Ramphastos Toco na Árvore
Ramphastos Toco na Árvore

Na verdade já no período conhecido como o Plistoceno era possível cruzar com um animal desses, provavelmente entre 30 mil e 20 mil anos atrás.

E é quase certo que a região de Lagoa Santa, Minas Gerais, tenha sido um dos palcos de exibição desse animal no passado, como uma verdadeira “força da natureza”, ainda mais exuberante do que as espécies que conhecemos nos dias atuais.

Alimentação e Reprodução

A alimentação do Ramphastos toco consiste, basicamente, de insetos, ovos e filhotes de pássaros, pequenos artrópodes lagartos e frutos.

Como se vê, dentro desse gênero Ramphastos, essa é uma espécie conhecida por ser bastante exigente quando o assunto é a sua alimentação diária.

Mas esse animal também é conhecido pelos seus hábitos diurnos e pela desenvoltura e coragem com as quais arrisca-se no solo em busca de alimentos, mesmo sabendo que, à espreita, o perigo estará sempre presente.

Com relação aos processos reprodutivos do Tucano-grande, o que podemos dizer é que, todos os anos, por volta do mês de dezembro, as fêmeas começam a pôr os seus ovos (cerca de 5 ou 6) em buracos que elas encontram na superfície de imensas árvores.

E esses ovos deverão eclodir dentro de no máximo 18 dias, com a ajuda dos machos e das fêmeas (outra curiosidade), que se revezam nos cuidados com os filhotes até que eles estejam menos vulneráveis; o que ocorre por volta de 21 dias, quando começam a abrir os olhos, e por volta de 45 dias, quando, enfim, já estão aptos a sair dos seus ninhos.

E o curioso é que, ao nascer, o seu bico, em comparação com o restante do corpo, é de uma desproporcionalidade desconcertante! Só mesmo com o desenvolvimento dos filhotes é que eles passam a apresentar mais harmonia em sua estrutura física.

Mas a coloração tradicional alaranjada só aparece após mais alguns meses, quando as demais características desse animal forem definidas; e para que então eles possam viver por cerca de 35 ou 40 anos em ambiente selvagem – desde que, obviamente, consigam escapar do famigerado tráfico de animais silvestres.

2.Ramphastos Sulfuratus

Ramphastos Sulfuratus
Ramphastos Sulfuratus

O Ramphastos sulfuratus é o “Tucano-de-peito-amarelo”, ou “Tucano-de-bico-arco-íris”, “Tucano-de-bico-quilha”, entre outros inúmeros apelidos que ele foi angariando ao longo do tempo em função, obviamente, das características originalíssimas do seu bico.

Esse é outro dos belíssimos representantes desse gênero, mais facilmente encontrado no sul do México, Venezuela, Colômbia, Belize, entre outros países dessa região do Caribe.

Uma plumagem toda ela preta, em combinação com o amarelo reluzente do seu peitoral, é a marca da originalidade dessa espécie! Que ainda possui um bico mediano (entre 15 e 17 cm de comprimento) e uma combinação das cores azul, verde, amarelo e laranja nas laterais do seu bico. Além de patas com um azul bastante característico e outras peculiaridades não menos singulares.

Como um membro ilustre das florestas da América Central e do Sul, o Tucano-de-peito-amarelo tornou-se um exemplar clássico das exuberantes Floresta Amazônica e Mata Atlântica, onde distribuem-se em matas fechadas e em selvas densas.

Eles são apreciadores dos regimes de chuvas desse trecho do continente, e também chamam a atenção pela preferência por um ambiente cuja vegetação seja formada basicamente por palmeiras e outras espécies dessa família Arecaceae, pelas quais esses tucanos parecem demonstrar um apreço todo especial.

Esse membro da família Ramphastidae costuma viver entre os 10 e 13 anos em ambiente selvagem, como típicas espécies monogâmicas, territorialistas, e que farão de tudo para demarcar e proteger uma determinada área onde, entre outras coisas, possam executar os seus respectivos processos reprodutivos.

Principais Características Do Ramphastos Sulfuratus

Foto de um Ramphastos Sulfuratus Pegando Ave Pelo Bico
Foto de um Ramphastos Sulfuratus Pegando Ave Pelo Bico

O Ramphastus sulfuratus é uma daquelas espécies que não apresentam grandes diferenças entre machos e fêmeas; por isso mesmo é curioso notar como, muitas vezes, é preciso utilizar do seu material genético para diferenciá-los.

