Lista de Tipos de Ratos – Espécies Com Nome, Habitat e Fotos

Os ratos são considerados uma praga em muitas cidades do mundo. A verdade é que a proliferação desses roedores acaba trazendo uma série de problemas – sobretudo aqueles relacionados a saúde – para a vida das pessoas.

Mas, existe uma variedade de ratos! Muito além das ratazanas e dos camundongos que despertam apavoro em algumas pessoas, esses animais compõem um grupo complexo de vida!

No Brasil mesmo existem várias espécies, embora somente algumas sejam realmente conhecidas e facilmente identificadas pelas pessoas.

Apesar de não serem muito bem-vindos na maioria das vezes, os ratos despertam curiosidade nos seres humanos há muito tempo. Inclusive, temos algumas representações clássicas desse animal em produtos da cultura mundial.

Não podemos, por exemplo, ignorar a importância do camundongo Mickey, criado por Walt Disney em 1928, e que se tornou uma das marcas mais rentáveis do planeta!

Também podemos citar rapidamente o pequeno ratinho branco Stuart Little, que acabou ganhando o coração de muitas pessoas no final da década década de 90, nos mostrando as aventuras do pequeno roedor na cidade de Nova York.

Fato é que nem toda a popularidade do mundo consegue afastar dos ratos alguns estigmas. Afinal, você com certeza já ouviu dizer que eles “passam doença” e que podem morder. Será que isso é verdade? Vamos conhecer um pouco mais esses animais!

Conheça Melhor os Ratos

Os ratos são roedores que podem ter diferentes cores, tamanhos e hábitos – tudo isso vai depender de sua espécie. No entanto, eles são reconhecidos por possuírem um nariz mais pontudo, orelhinhas arredondas e um semblante bem simpático – não podemos negar!

Eles são mamíferos classificados pelo nome científico de Rattus. Nesse grupo ainda se encontram os camundongos e as ratazanas, que são modelos bem específicos – e os mais comuns na maioria dos locais.

• Família Muridae:

Todos os animais pertencem a uma “família” dentro de suas classificações cientificas. No caso dos ratos, a família Muridae é que a engloba a maioria das espécies.

Além do que já falamos antes, outra característica muito comum desses pequenos mamíferos roedores é a cauda longa e fina. Eles possuem uma alimentação muito diversa, enquadra dando no que chamamos de “onívoros”.

Na prática isso significa que de modo geral os ratos conseguem se alimentar de diversas coisas, e possuem um metabolismo muito eficiente.

Atualmente existem diversas espécies de rato identificadas, e eles vão bem além daquela figura que consideramos repugnante, e que habita esgotos, telhados e afins. Na verdade, existem também ratos silvestres, que são essenciais para o equilíbrio ambiental, e que demandam muita atenção para não serem extintos!

Além dessa, no entanto, existem outras famílias em que também estão alguns ratos segundo suas classificações. São elas:

• Cricetidae;

• Heteromyidae;

• Diatomyidae;

• Bathyergidae.

Cada família tem suas particularidades, e os animais podem ter características bem diversas! Inclusive eles varam muito de tamanho, o que nos prova que nosso conhecimento a respeito dos ratos é bem limitado.

Conhecendo Melhor Cada uma das Famílias

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a Família Muridae, vamos conhecer as outras famílias que também trazem espécies diferentes de ratos. Elas, inclusive, englobam alguns animais que são bem conhecidos também.

• Cricetidae:

Muitos roedores se encaixam justamente nessa família. Dentre eles podemos citar os hamsters, que são comumente adotados como animal de estimação, e os camundongos, que são ratos bem pequenininhos.

Somente essa família lista mais de 500 diferentes espécies. Isso diz muito sobre a grande variedade de animais que existe. Muitos deles, inclusive, possuem pouquíssimo registro ou imagens.

O “Rato-Almiscarado” é um dos animais também classificados nessa família. Se trata de um roedor de porte-médio, semiaquático, e que vive apenas na América do Norte.

