Os bivalves são uma classe de moluscos marinhos protegidos por conchas retráteis que se abrem e fecham para proteger o molusco.
Os bivalves são melhores representados pelas ostras, mexilhões e vieiras, se multiplicando ostensivamente em águas salinas, mas ainda algumas espécies podem se reproduzir em águas doces.
A maioria dos bivalves se alimenta fazendo filtração de milhares de litros de água por dia, isso também os torna filtros naturais que podem ser utilizadas de várias formas, geralmente para promover a limpeza de áreas para garantir a vida em geral de outros animais e plantas aquáticas.
Ao decorrer de sua evolução, os bivalves desenvolveram suas brânquias em tubos respiratórios que também realizam a alimentação deles.
O alimento filtrado passa por filamentos microscópicos que prendem os plânctons e sedimentos retirados da água e transportam o alimento para a boca do molusco.
É através desse mesmo processo que a concha dos bivalves é formado, pois desde sua fase larval, o molusco retira todo o cálcio possível da água para forma sua concha extremamente rica em sedimentos.
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Etimologia e Origem dos Bivalves
Todos os estudos apontam que o incipiente dos Filos passou a ocorrer após a grande Explosão Cambriana, de onde os fósseis são todos datados como sendo o início do ciclo espasmódico das espécies de bivalves.
No período Paleozoico, fósseis apontam que o filo Brachiopoda era o principal tipo de molusco filtrador que existia nos oceanos, isso cerca de 400 milhões de anos atrás, onde mais de 12 mil fósseis foram encontradas e analisados para precisar essa informação.
Após a grande extinção em massa (Período Permiano-Triassíco), o filo Brachiopoda perdeu quase todos seus exemplares, mas os bivalves mal foram afetados e sofreram radiação, passando a ser muito mais comum após o evento cataclísmico.
Acredita-se que o fato de os bivalves terem sobrevivo aos períodos de extinção e predadores tenha sido devido às habilidades de se esconder na terra, além de formar conchas mais resistentes e também de possuírem sistemas de defesas contra parasitas.
Não obstante, os braquiópodes serviam como presas principais de predadores, já que eram mais vulneráveis, e por isso seus números quase desapareceram, enquanto os bivalves se adaptaram e passaram a se reproduzir de forma mais intensa.
Diferença Entre os Gastrópodes, Bivalves e Braquiópodes
A linha de existência entre os braquiópodes e os bivalves é quase a mesma, tendo um ancestral em comum, já que o filo Brachiopoda também é composto por um molusco protegido por uma concha simétrica.
Ou seja, apesar de serem muito parecidos, os braquiópodes e os bivalves dividem um ancestral em comum que os bifurcou na linha da história.
Atualmente, como pode ser lido mais acima, os bivalves são muito mais comuns que os braquiópodes, coisa que era diferente no período pré-histórico.
No entanto, apesar da aparência quase idêntica, alguns fatores podem definir com 100% de exatidão a diferença entre os dois.
Por exemplo, um bivalve possui duas válvulas, uma no canto esquerdo e outro no canto direito, enquanto um braquiópode possui válvulas em seu dorso.
Além disso, um bivalve tem sua concha composta por carbonato de cálcio puro, enquanto um braquiópode pode variar entre carbonato de cálcio e fosfato de cálcio.
Os gastrópodes, no entanto, geralmente são confundidos com os bivalves pelo fato de serem moluscos que possuem conchas, mas existe uma grande diferença entre esses.
Os gastrópodes possuem conchas únicas, e não simétricas e muito menos com duas válvulas.
Um gastrópode pode, inclusive, trocar de concha, fato esse que nunca ocorreria com um bivalve.
História e Classificação dos Bivalves
Em 1758, a décima edição do Systema Naturae, apareceu a primeira descrição taxonômica dos bivalves feita por Carl Linnaeus, responsável por criar as nomenclaturas binominais de todas as espécies existentes no mundo.
A descrição de Lennaeus era basicamente referente aos moluscos que possuíam duas válvulas.
O nome bivalve deriva do Latin “bis”, que significa “dois”, e “valvae”, que significa “válvula”.
Predadores dos Bivalves
Por mais resistente que um bivalve possa ser, ainda existem muitos animais que conseguem fazer o consumo de seu molusco.
O ser humano é um deles, mas o mesmo usa inúmeras ferramentas e métodos para facilitar a abertura de suas conchas regidas por fortes músculos adutores.
Inclusive, peixes e pássaros possuem a habilidade de abrir ostras facilmente, por exemplo. Alguns pássaros possuem bicos tão finos e fortes que conseguem penetrar e depois abrir as conchas, enquanto outros arremessam os bivalves contra as rochas para quebrá-las.
Nas águas da Antártida, onde existem a maiores concentrações de ostras do mundo, inclusive, local esse onde os maiores fósseis de bivalves já foram encontrados, a predação dessas ostras é muito comum por focas, lobos-marinhos e inúmeros outros animais.
Informações Adicionais Sobre os Bivalves
Os bivalves são extremamente importantes para a natureza, pois são filtradores naturais que possibilitam a vida em muitas partes do oceano que, caso não existissem, toda a vida ao redor também não existiria.
Não obstante, o elevado número de bivalves nos mares serve para equilibrar e distribuir a cadeia alimentar, permitindo que a vida seja controlada no fundo do mar.
Na cultura marinha de cultivação de todo o tipo de peixe para venda e consumo, os bivalves estão inclusos, já que é necessário que os mesmos existam nesses tanque e açudes para que a água seja filtrada naturalmente, promovendo assim oxigênio para as algas e consequentemente a possibilidade da vida marinha existir com qualidade e abundância.