Quanto aos processos reprodutivos desse animal, não há relatos mais robustos e completos. O que se sabe é que ambos, machos e fêmeas, tratam de construir, juntos, os seus ninhos em buracos que encontram já prontos na superfície de grandes árvores.

Mas uma diferença marcante entre o Tucano-de-peito-amarelo e o Tucano-grande é que a fêmea é quem incumbe-se de chocar os ovos, enquanto o macho incumbe-se de alimentá-la; até que, por volta de 17 ou 18 dias, os ovos eclodam – geralmente 3 ou 4 a cada postura.

O Ramphastos sulfuratus alimenta-se, basicamente, de frutas; mas também não abre mão de pequenos insetos e artrópodes (quando há escassez desses vegetais); em especial os cupins, que eles aterrorizam em investidas vigorosas sobre as suas colônias.

Ramphastos Sulfuratus Com a Asa Aberta
Ramphastos Sulfuratus Com a Asa Aberta

Pequenos sapos, rãs, lagartos e ovos de pássaros também podem fazer parte da dieta do Tucano-de-peito-amarelo, que não terá qualquer dificuldade em adquirir as características de um animal onívoro (se assim for necessário) e bastante afeito a uma convivência em pequenos grupos (ou mesmo aos pares).

O Ramphastos sulfuratus também caracteriza-se por ser mais disposto durante o crepúsculo. Esse é o momento do dia no qual eles sentem-se mais à vontade para sobrevoar matas fechadas, emitindo o seu famoso canto entoado em grupos, sobre as árvores, como se até anunciassem a chegada misteriosa da noite, que transforma a Floresta Amazônica num universo à parte.

Completam algumas das principais características dessa espécie, um peso entre 570 e 760 gramas, entre 48 e 62 cm de comprimento, um bico entre 16 e 20 cm (com bordas serrilhadas), entre outras características não menos chamativas.

3.Ramphastos Brevis

Ramphastos Brevis
Ramphastos Brevis

Aqui estamos falando do “Tucano-choco”, ou “Chocó-tucano”, um habitante das florestas tropicais úmidas do oeste da Colômbia, Sudoeste do Panamá, zonas úmidas da Costa do Pacífico, do noroeste do Equador, entre outras regiões que não ultrapassem os 1100m acima do nível do mar.

O animal é outra exuberância, com cerca de 47 cm de comprimento, peso entre 360 e 480 gramas, plumagem essencialmente preta, um peitoral entre o creme e o amarelado, cauda vermelha (na parte superior) e branca (na inferior), além de uma pelagem amarelo-esverdeada ao redor dos olhos.

O Tucano-choco também possui uma íris esverdeada, entremeada por frisos amarelo-foscos, um bico entre o creme e o amarelado no topo e preto em sua base, além de um aspecto mais longilíneo e harmônico em suas formas.

Dentre as principais características do Ramphastos brevis podemos destacar os seus hábitos alimentares. Esse é um animal bastante afeito a uma dieta à base de frutas; mas o curioso é observar como eles conseguem, com facilidade, adotar uma dieta à base de formigas, cupins, artrópodes, anelídeos, entre outras espécies tão ou mais improváveis quando há escassez das suas iguarias favoritas.

O seu apelido, Tucano-chocó, lhe foi dado em referência ao seu habitat de origem, as florestas tropicais e úmidas de Chocó, um departamento a noroeste da Colômbia, com trechos de regiões andinas à sua volta e em meio a uma moldura completada pelo Oceano Pacífico.

E a região ainda tem o Mar do Caribe e o Panamá ao norte; a oeste ela limita-se com o Oceano Pacífico; a leste com as localidades de Risaralda e Valle del Cauca; e ao sul com este último departamento.

Quanto aos aspectos da reprodução do Ramphastos brevis, o que se sabe é que após o acasalamento as fêmeas põem entre 2 e 4 ovos para serem incubados por um período entre 15 e 17 dias.

Como resultado, nascem os seus filhotes, que deverão viver na companhia dos país pelos próximos 45 dias de vida, até que já estejam aptos a sair do ninho.

