Os teiús pertencem à família Teiidae, membros do gênero Tupinambis, mas também podem ser encontrados por essas paragens da América do Sul como tejus, jacuarus, caruarus, lagartius, açus, jacruarus, entre outras denominações curiosíssimas, geralmente ligadas à sua relação com essa tribo dos Tupinambás.
O animal é um monumento! Dentro dessa comunidade dos lagartos das Américas eles são os maiores e podem atingir facilmente 1,5 metros de comprimento, com as suas características ancestrais que não deixam dúvidas (ao menos para muitos) de que se trata de uma espécie de “elo perdido” dos lendários e antigos dinossauros.
Nesse artigo onde trataremos sobre tudo o que diz respeito aos lagartos-teiús, com as suas características, habitats, nomes científicos, fotos, entre outras particularidades, devemos ressaltar o fato de que a denominação “teiú” serve para identificar diversas espécies.
Especialmente as dos gêneros Tupinambis e Salvator, que abrigam variedades como o T.rufescens, T.texugin, T.longilineus, T.palustris, T.quadrilineatus, T.dusenil (Tupinambis) e o Salvator merianae (o teiú-gigante, membro do gênero Salvator).
Lagarto-Teiú: Características, Habitat e Reprodução
As características, nomes científicos, habitats e as demais peculiaridades dos lagartos-teiús são tão ou mais singulares quanto as próprias espécies sobre as quais trataremos nesse artigo.
Basta saber, por exemplo, que as suas distribuições são um verdadeiro mistério!
O que se sabe mesmo é que eles são endêmicos da América do Sul, quase como uma comunidade nativa do Brasil, e mais facilmente encontrada no Cerrado Brasileiro, mas também em bordas de matas-de-galeria e em campos abertos; além de outras vegetações onde eles podem encontrar rochas, pedras e capins baixos em altitudes não superiores a 350m.
Quanto à sua reprodução, o que sabemos é que, de um modo geral, a fêmea dessa espécie costuma pôr entre 10 e 32 ovos a cada ninhada, geralmente entre maio e julho.
Mas não sem antes construir, com bastante zelo, uma espécie de toca para abrigá-los – ou então simplesmente aproveitar-se de antigas construções de cupins, formigas e de outras espécies dessa comunidade.
Toca encontrada (ou construída), o próximo passo será esperar por uma incubação que costuma durar entre 80 e 90 dias, para dar à luz pequenos lagartos com tons curiosamente esverdeados.
Mas que vão adquirindo a tonalidade conhecida com o passar do tempo, até que estejam prontos para lutarem pelas suas próprias sobrevivências por não mais do que 10 ou 12 anos – a expectativa média de vida dos lagartos-teiús na natureza selvagem.
Mas o curioso é que esses teiús dependem, necessariamente, de temperaturas ideais para o seu nascimento e desenvolvimento posterior.
Por isso, em cativeiro, o recomendado é que eles sejam expostos a temperaturas que variem entre 23 e 29°C; que é o que lhes garante a plena execução dos seus processos metabólicos relacionados à respiração, reprodução, digestão, imunidade, circulação, entre outros processos essenciais às suas sobrevivências.
E para que se tenha uma ideia da importância do calor para o desenvolvimento desses animais, os biólogos e veterinários geralmente recomendam a sua criação em ambientes artificialmente produzidos com rochas, pedras, placas aquecidas ou mesmo lâmpadas (na falta dos raios solares).
Além de outras maneiras de garantir que eles recebam as quantidades ideais de raios ultra-violetas, sem os quais dificilmente conseguem desenvolver, adequadamente, as suas estruturas ósseas.
Alimentação
Como foi dito até aqui, as características, nomes científicos, habitats e as demais particularidades dos lagartos-teiús os colocam numa categoria de animais exóticos, e por isso mesmo bastante apreciados atualmente como animais de estimação.
A sua alimentação, por exemplo, é a típica dos animais onívoros, bastante afeitos a uma dieta à base de insetos, pequenos artrópodes, ovos, frutas, raízes, e até mesmo pintinhos, camundongos, carnes, legumes, rações específicas e outras iguarias que costumam ser oferecidas a esses animais quando criados em cativeiro.