• Heteromyidae:

Esse grupo reúne alguns animais bem curiosos, como o chamado “rato-canguru”. Essa espécie é comum em regiões desérticas, sobretudo na Califórnia. Eles são característicos por não consumirem água em estado líquido, apenas através da vegetação que comem.

O nome faz referência ao marsupial por conta de suas patas traseiras que são bem maiores que as dianteiras, lembrando um canguru. No entanto, são minúsculos, não alcançando mais do que 10 centímetros.

• Diatomyidae:

Já essa é uma família proveniente da Ásia, e que durante muito tempo foi dada como extinta. Porém, em 2005 foram encontrados exemplares do Rato-da-pedra-laociano (Laonastes aenigmamus), que faz parte dessa família, no Laos.

A sua principal característica física é o pelo mais longo e macio, que traz uma aparência mais agradável a essa espécie. A coloração é de um cinza escuro, quase preto.

Outras espécies que são enquadradas nessa família estão extintas. Fosseis foram identificados em países diversos como Paquistão, China e Japão.

• Bathyergidae:

Essa família abriga um dos ratos mais esquisitos e feios que você verá. Ele é chamado de rato-toupeira-pelado ou rato-toupeira-nu (Heterocephalus glaber). Como o nome sugere, parece uma toupeira, mas com alguns “poréns”.

Para começar, ele praticamente não tem pelo algum. A sua pele é completamente exposta, o que, por si só, já dá uma aparência bem exótica ao animal. Os dentes são muito grandes, exatamente como uma toupeira.

Os olhos são minúsculos, quase impossíveis de serem vistos. Com isso, a impressão é de que não existem olhos. Eles também não têm orelhas. parece realmente um animal nascido com deficiências graves.

Outra semelhança com as toupeiras é o fato de que vivem em tocas. As patas possuem garras bem fortes, que são usadas para cavar. Medem mais ou menos 30 centímetros.

Conheça os Tipos Mais Comuns de Ratos no Brasil!

São mais de 700 espécies, como dissemos anteriormente. No entanto, existem alguns que são mais comuns, e podem ser vistos com maior frequência, sobretudo nos centros urbanos. Isso acontece porque, como dissemos, esses animais são onívoros.

Dessa forma, os ratos se concentram onde haja uma maior quantidade de alimentos. Eles procuram por restos de comida, que serve perfeitamente bem para nutrir esses roedores na maioria das vezes.

Com o acúmulo de lixo gerado pelas grandes cidades, não é de se espantar que esse seja um cenário muito adequado para a proliferação dos pequeninos.

• Rato da Noruega – Rattus norvegicus:

São os tipos mais comuns, aqueles que vemos com mais frequência nas grandes cidades. São identificados pelo porte médio – sendo que alguns exemplares podem chegar a pesar 1 quilo – e o pelo curto e acinzentado.

Eles medem mais ou menos 20 centímetros e possuem a mesma extensão apenas de causa. Os animais são razoavelmente pequenos, e exemplares muito grandes e mais pesados só surgem quando existe uma disponibilidade muito grande de alimentos!

• Camundongo – Mus musculus:

O camundongo também é conhecido como “rato doméstico”, isso porque geralmente a sua existência está diretamente relacionada a presença humana.

Embora eles tenham surgido originalmente na Europa e na Ásia, hoje estão distribuídos por todas as regiões do mundo. É facilmente identificável, principalmente pelo seu tamanho bem pequeno e as orelhas bem grandes.

Ele é tão pequeno que sua longa cauda geralmente é bem maior que o corpo. São ágeis, se alimentam de qualquer resto de comida que se apresente disponível e são os “preferidos” dos felinos domésticos.

• Rato-preto – Rattus rattus:

Esse é o rato também conhecido como “Rato-De-Telhado”. Também ocorre com frequência em locais onde haja vida humana, e, por consequência, alimentos a sua disposição.