4.Ramphastos Vitellinus

Ramphastos Vitellinus
Ramphastos Vitellinus

Nessa lista com os principais tipos de tucanos, com os seus respectivos nomes científicos, variedades de espécies, fotos, imagens e outras particularidades, cabe também um lugar especial para uma das mais exóticas e incomuns espécies desse gênero.

O animal é formidável! E pode também ser encontrado com os apelidos de Canjo, Tucano-pacova, Tucano-de-bico-preto, entre outras denominações que acentuam o seu caráter exótico.

Esse animal pode ser encontrado com mais facilidade nas florestas tropicais desde o Pará até Santa Catarina. E sempre com as características de um animal com uma pelagem toda preta, um peitoral de cor amarelo-ouro e um bico completamente negro – a sua marca registrada!

Seu comprimento varia entre 44 e 46 cm, com 11 a 13 cm de bico, garras (unhas) nas patas, asas discretas e língua curiosamente grande e delgada.

Curiosos também são alguns aspectos dos processos reprodutivos dessa espécie. Como, por exemplo, o fato de que a fêmea costuma ser alimentada pelo macho enquanto ocupa-se com a incubação dos ovos (cerca de 3 ou 4 ), que em cerca de 19 dias darão origem aos seus filhotes.

Outras características do Ramphastos vitellinus dizem respeito ao fato de eles demonstrarem uma preferência especial por nidificar (construir ninhos) em buracos em superfícies de árvores que tenham entre 5 e 7 metros de altura.

Mas os seus hábitos alimentares não são menos curiosos! Basta saber, por exemplo, que eles também podem assumir as características de animais onívoros.

Por isso, mesmo demonstrando uma preferência por diversas variedades de frutas, esses animais podem perfeitamente introduzir alguns tipos de insetos, artrópodes, anelídeos, além de sementes, brotos, raízes, entre outras espécies semelhantes às suas dietas.

Uma Espécie E as Suas Singularidades!

O tucano-de-bico-preto obviamente que não poderia deixar de ter as suas singularidades. O seu bico, por exemplo, nem de longe oferece o perigo que aparenta, pois trata-se tão somente de uma ferramenta extremamente frágil e constituída de uma forma que em nada dificulte o seu voo.

O animal também possui outras características não menos singulares, como a sua curiosidade nata, que é capaz de fazer com que sejam facilmente atraídos por sons característicos emitidos por caçadores e traficantes de animais silvestres.

Eles também parecem não resistir bem a voos muito demorados e adoram embrenhar-se em meio à folhagem densa, principalmente em períodos de chuvas abundantes – que, aliás, eles apreciam sobremaneira.

Também é curioso notar como eles costumam dormir com o corpo todo coberto pela plumagem da sua cauda. – Uma plumagem, aliás, belíssima, e que também costuma ser um dos atrativos dos caçadores desses e de outros animais silvestres ameaçados de extinção no planeta.

Ramphastos Vitellinus Alimentando o Filhote
Ramphastos Vitellinus Alimentando o Filhote

O Ramphastos vitellinus é considerado uma ave símbolo do estado do Rio de Janeiro e uma das espécies mais exóticas e originais de todos os ecossistemas brasileiros – isso sem contar o fato de que essa espécie pode ser encontrada em diversas outras subespécies na América do Sul.

Como dissemos, curiosidades é o que não faltam acerca desses ilustres representantes do gênero Ramphastos! Pois eles ainda apresentam como singularidade a característica de alimentarem-se com revoadas de cupins em pleno voo, além do fato de não apresentarem o hábito de levar materiais para construir os seus ninhos (como é o comum entre as aves).

Eles simplesmente aproveitarão a constituição dos buracos dessas espécies, os quais servirão adequadamente ainda para o fim de realizarem os seus respectivos processos reprodutivos.

E completam algumas dessas suas principais características, o fato de os seus filhotes nascerem totalmente pelados e cegos. E somente após cerca de 45 dias estarão aptos a sair do ninho para algumas investidas em companhia das suas respectivas mães.

5.Tucano-De-Bico-Verde (ramphastos Dicolorus)

Tucano-De-Bico-Verde
Tucano-De-Bico-Verde

Eis aqui, nessa lista com os principais tipos de espécies da comunidade dos tucanos, com os seus respectivos nomes científicos, fotos e demais curiosidades, uma variedade que consegue ser ainda mais exótica do que as citadas até aqui.