Aliás, sobre essa criação de lagartos-teiús em cativeiro, veterinários e criadores recomendam que se utilize, para isso, um amplo quintal, ou uma área semelhante, incrementada com terra, areia, papelões, pedras, plantas, troncos de árvores, uma espécie de abrigo onde eles possam esconder-se (como é natural nesse gênero), além de outros materiais que tornem o ambiente o mais próximo possível do seu habitat natural.
Mas não esquecendo, obviamente, da água; água em abundância; que também não poderá faltar no dia a dia desses lagartos. E essa água deverá ser oferecida em recipientes suficientemente grandes, onde eles sempre possam encontrar o “líquido precioso” disponível e com fácil acesso.
Outra característica interessante nesses animais são as suas poderosas mandíbulas; duas “máquinas de combate”; com a ajuda das quais eles vencem os maiores empecilhos na hora da alimentação, mas também combatem com outros machos pela posse das fêmeas, e às vezes até dão um certo trabalho para os seus donos, em investidas bastante agressivas e vigorosas, como uma das principais características dessa comunidade.
Isso sem contar o seu potencial de crescimento! Sim, eles são os maiores lagartos das Américas! Apresentam um crescimento incrivelmente rápido! E atingem rapidamente até inacreditáveis 2 metros de comprimento! O que acaba exigindo, quando em cativeiro, uma atenção ainda mais redobrada sobre esses animais.
Fotos, Características, Habitas e Nomes Científicos do Lagarto-Teiú
O lagarto-teiú, como dissemos, pode ser encontrado em diversos recantos brasileiros (e da América do Sul) com diversos nomes científicos. E dentre os principais, destacam-se o monumental Salvator Merianae (ou Tupinambis merianae), além das espécies T.rufescens, T.texugin, T.longilineus, T.palustris, T.quadrilineatus e T.dusenil.
E dentre as principais características desses animais, podemos destacar as suas mandíbulas poderosíssimas, com dentes pontiagudos e diminutos, dentro de um crânio pontudo e alongado, de onde também sai uma língua bifurcada e curiosamente rosada.
O Lagarto-teiú geralmente apresenta uma tonalidade mais escura (devido à cor negra das suas escamas), com algumas rajadas brancas na cabeça, dorso e membros.
E eles também chamam a atenção pelas suas caudas imensas e cilíndricas, por suas faces e papos esbranquiçados, além dos seus comprimentos (um belíssimo cartão de visitas!), que geralmente oscila entre 1,2 e 1,5 m, mas com alguns indivíduos podendo chegar facilmente aos 2m!
Eles também caracterizam-se por serem animais diurnos e por necessitarem sobremaneira dos raios do sol durante o dia. E quanto aos seus hábitos alimentares, como dissemos, eles apresentam as características de animais oportunistas (não caçadores) e generalistas (capazes de alimentarem-se com uma grande variedade de espécies).
São animais verdadeiramente singularíssimos! Porém, quando incomodados, não possuem a menor dificuldade em atacar. E um ataque de respeito! Mas não sem antes optarem por utilizar a boa e velha estratégia da fuga.
Mas não tenham dúvidas de que essa estratégia de fuga poderá ser facilmente alterada, caso sejam impedidos de escapar, para uma sequência de golpes com as suas caudas habilidosíssimas.
Uma cauda que será eficientemente utilizada em golpes vigorosíssimos, enquanto um par de mandíbulas não menos vigorosas, e ainda compostas por um conjunto de dentes que são quase como verdadeiras lâminas pontiagudas, tratará de cortar e rasgar com uma facilidade impressionante.
Uma Comunidade das mais Singulares
Mas o curioso é que, em cativeiro, não é exatamente isso que podemos observar nesses lagartos. Nada daqueles animais agressivos, violentos e arredios do ambiente salvagem. Nada disso! Em cativeiro, desde que criados sob as condições que eles tanto apreciam, o que você terá são espécies de “cãezinhos” de estimação dos mais singulares.
Isso mesmo! Por mais difícil que seja acreditar, quando criados em casa, esses lagartos-teiús demonstram uma docilidade impressionante! Além da vantagem (que os faz superar, e muito, os cães e gatos de estimação) de serem pouco exigentes com relação a cuidados.