A cauda é muito longa, sendo, muitas vezes, maior que a soma da extensão do corpo + cabeça. O pelo tem uma coloração grafite bem escura, quase negra. São animais extremamente ágeis e muito difíceis de serem capturados.

Porém, estão diretamente relacionados a transmissão de diferentes doenças.

• Rato-do-Campo – Apodemus sylvaticus:

Esse animal é o terror das plantações. Eles vivem em grupos, é muito pequeno – um macho pode chegar a pesar apenas 30 gramas – e, portanto, muito difícil de ser capturado.

Prefere viver em regiões afastadas dos seres humanos, mas destroem plantações em busca de alimentos. Possui um pelo curto mais voltado para o marrom, mas de tonalidade clara. As orelhas são arredondadas.

Os Ratos em Nova York – Estado de Calamidade!

A cidade de Nova York é considerada um ponto turístico mundial. Milhares de pessoas viajam ou sonham em viajar para lá. Também é ali, na Ilha de Manhattan que se vende o metro quadrado mais caro do mundo.

Mas, se você pretende um dia comprar uma casa ou apartamento por ali, saiba também que essa é a cidade que possui uma gigantesca infestação de roedores. Inclusive, o canal especializado em animais – Animal Planet – identificou a cidade como sendo a mais enfesta pelos ratos em todo o mundo!

Apesar de Nova York manter uma guerra declarada contra eles, parece que o problema se tornou incontrolável.
Inclusive o prefeito da Big Apple chegou a destinar uma verba milionária para projetos de combate a proliferação dos ratos por lá, que é realmente considerada uma praga local.

Uma das estratégias foi distribuir uma espécie de esterilizador, que, quando consumido, não somente impede o nascimento – caso a fêmea esteja prenha – como também a torna infértil, evitando assim o auemnto da população.

Os motivos para isso acontecer são diversos: para começar, a cidade de Nova York produz muito lixo, principalmente proveniente de bares e restaurantes – o que chama os animais que estão em busca de alimentos.

Outro fator que contribui com o aumento de população dos ratos é o metro, que corta a cidade inteira em um complexo sistema de trilhos. Isso significa que os ratos conseguem se movimentar com facilidade pelo submundo.

Especialistas dizem que absolutamente todos os bairros estão infestados – inclusive os mais ricos. existe uma central de atendimento da prefeitura local que é destinada exclusivamente ao atendimento de ocorrência de ratos.

Apesar de os nova iorquinos demostrarem certo costume com a presença dos ratos, de fato eles representam riscos para a saúde das pessoas. Por isso essa guerra continua travada – embora não haja previsão e muito menos esperança de que o problema seja contido.

Mas Afinal, Eles são, Assim, Tão Perigosos?

Infelizmente, existem mais de 30 doenças que são associadas a esses animais. É claro que nem todo roedor possui algum vírus encubado, mas a maioria dos ratos e ratazanas que vivem nas grandes cidades, se alimentam de lixos e etc, pode passar doenças, sim.

• Leptospirose:

Essa talvez seja a doença mais conhecida, e amplamente difundida no Brasil. A leptospirose é transmitida a partir da urina dos ratos, camundongos e ratazanas. A sua transmissão se dá apenas em contato direto, principalmente quando existe algum ferimento que absorva o vírus.

Os sintomas identificados para essa doença são os seguintes:

• Febre;

• Dor de cabeça;

• Fraqueza;

• Dores no corpo;

• Pele amarelada;

• Calafrios.

É mais comum que ocorram casos dessa doença em locais que sofrem com enchentes. Isso porque a água penetra os esgotos, onde os animais costumam urinar, e acaba indo para a superfície, em contato com os seres humanos.

1. Hantavirose:

Esse é um vírus ainda mais preocupante, pois se manifesta quando é inalado. Geralmente ele está presente na urina ou nas fezes do animal. Quando seca, ele se mistura a poeira do local, e se for inalado poderá causar a doença. Os sintomas são:

• Febre;

• Dor de cabeça;

• Dor na região lombar e abdominal;

• Náuseas;

• Diarreia.