Esse animal pode ser mais facilmente encontrado nas florestas tropicais do Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina; e possui entre 47 e 50 cm de comprimento e um corpo curiosamente robusto (para um tucano).

Mas o que chama a atenção mesmo nesse animal é a sua coloração, em um espetáculo multicolorido, com destaque para o seu dorso todo preto.

Este faz um incrível contraste com o seu ventre, que distribui-se em uma exuberante tonalidade vermelha, creme e amarela. E ainda com um bico esverdeado, garganta em um amarelo bastante vivo, entre outras características bastante ligadas às suas tonalidades.

Também conhecido como “Tucano-de-peito-vermelho”, o Ramphastos dicolorus pode ser encontrado com maior facilidade nas regiões sul e sudeste do Brasil; especialmente em trechos de Mata Atlântica, onde eles desenvolvem-se como partes das faunas silvestres e exóticas dessas regiões.

Eles também caracterizam-se por apreciar uma convivência em pequenos bandos, os quais são perseguidos ferozmente por caçadores desse tipo de animal.

Curiosamente, essa perseguição muitas vezes se dá para o consumo da sua carne (uma estranha curiosidade); o que até já faz com que o Ramphastos dicolorus figure numa lista com as espécies que de alguma forma já exigem a atenção dos Poderes Públicos com relação aos riscos de extinção.

Esse animal pode ser encontrado em regiões litorâneas, áreas montanhosas, florestas e matas fechadas, onde convivem bem com uma dieta à base de frutas, pequenos artrópodes, vertebrados, ovos de pássaros, brotos, sementes, insetos, entre outras iguarias que eles tanto apreciam.

As Características Do Tucano-De-Bico-Verde

Tucano-De-Bico-Verde Voando
Tucano-De-Bico-Verde Voando

Como não poderia ser diferente, estamos falando aqui de uma outra exuberância dentro dessa família Ramphastidae!

E essa espécie pode ser facilmente identificada pelo seu aspecto bem mais robusto que os demais, além de um bico curiosamente desproporcional ao seu corpo; o que o torna um instrumento bastante modesto, e que contribui muito pouco na sua busca por alimentos.

O Tucano-de-bico-verde, como dissemos, possui uma especial preferência por uma alimentação típica dos animais onívoros. E, para isso, eles serão capazes até mesmo de invadir ninhos de outras aves, dos quais retirarão os ovos que farão parte das suas dietas.

Outra curiosidade acerca desses tucanos, é que eles também estão entre aqueles dispersores naturais de sementes.

O hábito de passar o dia à caça de pequenos frutos, que serão consumidos em locais distantes de onde foram colhidos, faz com que inúmeras espécies sejam distribuídas por grandes distâncias com a ajuda desses e de outros animais.

As variedades da comunidade das Aceraceaes, por exemplo, são as que mais beneficiam-se com esse seu trabalho.

Casal de Tucano-De-Bico-Verde
Casal de Tucano-De-Bico-Verde

Espécies como o Syagrus romanzoffiana, a Archontophoenix cunninghamiana, a jaboticabeira, as amoreiras, as cerejeiras, a Euterpe edulis, entre outras espécies típicas dos seus habitats naturais, espalham-se de uma forma que não poderia ocorrer sem a ajuda providencial dessas aves.

Mas elas atuam em conjunto com diversas espécies de morcegos, pássaros, macacos e outros mamíferos, que também fazem a sua parte para a garantia da perpetuação de grandes trechos das floras das regiões sul e sudeste do país.

Com relação aos seus processos reprodutivos, chama a atenção o fato de eles também aproveitarem-se de ocos de árvores produzidos por outras espécies pertencentes à sua comunidade (a dos Pisittaciformes) – como os pica-paus, por exemplo.

Estes atuam escavando buracos que serão aproveitados pelo Ramphastos dicolorus, que pouca coisa poderá acrescentar ao seu futuro ninho, já que esse bico que eles ostentam, de forma tão vaidosa, é ainda menos útil nessas horas do que o de outras espécies desse gênero.

6.Ramphastos Swainsonii

Ramphastos Swainsonii
Ramphastos Swainsonii

O Ramphastos swainsonii é o Tucano-de-mandíbula-castanha. Mas ele também pode ser encontrado na natureza com o nome de Ramphastos ambiguus swainsonii.