Os lagartos-teiús são animais asseados, limpos, discretos, silenciosos e exóticos – características que vêm fazendo com que eles caiam cada vez mais nas graças de crianças e adultos nos quatro cantos do planeta; indivíduos que agora têm nessa espécie um dos seus mais novos eleitos como animais exóticos e silvestres de estimação.
E ainda sobre a sua alimentação, o que se diz é que no ambiente selvagem poucas comunidades de insetos e artrópodes podem fazer frente ao apetite quase insaciável dos lagartos-teiús.
E nesse artigo com as suas principais características, habitats, nomes científicos, fotos e imagens, teremos que, necessariamente, chamar a atenção para alguns dos seus aspectos biológicos mais singulares.
Um deles, por exemplo, é a sua inusitada habilidade em ambientes aquáticos, que faz com que até mesmo nesses ecossistemas eles consigam encontrar iguarias saborosíssimas.
Especialmente algumas variedades de plantas, crustáceos, moluscos, restos vegetais, pequenos animais em decomposição… e tudo o mais que possa matar a fome de uma comunidade bastante democrática quando o assunto é garantir a sua sobrevivência.
Diversas observações comprovaram a surpreendente capacidade desses lagartos de passarem até incríveis 20 minutos embaixo d’água! E para tal, eles utilizam-se de recursos curiosíssimos, como o de acumular grandes quantidades de oxigênio em suas células ou um suprimento extra na forma de bolhas de ar formadas ao redor das suas narinas e no ambiente das suas vias respiratórias.
As Ameaças aos Lagartos-Teiús
Obviamente que tamanha singularidade só poderia fazer dos lagartos-teiús uma das comunidades mais assediadas por caçadores ilegais de animais silvestres e por caçadores eventuais, que se veem extasiados diante da exuberância de um dos maiores lagartos da natureza.
As suas peles, por exemplo, são apreciadíssimas! E elas correm o mundo para a fabricação dos mais diversos tipos de artefatos, desde bolsas, cintos, artesanatos, até outros acessórios considerados incomparáveis quando fabricados com uma matéria-prima tão exótica.
Já em outros países da América do Sul – neles, principalmente – , ainda é bastante comum o hábito de alimentar-se com a carne dos lagartos-teiús; e o que se diz é que ela é saborosíssima; especialmente quando preparada de acordo com o que exige a cultura gastronômica dos mais singulares rincões desse imenso continente americano.
Na Lista vermelha da IUCN, os lagartos-tejus são listados, em sua maioria, como Pouco Preocupantes; e essa é uma curiosidade que ocorre pelo fato de essa ser uma comunidade com ampla distribuição pela América do Sul, nos mais diversos tipos de ecossistemas abertos, e ainda afeita a uma alimentação bastante variada.
Concorre para isso, também, o fato de eles serem répteis facilmente adaptáveis ao ambiente antrópico (modificado pelo homem); e por isso, em algumas regiões, eles vivem quase como espécies urbanas, facilmente adaptados, inclusive, à alimentação humana.
E de acordo com o órgão, apesar da caça ilegal de animais silvestres – que também tem nos teiús uma das suas espécies favoritas –, não se percebe um declínio acentuado dessa comunidade que justifique, ao menos por enquanto, a sua categorização em um grupo mais ameaçado.
No entanto, o que nenhum cientista deixa de ressaltar é o fato de que, como todas as espécies animais e vegetais do planeta, os lagartos-tejus também estão, sem dúvida, entre as vítimas das atuais alterações climáticas.
Assim como também do assédio constante do homem, seja por meio da caça ilegal, ou simplesmente de uma série de alterações nos habitats naturais de praticamente todas as espécies atualmente registradas na natureza.
Além de Características, Habitat e Nome Científico, Outras Singularidades dos Lagartos-Tejus
Não há dúvidas de que, à primeira vista, eles são animais horripilantes. Mas as suas estruturas escamosas e rugosas, como uma espécie de combinação entre lagartos, cobras e anfíbios, há muito contribuíram para torná-los parte do imaginário popular como um dos principais símbolos de toda a exoticidade que pode ser encontrada na natureza selvagem.
No entanto, eles são maus apenas na aparência mesmo! Pois, mesmo em ambiente selvagem, poucos membros dessa comunidade dos Escamados são tão dóceis e inofensivos quanto esses lagartos – especialmente quando criados em cativeiro ou como animais de estimação.