• Rubor facial, entre outros.

Como você pode perceber, os sintomas são muito parecidos com outros tipos de virose. No entanto, esse tem altíssimo potencial de mortalidade.

No Brasil o Hantavirose costuma ser transmitidos pelos ratos silvestres que vivem em regiões do cerrado. É muito comum que essa doença se torne mais preocupante durante os períodos de seca, entre junho e agosto.

As espécies rato do capim ou rato-da-cauda-peluda são indicadas como as grandes transmissoras do quadro no Brasil.

2. Febre do Rato:

Outra doença muito preocupante que está associada a esses animaizinhos é a Peste, também conhecida como Febre Do Rato. Ela é transmitida pelas pulgas que picam os roedores e depois picam os seres humanos, já infectadas.

É importante lembrar que essa foi uma das doenças mais devastadoras na Europa no século XIV. Mais de 20 milhões de pessoas morreram vítimas do quadro nesse continente, e muitas vezes a peste voltou a aparecer em outros períodos – mas conseguiu ser contida. Os sintomas são:

• Febre persistente superior a 39 ou 40 graus;

• Forte dor de cabeça;

• Calafrios frequentes;

• Dores no corpo.

• Fraqueza.

• Náusea e vômitos.

• Convulsão;

• Falta de ar;

• Tosse seca.

Ela também se manifesta em fases bubônica e pneumônica, quando pode alcançar uma letalidade de quase 100%. Embora tenha sido erradicada em muitos lugares, é uma doença que demanda um estado frequente de alerta, pois é altamente epidêmica.

É importante também ressaltar que a bactéria Yersinia pestis, responsável por essa doença devastadora, está presente em todos os continentes, livrando apenas a Oceania desse risco.

Como Diminuir os Riscos de Infecção de Doenças Causadas Pelos Ratos?

Essas são apenas algumas das doenças que podem ser associadas aos ratos. A melhor forma de diminuir as chances de infecção com qualquer um dos quadros é através do controle populacional dos roedores.

Por isso, é importante manter a higiene adequada, livrando-se de restos de alimentos com frequência! Afinal de contas, os ratos sempre chegam aos locais em busca de comida!

Lixos que contêm comida devem ser descartados muito bem protegidos, embalados e amarrados, para evitar a atração dos animais.

Grãos também devem ser mantidos muito bem embalados, já que os ratos também comem esse tipo de alimento. Ralos e esgotos devem ser tapados, evitando que os animais cheguem até o interior de residências.

O acúmulo de papelão e madeira pode se tornar um ambiente atrativo para fêmeas prestes a parir. Então jamais acumule esse tipo e material. Evite também o descarte indevido em terrenos baldios.

Por fim, utilize a argamassa para vedar os vãos entre as telhas, evitando que o espaço se torne um caminho e passagem para os ratinhos.

Ratos de Estimação: Conheça Algumas Raças Interessantes Para Essa Finalidade!

Nem tudo é terror quando falamos sobre ratos. Apesar de muitas vezes eles serem associados a pragas, infestações e doenças, eles também podem ser considerados excelentes companheiros e bons bichinhos de estimação.

Muitas pessoas têm escolhido esse animal como sendo o pet ideal para manter dentro de casa – mas é claro que isso requer uma série de cuidados e atenção. Vamos conhecer as espécies mais comuns para essa finalidade?

1. Twister:

O twister é um ratinho muito popular, principalmente no Brasil. Ele também é conhecido como “ratazana doméstica”, e sua classificação é junto com o rato-marrom comum (Rattus norvegicus) que já comentamos aqui.

O que diferencia, no entanto, é que a “versão domesticada” é mais dócil, e acabou sendo adaptada ao convívio humano.

No entanto, é um animal que não vive muito. O Máximo é chegar aos 4 anos de idade, e o mais indicado é que você tenha mais de um twister vivendo na gaiola. Isso porque eles gostam de conviver em bandos, então a companhia fará bem ao seu amigo.