Esse animal distribui-se em maior quantidade nas florestas tropicais do norte da Colômbia, no leste de Honduras, no oeste do Equador, entre outras regiões onde eles são vivem como uma subespécie do Ramphastos ambiguus – o Tucano-de-garganta-amarela.

Estar frente a frente com uma variedade dessa espécie é considerada uma das maiores experiências a que se pode ter direito nessas exuberantes florestas tropicais da América do Sul, tal o aspecto formidável das cores e das formas que esse animal apresenta.

Do alto dos seus impressionantes 56 cm de comprimento, eles surgem como espécies belíssimas, com um porte físico dos mais harmoniosos dentro desse gênero e uma estrutura bastante robusta – com indivíduos sendo capazes de atingir até impressionantes 745g!

Como não poderia ser diferente, o Tucano-de-mandíbula-castanha chama a atenção logo de cara pela combinação de cores da sua plumagem, que distribui-se quase toda ela preta – com exceção da sua garganta (daí o seu apelido), na cor amarela, e com uma faixa branca e vermelha a separá-la do restante da plumagem.

Esses animais ainda possuem uma cauda onde detalhes em branco e vermelho produzem um belíssimo contraste com o preto do restante do corpo; isso sem falar do seu bico, com uma coloração amarela na parte superior e entre o castanho e o ferruginoso na inferior – e que produz um contraste não menos notável.

E como se não bastassem tamanhas singularidades, o Ramphastos ambiguus swainsonii ainda possui patas na cor azul, uma aureola de cor verde em volta dos olhos, garras bastante afiadas, entre outras características que fazem dessa espécie uma das mais vistosas dentro dessa comunidade Ramphastidae.

O Comportamento Do Ramphastus Ambiguus Swainsonii

Ramphastus Ambiguus Swainsonii Comendo Goiaba
Ramphastus Ambiguus Swainsonii Comendo Goiaba

O Tucano-de-mandíbula-castanha também é daqueles que apresentam como característica o apreço por reunir-se em bandos, geralmente de 4 a 11 indivíduos.

E eles ainda contam com o curioso auxílio do Ramphastos sulfuratus, como uma espécie de guia durante as suas investidas pelas florestas tropicais do continente americano.

Mas o interessante é que, nessas investidas, eles dificilmente percorrerão mais do que 100 metros de distância sem dar uma parada para uma pequena alimentação, geralmente à base de frutas, alguns insetos, anelídeos, artrópodes, lagartos, anfíbios, ou do que quer que tenha o azar de cruzar o seu caminho durante essas investidas.

Já com relação à reprodução desses animais, o que se sabe é que essa costuma ocorrer como é comum nesse gênero. Ou seja, a fêmea dá à luz entre 2 e 4 filhotes que nascem totalmente cegos e nus.

Mas, antes disso, é bom ter em mente que eles também deverão utilizar buracos feitos em imensas árvores por outros pássaros (geralmente os pica-paus).

E esses buracos serão suficientes para que os seus ovos sejam incubados por cerca de 2 semanas e para que os filhotes sejam mantidos pelos seus pais por cerca de 40 dias – que é quando já terão uma certa independência.

Ao completar cerca de 2 meses eles já estarão aptos a executarem os seus respectivos processos reprodutivos. E é quando também costumam ser alvo do tráfico de animais silvestres no continente, em especial nos Estados Unidos, que têm esses animais em alta conta, muito por causa do fato de eles estarem entre os maiores e mais exuberantes dentro desse gênero de aves do continente americano.

7.Ramphastos Ambiguus (Tucano-de-mandíbula-amarela)

Ramphastos Ambiguus
Ramphastos Ambiguus

Aqui está a espécie que deu origem ao Tucano-de-mandíbula-castanha. Esse animal, além das florestas úmidas e tropicais das Américas Central e do Sul, também pode ser encontrado na América do Norte; e ainda com os apelidos de Tucano-de-mandíbula-preta e Tucano-de-mandíbula-amarela.

Dentre as principais características dessa espécie podemos destacar um comprimento que geralmente oscila entre 46 e 50cm, peso entre 583 e 745 gramas, uma cauda entre 17cm e 17,6 cm, além de uma plumagem toda preta.