E eles ainda possuem uma trajetória curiosíssima, especialmente por serem considerados animais com ocorrência nacional; podendo ser encontrados em praticamente todos os estados brasileiros; assim como também na Argentina e Estados Unidos – nesse último caso, introduzidos ilegalmente, em uma dessas contribuições do famigerado tráfico de animais silvestres.
No Brasil, uma das “estrelas” dessa comunidade é o famoso “Tupinambis merianae” ou “Teiu-gigante”; uma exuberância capaz de atingir entre 1,2 e 1,5 m; e que hoje é considerado o preferido dentro dessa família Teiidae quando o assunto é a criação de animais exóticos de estimação.
Também conhecido como Salvator merianae, esse animal pode pesar até significativos 5 ou 6 kg, além de apresentar uma incrível capacidade reprodutiva que os permite colocar mais de 25 ou 30 ovos em uma única ninhada; o que a caracteriza como uma das espécies mais singulares dessa comunidade dos lagartos.
Mas apesar do seu vigor reprodutivo, a falta de conhecimento de boa parte dos criadores faz com que muito desse potencial reprodutivo se perca, já que os ovos, para serem corretamente incubados, necessitam de níveis bastante específicos de umidade e temperatura; sem os quais boa parte deles (até quase 1/3) não consegue, de forma alguma, desenvolver-se adequadamente.
As Principais Singularidades Desse Gênero
Os seus nomes científicos, as características dos seus habitats, entre outras singularidades dos lagartos-tejus, que infelizmente não podemos apreciar por meio dessas fotos e imagens, revelam-nos uma comunidade com um importantíssimo nicho ecológico no meio ambiente.
Na verdade esses animais estão entre aqueles considerados excelentes dispersores de sementes, muito por conta dos seus apetites quase insaciáveis, e que os tornam verdadeiras “maquinas” de digerir as mais variadas espécies vegetais dos habitats que ajudam a povoar.
As florestas semidecíduas da região sudeste do Brasil, por exemplo, contam, e muito, com esse oportuno trabalho de dispersão de sementes dos lagartos-tejus; em especial variedades como a Solanum viarum, a Syagrus romanzoffiana, a Genipa americana, a S.oleraceae, entre outras incontáveis espécies que encontram nesses animais alguns dos seus principais apreciadores.
Sabe-se, também, que inúmeros ecossistemas da Bacia Amazônica, das áreas litorâneas da Colômbia, Guianas, Venezuela e do Norte do Brasil também contam com a ajuda providencial desse gênero Tupinambis para a garantia da sua preservação, pois eles acabam atuando na reconstrução de modestos fragmentos florestais que, sem as suas contribuições, teriam imensas dificuldades para constituir-se a contento.
De acordo com os especialistas, pesquisadores e estudiosos dessa comunidade, o seu insaciável apetite, combinado com o deslocamento por imensas áreas à procura de alimentos, e culminando com uma capacidade de dispersar sementes inteiras por meio das suas fezes, torna os lagartos-tejus parceiros indispensáveis para a manutenção do meio ambiente.
E por isso mesmo esse é um gênero considerado ideal para a substituição de outras comunidades dispersoras (como as aves e os mamíferos, por exemplo), muito por conta também da sua facilidade de adaptação aos mais diversos tipos de ecossistemas – inclusive os antrópicos – ; o que configura-se como uma das principais singularidades dessa família Teiidae.
A Singularidades de uma Criação em Cativeiro
Esse é um dos gêneros de animais que, digamos, fazem a alegria dos criadores, muito por conta da facilidade com que podem ser criados – eles apenas exigem comida, muita comida, comida em abundância! E também água suficiente para que toda essa comida seja adequadamente digerida.
Carne, ovos, legumes, insetos, artrópodes, e até mesmo animais vivos (por mais difícil que seja imaginar), podem ser tudo de que eles precisam ao longo do dia para desenvolverem-se fortes, vigorosos e com todas as características que tanto chamam a atenção dos seus admiradores.
Porém é preciso haver uma atenção especial sobre as condições de temperatura do local do cativeiro, pois, como dissemos, o que eles apreciam mesmo são as umidades altas e temperaturas mais elevadas – nada que esteja abaixo de 24 graus centígrados será considerado um ambiente saudável para esses animais.