Eles também podem se adaptar com outros animais, mas isso deve ser feito com muita cautela! Os ratos são presas fáceis de gatos e cachorros. Isso significa que o contato com esses animais vai deixá-lo tenso e estressado.

3. Atividade física:

O seu ratinho de estimação tende a engordar bastante, e isso pode ser fatal para ele. Por isso é fundamental que o animal tenha uma fonte de exercícios – como por exemplo a rodinha para correr.

Eventualmente você pode soltar o seu twister, mas isso vai demandar atenção redobrada. Qualquer brecha pode ser o suficiente para ele fugir, além do que, ele vai se enfiar em todos os cantinhos.

E como um bom roedor, pode ser que ele deixe a marca de seus dentinhos em moveis e estofados – então, para não ser pego por uma surpresa desagradável, supervisione o passeio, sempre.

2. Camundongo:

Outra opção interessante é o camundongo! Ele também pode ser uma excelente escolha como animal de estimação. A versão própria para pet é chamada de fancy mice, que seria a variação do rato doméstico.

Apesar de ser lindo para criação, ele possui um cheiro mais forte, o que pode ser um incômodo para quem tem olfato mais apurado.

Assim como o Twister, o camundongo também tem uma tendência a obesidade quando criado em cativeiro. Sendo assim, é mais do que válido que você mantenha o seu animal sempre ativo, garantindo a ele algum artefato para exercícios.

3. Gerbil:

O Gerbil representa um grupo que inclui mais ou menos 100 espécies diferentes de ratos, e que são originários de locais como África, Ásia e Índia. o “Esquilo-da-Mongólia” é um deles, cujo nome científico é Meriones unguiculatus.

Se trata de um animal perfeito para estimação, apesar de ainda manter comportamentos muito naturais de sua versão selvagem, como por exemplo o fato de que não costuma ser extremamente apegado ao dono.

No entanto, ter um desses é excelente se você procura por um animal higiênico, dócil, fácil de cuidar e de manter. Todas essas são atribuições muito encontradas nos exemplares de Gerbil.

4. Dicas para quem quer adquirir um rato:

Se você sonha em ter um roedor de estimação, é crucial que você adquira o animal em um local devidamente adequado. Assim você evita que eles venham com qualquer um dos vírus que citamos anteriormente – leptospirose, raiva, hantavirose entre outros.

Tão logo adquira o seu exemplar, é sempre interessante buscar um médico veterinário especializado para obter as melhores dicas de cuidados e entender melhor quais são as cautelas com relação a saúde do animal.

Ratos Silvestres

Já falamos sobre os ratinhos perfeitos paras erem criados como pets e também aqueles que deixam qualquer morador de grandes centros urbanos de cabelo em pé. Agora vamos tratar a respeito dos ratos silvestres.

Eles compõem a família Cricetidae, e podem se reproduzir rapidamente. Algumas raças conseguem reproduzir durante o ano inteiro, o que atribui a esse animal um potencial epidêmico.

Isso porque eles também são responsáveis pela transmissão de doenças verdadeiramente preocupantes, como, por exemplo, a hantavirose.

Então, o que costuma acontecer é: esses animais chegam em um determinado local, se reproduzem e crescem muito em quantidade. Com isso, o ambiente se torna hostil e perigoso, e algumas pessoas preferem se mudar dali com receio de contraírem doenças.

Mas, além de espantar os seres humanos, os ratos silvestres também migram sozinhos.
Os motivos não são comprovados, mas cientistas desconfiam que justamente pelo fato de a família aumentar muito rapidamente, os animais saiam em busca de novos locais com mais alimentos.

• Terror das plantações:

Existem regiões onde famílias de ratos silvestres podem acabar com as plantações o ganha pão de agricultores. No Brasil eles estão localizados principalmente no Rio Grande do Sul.

As espécies mais comuns no Brasil são:

• Rato-de-Chão (Akodon Azarae): Ele costuma habitar locais onde haja plantação de arroz. É um rato pequeno, de cor amarronzada com pequenos pontinhos em amarelo.