Nele também chama a atenção o amarelo reluzente das regiões da garganta e de uma parte do seu peitoral, uma faixa em um tom de creme a separar a coloração da garganta e do restante do ventre e uma porção da plumagem da cauda em uma vigorosa tonalidade de vermelho.

O Tucano-de-garganta-amarela também pode ser encontrado em regiões habitadas pelo Tucano-de-mandíbula-castanha. Apenas acrescido de alguns trechos do Peru (em regiões andinas), Venezuela, Chile, entre outros trechos litorâneos do Pacífico.

Na verdade essa é uma espécie facilmente adaptável aos mais diversos ecossistemas, desde regiões montanhosas e bordas de florestas, passando por planícies e florestas tropicais e subtropicais úmidas, a até mesmo altitudes próximas de 2.300 m.

Com relação ao seu comportamento, o que sabemos é que o Ramphastos ambiguus apresenta-se com praticamente as mesmas características reprodutivas do seu parente mais próximo, o Tucano-de-mandíbula-castanha.

Eles assemelham-se até mesmo com relação à sua curiosíssima vocalização, identificada como um “Dios te dé” bastante característico, e que à distância soa como um “Deus te dê” – que certamente contribui ainda mais para produzir uma série de mitos sobre esse animal.

Já a época de reprodução do Tucano-de-mandíbula-amarela ocorre no início do outono até junho. E como resultado a fêmea costuma pôr entre 2 e 4 ovos em ocos de árvores a alturas entre 11 e 24 metros, e que deverão ser cuidados da mesma maneira como ocorre com o Tucano-de-mandíbula-castanha.

As Peculiaridades Dessa Espécie

O Ramphastos ambiguus é uma espécie belíssima! Sem dúvida está entre as mais vistosas dentro dessa família, como um ilustre habitante das florestas tropicais e subtropicais de todo o continente americano, onde também distribuem-se em terras baixas e encostas.

Essa é outra espécie frugívora, bastante afeita a um banquete que contemple diversas espécies de frutas, em especial os frutos de algumas variedades de palmeiras, aos quais eles acrescentam algumas espécies da comunidade das Beilschmiedia, Faramea, Didymopanax e Caesearia.

Mas, a depender da necessidade, eles também poderão acrescentar às suas dietas pequenos insetos, anfíbios, larvas, sementes, caracóis, lesmas, artrópodes, entre outros animais que possam garantir a sobrevivência de uma espécie atualmente listada como “Quase Ameaçada”, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN (União Internacional Para a Conservação da Natureza).

IUCN
IUCN

E essa ameaça se dá por conta da caça ilegal de animais silvestres, que obviamente não deixaria passar despercebida uma espécie com tamanha exuberância, capaz de impressionar, tanto pela beleza das suas formas como pela singularidade do seu canto, considerado original e singularíssimo.

8.Tucano-De-Peito-Branco (ramphastos Tucanus)

No seio dessa família Ramphastidae, saída diretamente desse gênero Ramphastos, existe uma espécie que é um espetáculo à parte quando o assunto são as combinações de cores com a qual eles costumam apresentar-se.

O Tucano-de-peito-branco é, sem dúvida, um dos mais exuberantes nesse quesito! É uma verdadeira imponência! Uma espécie de rara beleza!

O animal possui cerca de 56 cm de comprimento; um bico singularmente avermelhado; tonalidades em azul em volta dos olhos, patas e na mandíbula; e uma plumagem também vermelha na base da cauda.

No Brasil essa variedade é mais facilmente encontrada em trechos de Floresta Amazônica do norte e leste do Pará, além dos estados do Amazonas, Amapá, Tocantins, Maranhão e nas Guianas.

Tucano-De-Peito-Branco
Tucano-De-Peito-Branco

Nessas regiões o Ramphastos tucanus também pode ser encontrado com as denominações de “Quirina”, “Tucano-cachorrinho”, “Pia-pouco”, “Tucano-assobiador”, entre outras denominações que são dadas a esse que é um exemplar clássico de uma das aves símbolo da Floresta Amazônica e apreciadora do singular ambiente das florestas tropicais úmidas do país.

Um animal como esse costuma medir entre 54 e 57 cm de comprimento, pesar entre 510 e 705 gramas; além de apresentar alguns dos seus principais cartões de visitas, como a sua garganta, toda ela coberta por uma plumagem branca, mas que separa-se do restante do ventre por uma faixa vermelha.