Mas também nunca é demais lembrar que os teiús fazem parte daquela lista de animais silvestres que podem ser adquiridos para a criação em cativeiro ou como animais de estimação.
E o melhor: você só precisará ter o cuidado de certificar-se de que ele foi adquirido em um criadouro devidamente autorizado pelo IBAMA.
Mas também devidamente documentado, com nota fiscal, comprovação de origem e certificados de vacinações que garantam a aquisição de um animal dentro das regras exigidas por lei, sob pena de que você acabe incorrendo em crime, devidamente amparado na Lei de Crimes Ambientais e em outras normas determinadas pelo Ministério do Meio Ambiente.
O Impressionante Tupinambis Merianae
O Lagarto-do-Jarau é o Teiú, ou “Tupinambis merianae”, ou mesmo o Lagarto-do-papo-amarelo, Teiú-gigante, Teiú-da-Argentina, Teiú do Jarau, entre outras denominações desse que é considerado um dos maiores lagartos dos ecossistemas brasileiros; uma espécie que vive em uma parte significativa do Brasil e bastante comum nos pampas da América do Sul.
O Lagarto-gigante pode medir até dois metros de tamanho total, e cerca de 10 kg de peso, como um típico animal terrestre que raramente sobe em árvores após atingir a puberdade.
Ele é também um animal agressivo e voraz que come de frutas a insetos, passando por roedores, pássaros e outros pequenos répteis. E quando habita as proximidades de fazendas, ainda costuma atacar galinhas (ovos e pintinhos) e o lixo das casas – e se isso não acontece, ele evita a aproximação do homem e prefere mesmo é pegar a sua comida em locais afastados dos humanos.
Os filhotes do Tupinambis merianae são esverdeados, mas essa coloração desaparece com o desenvolvimento dos animais. E eles vivem cerca de 16 anos, geralmente cavando buracos no chão, como típicos escavadores com hábitos diurnos.
Eles também são onívoros e produzem de 30 a 36 ovos por ninhadas após a eclosão, que ocorre entre 60 e 90 dias de incubação. E a sua alimentação geralmente é feita à base de ovos, carne, ratos, pintinhos em cativeiro, sapos, frutas doces, etc.
E como uma curiosidade acerca desse animal, sabemos que os Lagartos-gigantes são bastante tímidos; porém sabem defender-se bem quando atacados, dando as primeiras boas vindas ao agressor com a sua cauda longa, secundadas por mordidas bastante dolorosas, como um presente de um conjunto de mandíbulas que abrigam dentes afiados como os de poucas espécies encontradas na natureza.
A Alimentação Dessa Espécie em Cativeiro
O Tupinambis merianae é outra dessas espécies de lagartos com características de animais onívoros. Porém, quando criados em cativeiro, é necessário oferecer a eles uma dieta que seja balanceada, com quantidades ideais de proteínas, vegetais, frutas, sementes, entre outras iguarias necessárias para o seu pleno desenvolvimento.
Como uma dica para a alimentação desses teiús criados em cativeiro, recomenda-se um banquete à base de baratas, grilos, gafanhotos, mariposas; além de pintinhos, ratos, carne moída e alguma fonte de cálcio – nesse último caso, curiosamente, uma das substâncias mais importantes na dieta de praticamente todas as espécies de lagartos da natureza.
Aliás, sobre essa necessidade de cálcio na dieta dos Lagartos-teiús, os especialistas chamam a atenção para uma ocorrência bastante comum nesses animais, principalmente quando criados em cativeiro e expostos a uma dieta deficiente na substância, que é a “ósseo distrofia”.
A doença consiste numa espécie de inibição do desenvolvimento ósseo desses animais; um distúrbio que pode afetar gravemente a sua saúde, impedir o seu pleno desenvolvimento e a correta execução dos seus processos metabólicos.
E como uma forma de ao menos minimizar os riscos dessa ocorrência em lagartos (ou em diversas outras espécies de animais), recomenda-se a utilização de cascas de ovos moídas, em forma de pó, e misturadas à alimentação dos teiús. Dessa forma, eles terão um suprimento extra de cálcio nas suas dietas, e que será suficiente para mantê-los livres desse tipo de ocorrência (e de outras) durante as diversas fases dos seus desenvolvimentos.