• Rato-de-Junco (Holochilus brasiliensis): Ele também se alimenta de sementes cultivadas, e é um animal de longos dentes amarelos. Os seus hábitos são noturnos, o que torna o encontro com esse rato mais difícil.

• Rato-d´água (Nectomys squamipes): Ele possui um pelo escuro mas a região abdominal é mais clara. O pelo é macio e bem espesso. Possui uma incrível agilidade para nadar, e seus pés possuem membranas interdigitais que facilitam isso.

• Camundongo-do-mato (Oligoryzomys flavescens): A sua principal característica é o fato de que a cauda é maior do que o corpo e a cabeça juntos. Ele possui habilidade para escalar arbustos, e costuma rodear as plantações de arroz.

• Ratinho-do-mato (Oligoryzomys nigripes): Já esses pfeferem locais de vegetação fechada. É também nesse ambiente que procuram criar os seus ninhos. No entanto, ele também circunda águas em busca de alimentação.

• Rato-do-banhado (Scapteromys tumidus): Para muitas pessoas esse rato é considerado uma espécie semiaquática. Mas, embora ele não dê mergulhos, de fato, realmente tem preferência por regiões úmidas e barrosas.

Ratos de Laboratório: Saiba Mais Sobre as Famosas “Cobaias”

Os ratos, como dissemos logo no início desse conteúdo, compõem um grupo de animais muito variados. E até agora já pudemos conferir diferentes raças, costumes e hábitos.

Mas, além de tudo isso eles também são utilizados para testes e experiências em diversas esferas. O motivo para isso é que os ratos possuem uma fisiologia muito parecida com a dos seres humanos.

Com isso, se tornam cobaias ideias para que alguns testes sejam realizados antes que os produtos cheguem até o consumo das pessoas.

Outro fator que contribui para que eles sejam os animais preferidos dos cientistas é o fato de que o período gestacional é bem rápido, permitindo que os cientistas tenham novas ninhadas rapidamente, caso precisem.

A espécie mais utilizada para essa finalidade é o Wistar (Rattus norvegicus). Eles são albinos – os famosos ratinhos brancos de olhos vermelhos – e foram desenvolvidos originalmente na Filadélfia, nos Estados Unidos.

O Instituto Wistar criou a primeira leva de animais em 1906. Até hoje descendentes da linhagem original são exportados para outros países, inclusive para a Ásia, pois são considerados o melhor organismo modelo para testes.

• O funcionamento do organismo é exatamente igual?

É claro que não podemos dizer que o organismo de um rato é exatamente igual o de uma pessoa. No entanto, as semelhanças são muitas, o que torna o teste quase que 100% eficiente para o resultado final.

Existem diversos motivos pelos quais os cientistas não usam seres humanos – dentre os quais, é claro, as questões éticas.

Também é comum que os cientistas manipulem moléculas e células, e criem animais com determinadas deficiências e quadros que sejam necessários para estudos. Acontece, por exemplo, nas pesquisas sobre o câncer.

O Outro Lado da Moeda: Ratos de Laboratório Sofrem?

A prática de uso desses animais em experiências acontece há muito tempo, e vem sendo amplamente questionada e combatida por defensores da causa animal.

Os protetores alegam que os animais são submetidos a diversos procedimentos dolorosos durante os experimentos. De fato, isso acontece. Principalmente quando existe uma pesquisa relacionada a saúde, os animais têm doenças induzidas para que sirvam para as pesquisas.

Por isso mesmo o uso de cobaias de modo geral, mas em especial de ratos, é um assunto extremamente polêmico.
A principal questão é que o uso envolva alguma ética. Para isso, deve ser montada uma comissão de cientistas que julguem realmente necessária a utilização de um ser vivo em suas experiências.

Os questionamentos a respeito dessa prática datam de muitos anos. Em 1860 um cientista francês montou um laboratório de testes em animais no porão de sua casa.

