Os animais conhecidos popularmente como “lagostas” possuem características biológicas, morfológicas e anatômicas – além de algumas das suas principais partes estruturais – típicas de um Artrópode, dessa imensa comunidade dos crustáceos decápodes, que habitam os ambientes marinhos de praticamente todos os continentes.
O animal possui longas antenas, que são tão ou mais singulares quanto os seus dois pares de apêndices posteriores, que supostamente funcionam como ferramentas de locomoção (natação) – e que também vão bem “a calhar” no momento da fuga dos seus principais predadores.
As lagostas são habitantes típicos dos recifes de corais. E a noite é a hora do dia em que elas preferem abandonar o conforto dos seus lares para irem em busca das suas principais presas, entre elas, espécies de zooplanctons, restos vegetais e pequenos peixes. Mas também outras espécies que possam lhes garantir o sustento e os seus assustadores 1000 g de peso.
A sua coloração geralmente varia entre um vermelho mais claro e mais escuro (a depender da profundidade que habitem); e como boas representantes de uma das mais antigas (e maior) comunidades de animais que surgiram na terra (o filo dos Artrópodes), é provável que elas estejam entre nós há pelo menos 540 milhões de anos.
Desde o período conhecido como o “Cambriano”, que abrigava espécies da infraordem Palinura (a das lagostas), que supostamente teriam permanecido em ambiente aquático, enquanto algumas, lenta e pacientemente, passaram a habitar o ambiente terrestre.
E o resultado disso foi a formação de uma comunidade que constitui-se como a maior na natureza, totalizando cerca de 85% de todas as espécies registradas. E entre elas, animais como a lagosta, com sua anatomia, morfologia, biologia e algumas partes principais consideradas únicas.
Lagosta: Um Animal Cujas Partes Principais são Biológica, Morfológica, Anatômica e Biologicamente Característicos
Isso ainda não é um consenso, mas o que já costuma ser aceito por inúmeras comunidades científicas, é que as lagostas podem ser espécies que se desenvolveram (ou se ramificaram) a partir do filo dos anelídeos.
Algo que pode ser observado pela característica de segmentação dos seus corpos, que nos transmite a clara sensação de um passado no qual esses animais supostamente formavam uma única comunidade.
Juntamente com mais de 67.000 espécies de crustáceos, as lagostas compartilham com camarões, tatuís, cracas, siris, caranguejos, a pulga-d’água, entre outras espécies, o ambiente aquático de todos os oceanos.
E, apesar de não podermos tratar essa característica como um mérito, elas até hoje são consideradas iguaria de luxo em inúmeras partes do planeta.
Durante décadas a lagosta foi, juntamente com um bom banquete servido à base de caviar e salmões, uma representante típica da “alta gastronomia”.
Mas hoje, com a decadência dos antigos símbolos de prestígio e consideração, a lagosta passou a ser alvo mesmo foi das Ongs de proteção ambiental; espécies protegidas do assédio irregular do segmento da pesca.
Ongs ambientais que são capazes de jurar que a lagosta consta entre as milhares de espécies em risco de extinção no planeta, apesar das inúmeras negativas dos pesquisadores do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).
Por meio de um relatório do Departamento de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal, eles garantem que a “sombra negra” da extinção das lagostas não passa de um mero equívoco de organizações ambientais, que estariam, segundo eles, mal informadas.
Especialmente no Ceará – como há muito vem se falando –, cujo tal “risco de extinção” seria, na verdade, um equívoco resultante da diminuição da ocorrência da espécie em algumas regiões do nordeste devido à escassez de chuvas em boa parte do estado.
Mas, voltando às características e peculiaridades desse animal, o que se sabe é que, do ponto de vista da sua biologia, morfologia, partes principais e anatomia, ele apresenta-se como uma variedade típica da comunidade dos crustáceos.
Com um corpo todo ele formado por um exoesqueleto bastante articulado (e que é trocado periodicamente), com estrutura queratínica (daí a sua superfície endurecida) composta por quitina, que na verdade é um polissacarídeo que tem em sua composição cálcio e outros sais minerais.
O Que há De Tão Característico na Morfologia, Partes Principais, Biologia e Anatomia das Lagostas?
As características das lagostas, de possuírem um exoesqueleto articulado, endurecido e formado por proteínas (mas que não acompanha o seu crescimento), faz com que elas tenham que trocar constantemente as suas carapaças (ao menos uma uma vez na vida).
Mas as características anatômicas, biológicas, morfológicas e das partes principais da lagosta (um típico animal marinho) não se reduzem a isso!
Um cefalotórax, que geralmente une cabeça, abdômen e tórax, também a torna uma espécie bastante singular – além do fato de respirarem por meio de brânquias.
Outro fato interessante sobre as lagostas, é que elas possuem o que se conhece como “sistema circulatório aberto”, que faz com que ela sobreviva por meio do bombeamento constante de sangue (a hemocianina) por todo o seu corpo, para o preenchimento de todos os canais e tecidos que compõem a sua estrutura.
A cabeça de uma lagosta (na verdade o “céfalo” das lagostas) é formada, basicamente, por dois olhos, dois pares de antenas, um cordão ventral, cérebro dorsal e um sistema ganglionar – nesse último caso, capaz de produzir as diversas secreções hormonais necessárias para o funcionamento do seu organismo.
Completam as características encefálicas das lagostas, um curioso sistema nervoso formado por receptores, órgãos para o seu equilíbrio (os estátocistos), pilosidades nos apêndices (para a sua fixação nas rochas e recifes) e fotorreceptores.
Além de outros órgãos, apêndices e sistemas – todos trabalhando em conjunto para caracterizar a biologia das lagostas, um animal com todas as características anatômicas, morfológicas, biológicas e partes principais típicas dos artrópodes.
As Principais Características das Lagostas
Uma lagosta pode atingir até os impressionantes 1000 g de peso! Mas até lá, ela deverá passar por pelo menos 2 mudas do seu exoesqueleto, que não cresce juntamente com a sua estrutura interna.
Por um determinado período de tempo, ela deixará de possuir essa proteção, que deverá se formar aos poucos, enquanto o animal cresce na ordem de 2 cm por ano, até atingir a fase adulta – que geralmente ocorre quando elas atingem entre 22 e 34 cm de comprimento (geralmente aos 5 anos de idade).
É quando, então, chega a época do acasalamento, que costuma ocorrer em meados de dezembro! E durante esse período, a fêmea poderá facilmente incubar (em seu abdômen) mais de 100 mil ovos, que serão liberados no mar entre os meses de março e setembro, na forma de Filossomas, com não mais do que 3cm (9 meses após essa incubação).
Entre 6 meses e um ano, esses Filossomas já não podem mais ser considerados como larvas – mas também ainda não adultos!
Pois um macho, por exemplo, só atingirá a maturidade após completar cerca de meio quilo (após os 5 anos de vida); enquanto as fêmeas, após 6 anos.
E a partir de então, poderão viver por longos 12 ou 14 anos, em ambiente estritamente aquático, ajudando a compor a maior comunidade de seres vivos do planeta: o impressionante, gigantesco e rico filo dos Artrópodes.
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