Os Cuidados que ele Tanto Apreciam
Nesse artigo com as principais características, habitats, nomes científicos, fotos e imagens, entre outras singularidades dos lagartos-teiús, chamamos agora a atenção para as pequenas necessidades de uma espécie que caracteriza-se justamente pelo pouco trabalho que exige.
Saiba, por exemplo, que as frutas (para os animais criados em cativeiro) são obrigatórias. Ao menos uma porção delas será necessária; geralmente em uma combinação de banana, melão, mamão, melancia, entre outras variedades que devem ser oferecidas pelo menos a cada 8 ou 9 dias.
Outra coisa importante a saber sobre a alimentação desses lagartos, é que os animais oferecidos em suas dietas devem ser adquiridos em locais seguros, confiáveis e que respeitem as principais regras de higiene exigidas para esses tipos de estabelecimentos.
Neles você irá adquirir ratos ou pintinhos (a sua alimentação básica) saudáveis, abatidos e congelados. E com isso você, não só evita os riscos de uma alimentação com animais doentes como também disciplina o seu animal a alimentar-se com os produtos especialmente adquiridos para ele.
Mas além da alimentação, também é necessário garantir um ambiente onde esses lagartos possam desenvolver-se adequadamente. E nessa caso, recomenda-se a sua criação em terrários, que poderão ser construídos com dimensões próximas de 2 metros de comprimento, por 80 cm de largura e 70 cm de altura.
Não sendo demais lembrar, também, da necessidade de que esse terrário seja adequadamente aquecido. E você pode fazer isso com a ajuda de lâmpadas comuns; aquelas mesmas utilizadas em casa; e que deverão ser dos tipos UVB e UVA, pois são elas que tratam de garantir que os animais recebam os raios ultravioletas e de calor, respectivamente.
As pedras aquecidas também são bastante utilizadas para esse fim, pois elas ajudam a garantir que o terrário possua temperaturas que oscilem entre 23 e 35 °C, além de uma umidade entre 70 e 80%.
E você terá que, necessariamente, garantir que o ambiente onde eles terão que viver por toda a vida apresente essas condições de calor e umidade.
Mas sem esquecer, também, do substrato do solo, que deverá ser de qualidade e adquirido em estabelecimentos legalizados, onde você possa encontrar materiais como terra vegetal, serragem, cascas de pinus, entre outras composições bastante indicadas para esse tipo de construção.
Animais de Sangue Quente
Essa é uma notícia que chegou para surpreender até mesmo os já suficientemente familiarizados com esses lagartos-teiús. Agora já se sabe que eles são animais de sangue quente! E mais que isso: são os únicos lagartos com essa característica em toda a natureza.
Agora, além de ser um dos maiores representantes dessa comunidade em todo o continente americano, os lagartos-teiús também são os mais exóticos; donos de uma singular capacidade de regulação térmica até então totalmente desconhecida.
E o melhor: com base nessa descoberta, os cientistas se dizem animados com a possibilidade de, finalmente, descobrir como a endotermia (manutenção do calor corporal por meio dos metabolismos internos) evoluiu nas demais espécies na natureza; e como ela foi determinante para a sobrevivência de milhares de comunidades ao redor do planeta.
Portanto, como se vê, as características, habitats, nomes científicos e demais peculiaridades desses lagartos ajudam a constituir uma comunidade única; com características não encontradas em nenhuma outra família; o que faz desses animais espécies de representantes clássicos do que há de mais exótico, extravagante e singular no universo da fauna do planeta.
A descoberta (a de que os teiús são animais de sangue quente) foi feita por pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em parceria com biólogos canadenses, e ainda com supervisão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
E tudo isso a partir da seleção de 2 pares de casais de Salvator Merianae; o “Teiú-gigante”; mantidos em ambiente restrito durante 12 meses, enquanto as suas temperaturas e ritmos cardíacos eram examinados detalhadamente.
Uma Incrível Descoberta!
Para o estudo, os teiús também foram submetidos a uma dieta restrita, além de estimulados a um período de dormência – que é natural nessa espécie –; e o que se descobriu foi que, durante esse período, a temperatura corporal dos animais cai vertiginosamente para não mais do que 17 ou 18°C.
E o curioso é que a recuperação só acontece após a saída do animal da hibernação; quando então a sua temperatura passa a variar entre 22 e 24 graus centígrados (com maior intensidade durante a noite), e logo após (já durante a manhã) oscila entre 35 e 37 graus; permanecendo assim durante toda a manhã, até que, mais uma vez à noite, ela caia por volta de 70% desses valores.