A sua esposa não aguentava mais ouvir os gritos de dor e sofrimentos dos animais, e por isso abandonou o homem. Mas, ela foi além, e criou a primeira sociedade protetora dos animais da França, inspirando muitos outros ativistas a fazerem o mesmo.

Olfato, Visão e Inteligência dos Ratos

Se você já assistiu ao filme da Disney Ratatoullie deve ter se encantando com a destreza, o talento e a inteligência do ratinho.

Mas, embora os animais ainda não demonstrem talentos culinários como na história infantil, eles inegavelmente são detentores de uma inteligência ímpar – e um paladar exigente.

Sim, o estomago desses animais funciona bem e digere qualquer tipo de alimento. Mas o que leva os ratos a viverem de alimentos podres e estragados é a necessidade!

Por gosto – e detecção – eles preferem os alimentos frescos e saborosos. Inclusive, são capazes de identificar a presença de alimentos em boas condições a uma boa distância, graças ao seu olfato apuradíssimo.

• Supervisão:

Não é só no olfato e na inteligência que esses pequenos roedores podem surpreender. Eles também possuem uma visão incrível, que permite que se movimentem rapidamente por qualquer local.

Os ratos possuem uma “visão dupla”. O que acontece é que diferentemente dos seres humanos e outros animais, que possuem dois olhos, mas cujas imagens se fundem em uma só visão, os olhos dos ratos enxergam separadamente.

Isso faz com que eles tenham um alcance infinitamente mais amplo, enxergando todo o ambiente – e de ambos os lados – com facilidade.

Também é importante notar que os olhos são posicionados bem ao lado do nariz, ou seja, cada um está apontado para uma direção.

Os olhos se movem de maneira independente também, mantendo o rato sempre alerta sobre o quase acontece nos arredores. Por isso é que eles fogem tão rapidamente e percebem a presença de pessoas e animais com tanta facilidade.

• Evolução natural:

Embora não haja uma resposta precisa, pesquisadores acreditam que essas características todas da visão dos roedores é decorrente do processo evolutivo natural.

Já que os ratos são presas para praticamente todos os outros animais, eles precisaram criar mecanismos de defesa que tornassem os ambientes mais seguros para eles. E os olhos chegaram a esse funcionamento tão curioso.

A Curiosa Função das Caudas dos Ratos

Quando uma pessoa que tem pavor de rato descreve o animal, ela geralmente dedica certa atenção para falar sobre a cauda. É como se aquela parte do corpo fosse ainda mais assustadora do que o restante.

Acontece que essa é uma estrutura extremamente importante para esse animal. A cauda é uma continuação da coluna vertebral, e também cumpre com um papel muito curioso: o de termorregulação.

Isso significa que a cauda é responsável por manter a temperatura do corpo regulada. Isso acontece porque quando o sangue circula pela cauda ele acaba esfriando um pouco.

Então, quando o animal se sente acalorado, o corpo aumenta a circulação sanguínea para que mais sangue fresco – literalmente! – seja esparramado pelo corpo, baixando a temperatura de maneira natural e segura.

• A Cauda do Rato Contribui com o Equilíbrio?

Sim. Esse é outro fator importante da cauda. Ela é usada como forma de equilíbrio, e facilita a movimentação do pequeno roedor – seja para correr, escalar, descer etc.

A calda possui ainda uma função semi preênsil, ou seja, pode se prender a algumas coisas (por exemplo, quando o rato está subindo por um objeto cilíndrico e vai dando voltas e “enrolando” a calda.

Mas, ele não consegue se pendurar nela como os macacos e outros mamíferos. A calda não possui rigidez tampouco força para sustentar o corpo inteiro do animal.

Cortar ou não Cortar a Cauda de um Rato de Estimação?

Muitas pessoas que decidem criar ratos ficam na dúvida se devem ou não devem cortar a cauda do animal – justamente por conta dessa impressão ruim que muitas vezes se tem a respeito dela.

