Já ouviu falar do Hyracotherium? Pois, saiba que esse é um animal que viveu a mais de 50 milhões de anos na terra!
Chamado também de Eohippus, seu nome tem um significado muito especial. Quer dizer, “Cavalo do Amanhecer”.
Essa espécie cheia de mistérios e muita história tinha um porte relativamente pequeno, pesando apenas 23 quilos e medindo 60 centímetros de altura aproximadamente!
Esses cavalos costumavam viver em bosques itinerantes, situados na América do Norte e também na Europa Ocidental – isso a mais de 50 milhões de anos atrás! Na verdade, essa data é reconhecida justamente por conta de antigos fósseis que foram encontrados.
Eles são apontados como os principais precursores dos cavalos que temos conhecimento nos dias atuais – ele, inclusive, tinha um tamanho semelhante ao de um cão!
Esse primeiro equídeo que se tem notícias era um animal bastante presente nos primórdios, sendo encontrado em florestas do Eoceno – isso levando em conta o período de 10 milhões de anos depois da extinção dos dinossauros!
Quer saber mais sobre esse pequeno e curioso ancestral? Então tenha certeza que você terá que mergulhar bem fundo em uma boa dose de história! Confira mais dados a seguir!
Um Pequeno Ancestral e uma Grande História!
Esse pequeno ancestral dos cavalos que conhecemos nos dias atuais tinha uma aparência até mesmo peculiar – principalmente se levarmos em conta o porte físico dos cavalos que conhecemos hoje em dia!
Ele até mesmo era bem mais semelhante a um cachorro do que um cavalo em si! Segundo muitas pesquisas e estudos, o Hyracotherium era dono de um dorso mais arqueado, um pescoço curto e também pernas curtinhas. Sua causa também era bastante longa.
No que diz respeito a sua alimentação, ela era basicamente composta por frutas e também folhagens presentes nas árvores.
Por conta de sua morfologia, esse animal de pequeno porte tinha uma enorme facilidade em saltar. Esse comportamento poderia até mesmo ser comparado ao dos veados, que possuem essa característica.
Em geral, o Hyracotherium tinha uma menor agilidade e até mesmo é apontado como mais lento!
Características Marcantes do Hyracotherium!
Algumas características podem ser apontadas como de fato bem marcantes acerca do Hyracotherium.
Por ser um animal típico da floresta e até mesmo do pântano, ele possuía quatro dedos em cada uma de suas patas anteriores. Já nas patas frontais, identificou-se a presença de 3 dedos.
O que conhecemos como casco nos cavalos de hoje, se trata apenas de unhas. Em alguns cavalos, podia-se perceber até mesmo uma segunda unha vestigial.
Outro ponto que chama atenção com relação ao Hyracotherium é a maneira como ele apoiava suas patas no solo. De maneira geral, sua posição era bastante semelhante a que identificamos nos cães.
A única exceção nesse caso se dá justamente por conta da presença de pequenos cascos em cada um de seus dedos.
O cérebro desse animal também é apontando como relativamente pequeno, com a presença de lobos frontais menores. Para muitos estudiosos, isso poderia apontar que não se tratava de um animal essencialmente inteligente!
Há ainda a evidencia de uma baixa inserção dos dentes, sendo que sua dentição era composta apenas por 3 incisivos, um canino, 4 pré-molares e também 3 molares “moedores” – isso em cada lado de sua mandíbula!
E Era Eoceno – O que Você Deve Saber!
Na era Eoceno, os equídeos não diferiam muito dos demais membros do grupo perissodáctilo. Nesse caso, é importante salientar que o Hyracotherium acaba incluindo, portanto, outras espécies que podem até mesmo possui relação com os rinocerontes!
Em suma, as características até mesmo mantiveram-se praticamente inalteradas, ou seja, tanto o corpo como os demais membros passaram por sutis mudanças – isso inclui apenas uma ligeira alteração nos dedos.
Segundo estudos publicados por especialistas que mergulharam fundo na história desses curiosos animais, foi possível perceber o motivo do que porque ocorreu uma mudança mais evidente nas patas.
Isso porque os dedos mais simplificados acabaram atribuindo melhoras não somente a força como também a velocidade que pode ser atingida pelos cavalos!
Quem Sobreviveu ao Longo da História?
O único gênero de cavalo que de fato sobreviveu no decorrer dos anos foi o Equus, que no caso tinha somente um dedo. Ele surgiu a aproximadamente 5 milhões de anos atrás!
Antes dele e ainda posteriormente ao Eohipuus, há outros ancestrais devidamente catalogados – e que são considerados também ancestrais dos cavalos!
Nesse caso, podemos destacar alguns. Veja abaixo:
- Orohippus
- Epihippus
- Mesohippus
- Miohippus
- Kalobatippus
- Parahippus
- Merychippus
- Pliohippus
- Astrohippus
- Dinohippus
E finalmente, chegamos ao Equus, que nada mais é do que a gênese de todos os equinos dos tempos modernos! O primeiro Equus que se tem notícias media algo entorno de 90 cm, podendo chegar a um metro.
Porém, ele já manifestava um corpo semelhante ao de um cavalo. Se comparado ao Hyracotherium, podem-se perceber algumas diferenças bem substanciais, sugerindo, portanto, uma evolução a longa escala!
As Primeiras Descobertas!
O primeiro fóssil desse animal foi identificado na Inglaterra. Quem coordenou as pesquisas foi o paleontologista Richard Owen, no ano de 1841. Na oportunidade ele chegou a pensar que a descoberta referia-se a um hyrax. Tal engano se deu por conta da dentição!
Mesmo que não se tenha encontrado o esqueleto completo, na época o especialista resolveu chamar o animal de “besta parecida com um Hyrax”.
Mais tarde, no ano de 1876, outro especialista, Othniel Charles Marsh acabou encontrando o esqueleto completo na América. Na ocasião, ele o denominou como Eohipuus.
Quando ele se deu conta que as duas descobertas, na verdade, se tratavam do mesmo animal, o nome Hyracotherium acabou se tornando o oficial, sendo que à menção ao Eohipuus passou a ser adotado apenas como um sinônimo.
Como ficou evidente, há muita história acerca dessas descobertas, e as pesquisas deixam claro como o processo evolutivo foi marcante com o passar dos séculos!
De fato o Hyracotherium guarda muitos mistérios e até mesmo gera curiosidades diversas por parte da classe cientifica e de paleontologia, mas muito já pôde ser afirmado com total segurança!
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