É, verdadeiramente, um animal incrível! E é curioso notar como essa temperatura corporal dos teiús começa a variar imediatamente após o período de hibernação; pois é justamente quando eles entram em seus respectivos processos reprodutivos.
Isso mostra que quando o assunto é surpreender a natureza é verdadeiramente imbatível; e que a cada dia nos dá mostras de como pode atuar, positivamente, para a manutenção das suas espécies da maneira mais adequada e mais organizada possível.
E ainda sobre a temperatura dos teiús (ou a sua regulação térmica), o que os pesquisadores descobriram é que ela tende a manter-se elevada a partir do início da manhã, e vai declinando aos poucos, até atingir o seu mínimo durante a madrugada; período em que a luta pela sobrevivência dessa espécie, por meio dos seus respectivos processos reprodutivos, passa a exigir menos dos animais.
Foi realmente uma descoberta e tanto a de que os lagartos-teiús são animais de sangue quente!
E para se ter uma ideia do espanto que ela causou, o que se diz é que os próprios pesquisadores custaram a dar o devido crédito à própria descoberta, pois se diziam certos de que, sem a menor dúvida, alguma falha deveria ter sido cometida durante os testes executados com os animais.
Um Calor Endógeno
Os responsáveis por essa descoberta relacionada à regulação térmica dos lagartos-teiús se disseram estupefatos diante da constatação de que eles eram, verdadeiramente, animais de “sangue quente”. Isso porque o normal, de acordo com o que até então se conhecia, era que as suas temperaturas entrassem em um equilíbrio com a temperatura ambiente.
Longe disso! Elas variaram, e muito! E isso veio para subverter tudo aquilo que se conhecia dentro dessa imensa comunidade dos Escamados – que já naturalmente possui uma série de singularidades que tornam os seus membros representantes únicos na natureza.
E para não deixar quaisquer dúvidas a respeito dessa característica, os lagartos ainda foram submetidos a outros testes. E em um deles alguns indivíduos foram convenientemente abrigados em um compartimento com temperaturas reduzidas, na expectativa de que a temperatura dos animais imediatamente acompanhasse a da câmara.
E qual não foi a surpresa quando esses lagartos, mesmo sob baixíssimas temperaturas, ainda conseguiram apresentar uma temperatura corporal superior à do ambiente; mostrando, mais uma vez, a capacidade desses animais de a regularem internamente, como uma demonstração explícita da sua capacidade de adaptação frente aos desafios da natureza.
Agora não só as suas características, habitats, nomes científicos, entre outras singularidades que podemos observar nessas fotos, que chamam a atenção nesses teiús. Agora chama a atenção, também, o fato de eles serem capazes de alterar os seus metabolismos internos a fim de produzirem calor.
E ainda em concomitância com um aumento do gasto de energia; em uma estratégia que contribui para que esses lagartos mantenham temperaturas bem acima da do ambiente em que habitam; algo como fazem as aves e os mamíferos, que em um ambiente com temperaturas por volta dos 10 ou 12 graus centígrados são capazes de manter os seus corpos confortavelmente a temperaturas que aproximam-se dos 20 graus!
Lagarto-Teiú: Além das Características, Habitats e Nomes Científicos, a Singularidades dos seus Metabolismos
Uma curiosidade acerca dessa endotermia observada nesses lagartos-teiús diz respeito ao fato de que, ao que tudo indica, ela está diretamente ligada aos seus processos reprodutivos, pois ela costumam ocorrer preferencialmente durante o período de reprodução.
E essa é uma teoria até relativamente nova; datada de não mais do que 20 anos; quando biólogos norte-americanos descobriram que ela só ocorre para fins de acasalamento; e que pode ser notada já no período da corte para culminar com a postura dos ovos – quando então essa regulação da temperatura não é mais observada.
Agora o desafio é descobrir como esse fenômeno ocorre; como machos e fêmeas a apresentam; quais mecanismos são utilizados durante o fenômeno; como isso pode ter atuado a favor deles durante o processo de seleção natural; entre outros questionamentos, outrora improváveis, mas que agora são levantados pelos estudiosos que dedicam-se a esmiuçar os fenômenos observados nessa singular comunidade dos lagartos.