Fato é que cortar a cauda de um rato pode trazer uma série de problemas para ele. Para começar, mutilar qualquer animal unicamente por estética não faz sentido algum, e é considerado até crime – como o caso das orelhas de pitbulls.

Como explicamos anteriormente, a cauda cumpre um papel de manter o equilíbrio da temperatura no organismo do animal. Sem ela, o seu rato passará por problemas de temperatura – o que pode até levar a morte.

O roedor também sentirá dificuldade para se manter equilibrado, o que aumenta potencialmente os riscos de cair e se machucar. Portanto, a menos que haja uma indicação de veterinário, amputar a cauda nem deve ser cogitado.

• E os ratos que nascem sem cauda?

Existem espécies de ratos que já nascem sem a cauda. É o caso do manx, que é um Twister muito procurado como animal de estimação.

Ele já nasce sem essa parte do corpo. O nome faz referência a uma raça de gatos que também não tem rabo!

A ausência do rabo aconteceu através de mutações genéticas. Mas, como os animais já nascem assim, eles se adaptam a condição de maneira natural, e não sofrem com desequilíbrio.

Já a questão da temperatura corporal é afetada, sim. A diferença entre O Manx e outros ratos que possuem cauda é que ele não consegue regular a sua temperatura rapidamente. Isso leva algum tempo para acontecer.

Cuidados Especiais que é Necessário ter com a Cauda do Animal

Como você pode perceber, a cauda é parte essencial para a vida e o bem-estar dos ratos. Então, quem tem um desses animais em casa precisa ter cuidado especial com essa parte do corpo.

Para começar, os ratos não conseguem limpar a cauda de maneira adequada, devido a sua extensão. Nesse caso, é importante que o tutor faça a higienização. Para isso, use um pano levemente umedecido apenas com água.

É importante ter um cuidado redobrado para nunca pisar na cauda do animal. Como ela é bem comprida, pode ser que o ratinho se esconda e ela fique para fora, e acabe se tornado alvo de pisões. Tenha muita atenção com isso.

• Posso ou não poso erguer o animal pelo rabo?

Não é raro ver em filmes e desenhos as pessoas levantando os ratos pela cauda. Embora seja uma atitude naturalizada nessas situações fictícias, isso jamais deve ser feito.

Pegar o rato pelo rabo vai machucar e incomodar – e você com certeza não quer causar isso ao animal. Pior ainda será se você fizer isso com um rato mais esquentadinho.

Ele com certeza não vai medir esforços antes de se dobrar inteiro para lhe tacar uma (merecida) dentada. Melhor evitar esse problema, e nunca usar a causa como método para erguer o animal, combinado?

Já Sabe Tudo Sobre Ratos? Agora Veja Algumas Curiosidades!

Você já é quase um expert nesses animais, hein? Agora vamos falar um pouco sobre as curiosidades a respeito deles?

Separamos 10 informações que são fundamentais para qualquer “rateiro”.

• Ratos vivem bem pouco, e não costumam passar dos 3 anos de idade;

• A gestação costuma durar uma média de 20 dias;

• Em apenas um ano, uma fêmea de Rattus norvegicus pode gerar até 200 filhotes!!!

• O Japão já conseguiu clonar um rato de laboratório que passou 16 amos congelado antes disso;

• O Bosavi Wooly é o maior rato identificado, e tem origem na Papua-Nova Guiné;

• O Jerboa Pigmeu é o menor rato identificado, e tem origem no norte da África e no Egito;

• Os ratos podem ser utilizados para encontrar bombas, procurar por corpos em escombros e muitas outras atividades de risco;

• Embora comam outras coisas, os ratos têm certa preferência pela carne;

• São animais extremamente inteligentes!

• São excelentes para criar atalhos e novos caminhos. Se localizam com muita facilidade.

De fato, esses animais são muito inteligentes ao mesmo tempo em que despertam pavor em algumas pessoas. Mas, é importante entender que os ratos cumprem um papel fundamental na natureza, e que só são uma “praga” por interferência da vida humana nos ambientes.