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História do Saola e Origem do Animal

Existem ao todo 1,3 milhão de espécies de animais no planeta Terra. Mas se enganam aqueles crentes que esse seja um número exato. Taxonomistas revelam que são descobertas, em média, 16 mil espécies novas a cada ano; e esse número não está perto de parar de crescer. Um interessante espécime de mamífero “recém” descoberto é o Saola. O que já se sabe deste animal? Qual é a sua origem e história? É o que você irá descobrir no seguinte artigo.

Taxonomia do Saola

O Saola, conhecido cientificamente por Pseudoryx nghetinhensis, é um mamífero da ordem dos Artiodáctilos (Artiodactyla), que por sua vez, faz parte da família dos Bovídeos (Bovidae).

Saola em seu Habitat
Saola em seu Habitat

Fazem parte dos Bovídeos, dez subfamílias. São elas:

  • Aepycerotinae
  • Alcelaphinae
  • Antilopinae
  • Bovinae
  • Caprinae
  • Cephalophinae
  • Hippotraginae
  • Panthalopinae
  • Peleinae
  • Reduncinae

Entre essas subfamílias, está a subfamília dos Bovínos (Bovinae). Por isso, o Saola é parente direto de animais como as vacas, os bois, os búfalos e os antílopes. Dentro da família dos Bovinos, se encontram 10 gêneros e mais de 20 espécies de animais. Entre os gêneros, se encontra o Pseudoryx, do qual somente o Saola faz parte.

Origem e História do Saola

O Saola foi descoberto em 1992, em meio as Montanhas Anamitas que percorrem os países asiáticos de Laos e Vietnã. Sua descoberta é memorável, pois foi o primeiro grande animal descoberto em 55 anos. Na língua vietnamita, seu nome quer dizer “chifre em carretel”, pois apresenta um par de chifres retos e longos.

É conhecido como “unicórnio asiático”, pois nunca foi visto ao vivo. Por viver somente em um local específico, não é muito visto, logo, não se sabe muitas informações sobre ele. Segundo alguns pesquisadores, em quase 30 anos de sua descoberta, o animal foi visto somente quatro vezes por câmeras inseridas em seu habitat: a primeira foto legível do animal foi feita em 2013, pela organização WWF.

O animal foi descoberto por um acaso, por funcionários da WWF e do Ministério do Meio Ambiente Vietnamita enquanto pesquisavam as florestas que se situam na fronteira dos dois países da região das Montanhas Anamitas. Quando estiveram na casa de um caçador da região, os pesquisadores avistaram o crânio singular com chifres retos e longos.

Características Gerais do Saola

Anatomia

O Saola é bastante parecido a um antílope, porém, tem como característica principal seus chifres longos, lisos e afiados, que estão posicionados paralelamente em sua cabeça. Eles estão presentes tanto nos machos, quanto nas fêmeas da espécie; e podem crescer até 50 cm de comprimento. Pesquisadores acreditam que o animal tem cerca de 90 cm de altura (desde o pé até o ombro), pesando 80 kg.

Seu corpo tem a pelagem de coloração marrom, vermelho-acastanhado a até quase preto. Apresenta uma longa faixa escura e estreita, que percorre todo o seu tronco, terminando na pequena cauda preta e fofa. As pernas do Saola são de coloração escura, mas, em seu rosto, estão dispostas várias manchas brancas que o tornam inconfundível. Já a textura — de acordo as imagens registradas — é relativamente fina e macia, cobrindo toda a sua pele.

Habitat e Comportamento

Costumam viver em florestas de formação densa e verde, com a presença de fontes de água corrente (rios e riachos). Segundo moradores da região, os Saolas passam os períodos de verão nas encostas alpinas, época em que as chuvas são abundantes e o nível da água sobe. Quando os rios transbordam, geralmente no inverno, retornam às planícies.

Ainda que pesquisadores e moradores locais acreditem que os Saolas vivam em determinadas porções da floresta, não é possível saber com certeza pela falta de dados de análise. Do pouco que se sabe das espécies observadas, foi constatado que habitam uma faixa de terra que está entre 300 a 1500 metros acima do nível do mar.

O Saola é um animal solitário e reservado; devido a este comportamento, é muito difícil vê-lo junto a outros animais de mesma espécie. Devido à pequena quantidade em sua população,  não foi possível estudar estes bovinos em seu estado selvagem. Das informações existentes, os pesquisadores possuem poucos dados comportamentais, provindos de alguns espécimes que foram capturados e logo morreram por não resistir ao cativeiro. 

Descobriram que estes animais demarcam o território, através de uma pequena abertura na região do fucinho. Dela, liberam uma substância produzida por suas glândulas odoríferas, esfregando seu fucinho contra árvores e demais itens do ambiente.

Saola com chifre grande
Saola com chifre grande

Alimentação

Estes animais têm o costume de comer alimentos de fácil mastigação, pois sua arcada dentária é pequena e seus dentes com baixo potencial cortante/triturador. Dentre os alimentos que fazem parte de sua dieta (herbívora), estão folhas de figueira e seus talos, localizados próximo à margem dos rios; e demais árvores e plantas da região.

Reprodução

Saolas tem reprodução sexuada e sua época reprodutiva ocorre uma vez ao ano (em conjunto ao período de chuva do habitat). Após o acasalamento, a fêmea permanece em gestação durante aproximadamente nove meses, dando à luz a somente um filhote (tal qual seus parentes bovinos). É possível que a expectativa de vida dos Saolas seja de 7 a 12 anos.

Preservação do Saola

Os Saolas fazem parte da Lista Vermelha de Deficiência de Dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), devido à falta de informações detalhadas a cerca da espécie.

Desde a sua descoberta, são estimados em torno de duzentos espécimes de Saolas existentes. Por isso, são considerados animais com prioridade máxima nas campanhas de conservação ambiental. Ainda assim, são animais difíceis de proteger: seu habitat é extremamente restrito e de difícil acesso; não sobrevivem em cativeiro; e a falta de informações sobre seus rastros, torna a tarefa de monitorá-los bastante complicada.

Como forma – e tentativa -, de manter a espécie viva, a organização WWF e o governo vietnamita mantêm guardas florestais na região onde os Saolas foram encontrados, para que sejam impedidas as caças ilegais. Além disso, mais do que proteger o Saola, as entidades lutam para que o próprio habitat seja preservado das interferências humanas; e que a luta para a preservação do bovino ganhe voz ao nível mundial.

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