Lagarto-Teiú: Curiosidades
Além das suas características, habitats, fotos, nomes científicos, entre outras peculiaridades, os lagartos-teiús também chamam bastante a atenção nessa comunidade por algumas curiosidades que revelam o quão originais eles podem ser na natureza.
Em uma delas, por exemplo, diz-se que tal é o seu apreço por um bom período de hibernação (nos meses mais frios do ano), que até mesmo a sua própria cauda pode ser utilizada como fonte de alimentação, a fim de que não precisem, por nada desse mundo, sair do conforto de uma toca ou buraco quentinho feito no solo.
Outra curiosidade diz que eles são capazes até mesmo de desafiar cobras e serpentes para uma boa luta quando o assunto é defender os seus territórios.
E o que se diz também é que poucas espécies são capazes de verdadeiramente amedrontá-los – medo mesmo eles só demonstram ter das águias, gaviões, corujas, gatos-do-mato, cães-selvagens, entre outras espécies que são o terror para os lagartos-teiús.
No entanto, até mesmo esses terão que enfrentar um adversário de respeito caso queiram invadir o seu território, pois mesmo acuado um lagarto-teiú não terá a menor dificuldade em utilizar, e muito bem, a sua cauda em chicotadas vigorosíssimas (e até mesmo sonoras), secundadas por uma sequência bem dada de mordidas com o seu conjunto de dentes pontudos, afiados e em um par de mandíbulas também poderosas.
Outra coisa interessante é saber que os lagartos-teiús são quase que completamente surdos; a sua audição em nada contribui para a sobrevivência desse animal em ambiente selvagem; no entanto, quando o assunto é visão, eles não deixam nada a desejar às aves de rapina, que são considerados os animais com a melhor visão dentre todos os que se conhece na natureza.
Sim, eles são animais formidáveis! Mas o problema é que isso também acaba, muitas vezes, configurando-se como um transtorno para eles, já que até mesmo a sua carne é considerada saborosíssima; algo que se assemelha à de um frango jovem e suculento; e que por isso mesmo, em algumas comunidades, ganha facilmente destes em prestígio.
Outra curiosidade acerca dos lagartos-teiús diz respeito à forma como eles conseguem escapar da morte durante o embate com uma serpente, por exemplo.
O que se diz é que jararacuçus, cascavéis, jararacas, entre outros flagelos da natureza selvagem, encontram um adversário e tanto nesses lagartos; e é curioso observar como num embate entre eles os répteis acabam, curiosamente, levando vantagem, por mais incrível que isso possa parecer.
Porém, como nem sempre as coisas saem como o planejado, pode acontecer de eles serem picados pelas serpentes durante o embate.
Mas não tem problema! Para isso eles já possuem, de antemão, a solução ideal!
E essa solução é encontrada na singular planta Erva-de-lagarto, ou Casearia Sylvestris; uma espécie facilmente encontrada na América do Sul, e que curiosamente possui em suas cascas uma espécie de antídoto contra o veneno de diversas espécies de serpentes, obtido pelos teiús a partir da ingestão das suas cascas.
E poderíamos continuar aqui, tranquilamente, elencando diversas outras curiosidades acerca desses lagartos.
Curiosidades muitas vezes relacionadas com as suas singulares estratégias de sobrevivência.
A sobrevivência de uma espécie símbolo da fauna brasileira! Em especial a do Cerrado!
Mas também de diversas outras áreas abertas onde eles executam uma função das mais importantes para o seu equilíbrio. E para que elas também possam continuar nos presenteando com algumas das espécies mais singulares e originais da natureza selvagem.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tei%C3%BA
http://agencia.fapesp.br/pesquisa-descobre-que-os-lagartos-teius-tem-sangue-quente/22590/
http://portalmelhoresamigos.com.br/teiu-conheca-este-belo-reptil-de-estimacao/
https://www.portaldosanimais.com.br/informacoes/o-lagarto-teiu/
https://bichoideal.com.br/teiu-lagarto-como-criar-um-lagarto/
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0031-10492004000600001&script=sci_abstract&tlng=pt
https://www.oeco.org.br/blogs/fauna-e-flora/27828-teiu-um-nome-curto-para-um-lagarto-grande/