O bico do Tucano-de-peito-branco possui uma tonalidade entre o vermelho e o ferruginoso. Mas às vezes ele assume um aspecto meio alaranjado, em contraste com a parte inferior, que apresenta um tom azul, enquanto a superior apresenta-se em um tom de amarelo.

Nos encantadores e exuberantes ecossistemas da Floresta Amazônica ainda é possível encontrá-los em duas subespécies: o Ramphastos tucanus ssp.tucanus e o Ramphastos tucanus ssp. cuvieri. Mas esses animais costumam apresentar características um pouco diferentes.

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O cuvieri, por exemplo, possui um bico com uma coloração negra e uma garganta com plumagem amarela. Enquanto o tucanus apresenta um bico em um vermelho intenso; e ainda com uma garganta mais para o creme; porém não menos exuberante e vistosa que a do seu parente.

Já a alimentação desses animais é feita, basicamente, por frutas de espécies das comunidades das palmeiras, das Cecropias, das Astrocaryum, da Ficus, entre outras espécies que o Tucano-de-peito-branco acaba espalhando por meio da dispersão das suas sementes.

No entanto, essas suas peculiaridades não o impedem de assumir as características de um animal onívoro e acrescentar à sua dieta algumas espécies de anfíbios, lagartos, artrópodes, anelídeos, cobras, e até mesmo ovos de pássaros e filhotes de outras aves, quando há escassez de espécies frutíferas.

O habitat natural do Ramphastus tucanus, como dissemos, são os ecossistemas dessa rica e formidável Floresta Amazônica, onde eles pintam com as suas belíssimas cores as copas de imensas árvores, em bordas de florestas, capoeiras, matagais, entre outras vegetações semelhantes.

E sempre em pequenos grupos, em regiões altíssimas (uma de suas principais características), a espalhar pela mata adentro o seu curioso canto – que é considerado um dos mais chamativos dentre todas as aves desse gênero Ramphastos.

As Características Do Ramphastos Tucanus

Ramphastos Tucanus Em Cima da Árvore
Ramphastos Tucanus Em Cima da Árvore

Como pudemos perceber até aqui, o Tucano-de-peito-branco é uma daquelas espécies símbolo da Floresta Amazônica.

Mas, apesar disso (ou talvez por isso mesmo), ele é hoje considerado um animal “Vulnerável”; vítima fácil dos famigerados caçadores de animais silvestres e exóticos que espalham-se pelo continente.

Mesmo sendo tão exuberante, o Ramphastos tucanus é mais conhecido pelo seu canto, considerado único e incomparável; e que até fez com que a fama desse animal atravessasse fronteiras e chegasse até os não menos extravagantes ecossistemas da América do Norte.

A vocalização do Tucano-de-peito-branco (ou Tucano-de-papo-branco), semelhante a um latido, é um dos seus principais cartões de visitas; um conjunto de sons por meio dos quais machos e fêmeas se atraem, as mães comunicam-se com os seus filhos e cada indivíduo anuncia a sua presença e a demarcação de um determinado território.

A espécie possui hábitos tipicamente diurnos. E na copa de imensas árvores o Ramphastos tucanus dá um verdadeiro show de exuberância, especialmente durante o período de acasalamento, quando é possível encontrar, aqui e ali, alguns casais em busca da perpetuação dessa curiosa espécie para as gerações futuras.

Ramphastos Tucanus Voando
Ramphastos Tucanus Voando

Por isso mesmo não é demais lembrar que a caça de animais silvestres é crime! Assim como também é crime a violação de ninhos, dificultar a procriação desses animais, mantê-los em cativeiro e comercializar a sua carne.

Além de outros prejuízos que possam ser causados à fauna silvestre do planeta, que podem resultar em multa ou detenção por até 1 ano, de acordo com o que preconiza o artigo 29 da lei 9.605/98; a Lei de Crimes Ambientais do Brasil; que é quem disciplina essa matéria no país.

E que, em conjunto com as respectivas legislações dos demais países, incumbe-se do desafio de preservar essa que talvez seja a maior riqueza natural do planeta. Uma fauna incomparável e com características não encontradas em nenhuma outra parte do mundo. E capaz de nos apresentar comunidades como essa, a dos tucanos, que estão entre alguns dos mais belos cartões-postais da nossa Floresta Amazônica.

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