O leopardo persa, também conhecido como leopardo-iraniano, leopardo-da-pérsia, e leopardo-caucasiano, é representante de uma das cinco subespécies dos leopardos. Seu nome científico é Panthera pardus saxicolor; sua ordem é carnívora e sua família é Felidae, igualmente ao gato, o tigre e o leão. Atualmente, este leopardo sofre grave risco de extinção e se encontra sob a proteção de programas de reintrodução de espécies ao seu habitat natural. Neste artigo será apresentado o leopardo persa, informações sobre seu habitat e seu estado de conservação na natureza.
Características Físicas do Leopardo Persa
O leopardo persa representa a maior das subespécies dos leopardos, ele é caracterizado pelos seus membros curtos e pela sua cauda longa. A fêmea desta espécie pesa aproximadamente 60 kg, enquanto o macho 90 kg; e ambos são extremamente fortes. A sua dieta é carnívora, e este leopardo é classificado como um caçador oportunista: alimenta-se de mamíferos de pequeno à médio porte, incluindo a cabra selvagem, os carneiros, os porcos selvagens, os veados e as gazelas. Além disso, eles se alimentam de alguns répteis e aves, e atacam por vezes o gado, principalmente em locais onde as presas naturais estão escassas. Este leopardo é capaz de carregar presas maiores e mais pesadas que si mesmo, e também predadores, como cães e raposas.
A reprodução dos leopardos é vivípara, e a gestação dura em torno de três meses. As crias são amamentadas dos três aos seis meses de idade, e durante o primeiro ano de vida são dependentes da progenitora. A partir do terceiro ano de vida o animal já está apto para a reprodução; e o acasalamento pode ocorrer em qualquer período do ano.
O Habitat do Leopardo Persa
O leopardo persa habita áreas montanhosas de climas secos, áridos e também florestas temperadas. Seu habitat principal consiste em prados subalpinos, florestas de folhas secas, montanhas do Grande cáucaso, encostas rochosas e florestas esparsas do cáucaso menor. A maior parte da população desta espécie reside no Irã.
Os habitats estão em constante mudanças, que podem ter causas naturais; entretanto, na maioria das vezes, a degradação deles se deve a ações humanas, e causa a perda da biodiversidade. E este é o caso do habitat do leopardo persa, que está degradado devido ao ser humano e, como consequência, esta subespécie está gravemente ameaçada.
A Ameaça de Extinção dos Leopardos Persas
Em 1992, alterações políticas e sociais na antiga União Soviética causaram crise econômica e enfraquecimento no sistema de proteção dos leopardos persas, que em tempos passados foram eficientes na sua conservação. Sendo assim, as populações originais foram dispersas ao longo do tempo, provavelmente como consequência da diminuição da população de suas principais presas.
Devido à perda do habitat por conta da sua fragmentação, da diminuição de recursos alimentares, da caça predatória e do comércio ilegal de pele e ossos, as estimativas do total da população mostram que há menos de 1.300 espécimes deste leopardo na natureza.
A Preservação da Subespécie
O estado de conservação do leopardo persa está classificado em lista da UICN (União Internacional para Conservação da Natureza) como Em perigo na Lista Vermelha, ou seja, este animal corre grave risco de extinção.
Por conta do fato de que este leopardo corre grave risco de ser extinto, ele foi protegido por um programa de reintrodução ao habitat natural. Esta reintrodução consiste em um processo complexamente técnico e científico, que deve ser feita por especialistas; pois caso não haja esse cuidado, o animal e o meio ambiente podem ser afetados negativamente.
Em 2012, foi enviado um casal de leopardos persas para o Jardim Zoológico de Lisboa, com o intuito de integrar um programa de reintrodução ao habitat natural; este zoológico, desde 1990, atua com a conservação de espécies e do ambiente, além do bem-estar animal e da educação do público. A reprodução dos leopardos foi um sucesso, e isto fez com que o zoológico se tornasse parceiro de um projeto russo de reintrodução desta subespécie, que consiste na reprodução dos animais no Parque Nacional de Sochi, na Rússia, visando a introdução das crias nas montanhas do Cáucaso, seu habitat natural. Em 2013 nasceram duas crias do casal na Rússia, local onde esta subespécie já encontrava-se extinta; as crias, posteriormente, em 2015, foram reintroduzidas ao seu habitat natural.
Em 2016, foram reintroduzidos ao seu habitat natural, no Cáucaso, mais três crias nascidas no Centro de Reprodução e Reintrodução de Leopardos, no Parque Nacional de Sochi, na Rússia. As três crias se chamavam Victoria, Akhun e Killi, e foram consideradas as fundadoras da nova população de leopardos persas. Estas crias reintroduzidas ao habitat natural tem como missão a perpetuação da sua espécie na natureza e, possivelmente, reverter sua classificação que hoje é “em perigo”. O caso destes leopardos persas nascidos em cativeiro foi a primeira tentativa de reintrodução desta espécie, com o objetivo de reverter a sua extinção, trazendo um animal já considerado extinto na natureza novamente ao seu habitat natural.
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