Hoje voltamos a falar da raça Norfolk Terrier, mas vamos nos aprofundar hoje na história e na origem dessa raça. Então se você tem interesse em aprender ainda mais sobre ele fique com a gente até o final para não perder nada.
História e Origem do Norfolk Terrier
A raça é originária do Reino Unido, então é um cão britânico.
Esse cão foi desenvolvido para ser um cão caçador, ele surgiu a partir de outra raça, o norwich terrier que é então uma parente próximo. Mesmo hoje vivendo como animal de estimação ainda mantém algumas características da época como energia e destemido. Um super companheiro de aventuras que adora estar perto da família, ele como um bom terrier tem a personalidade forte, e por isso vai precisar que você seja firme quando necessário, muito importante investir em adestramento, especialmente ainda como filhote para contornar esse instinto dominador.
A raça foi criada no ano de 1800 para ser um cão de trabalho na Inglaterra, próximo do distrito de Norwich, a 164 Km de Londres. Provavelmente a raça foi desenvolvida com diversas tentativas de cruza de raças diferentes para alcançar as características esperadas, dizem que foram alguns terriers como o Terrier Irlandês, o Cairn e Border.
Como um bom caçador que era, sua popularidade por caçar ratos, por exemplo, ficou em evidência no fim do século XIX. Nesse mesmo período universitários de Cambrígia que estavam enfrentando problemas com esse tipo de praga resolveram adotar um cão da raça para resolver, ficaram super satisfeitos e resolveram apelidá-lo de Cantab Terriers.
Um universitário da mesma escola foi o primeiro criador da raça, ele possuía na cidade uma cocheira em uma importante rua de lá, logo depois de concluir a graduação se juntou com um colega que era vendedor de cães e juntos criaram e comercializam filhotes da raça para os estudantes da universidade.
Uma curiosidade é que naquele tempo ainda esses cães eram todos de cor vermelha. Surgiu então o interesse de outras pessoas em melhorarem a raça, dois amigos se juntaram e passaram a exportar esses cães, e um deles também se tornou o primeiro presidente do CTN naquele país.
Um deles ganhou um cão macho que foi utilizado por eles para o desenvolvimento de novos cães, o nome dele era Rags. E a partir dele muitos filhotes foram criados, todos na cor vermelha como o pai.
No mesmo período, uma pessoa surgiu com uma cadela que teria sido resultado de uma cruza entre um caçador terrier e um Dandie dinmont, mas a aparência não teria agradado e pediu para que a sacrificassem. Ela tinha orelhas em pé, uma pelagem lisa e cor branca, além de pernas alongadas, diziam que ela aparentava ser uma fêmea idosa por conta das características dela.
Tiveram então a ideia de cruzar essa fêmea com Rags, vários filhotes nasceram e um deles comprou a maioria. A sociedade então foi desfeita e ele carregou consigo esses animais e continuou o trabalho de criação e comércio dessa raça. Seu nome era Jones e assim ele chamou esses cães que ele exportou então para América.
Já no ano de 1904, ele resolveu dar o nome da cidade de Norwich onde estavam para o cão, e assim passou a ser conhecido como Norwich Terrier.
Muitos cães desta ninhada foram enviados para criadores da raça naquele país e também para a América do Norte.
A raça ficou muito popular entre os criadores, ao longo do tempo eles se interessaram por melhorar ainda mais a raça, para isso começaram a testar novos cruzamentos. No ano de 1908 um criador muito interessado nessas melhorias resolveu adquirir um filhote fêmea do Rags, no ano seguinte já iniciou a cruza dela com alguns outros cães terriers como o bedlington, o staffbull e o terrier irlandês.
Depois de muita insistência foi no ano de 1929 que ele alcançou o que desejava. Era um cachorro de pequeno porte de cor vermelha, com uma pelagem áspera, olhos vivos de coloração bem escura, membros curtos e muito divertido. Foi batizado então de Horstead Mick o nome até os dias atuais ainda podem constar no pedigree da raça. Esse cão então passou a ser matriz para a criação de outros cães.
A tradição seguiu e diversas outras pessoas se interessaram pela raça, inclusive alguns deles levaram esses animais para exibições e competições onde abrilhantaram e foram muito elogiados.
Mas foi só no ano de 1930 que a raça foi reconhecida, isso nos EUA e no Reino Unido. Não existia um padrão muito bem definido, então era comum cachorros de orelha em pé e outros de orelhas caídas. Isso ocorreu porque ambos eram conhecidos como da mesma raça.
Mas isso foi uma questão no momento em que a raça foi reconhecida pelo KCI, pois padrões diferentes não podiam ser adotados pela mesma raça. O criador se viu obrigado a escolher, e como tinha preferência pela orelha em pé pediu para que aquele fosse o padrão. Por outro lado, pessoas que gostavam mais dos de orelha caída fizeram campanha para que ambos fossem considerados padrão. Assim todo mundo ganhou e ambos foram adotados.
Depois de 1945 tomaram a decisão de não mais criar os dois tipos de cachorro. Já em 1964 o Kennel Club UK autorizou então que as duas variações fosse consideradas raças diferentes, então os cães de orelhas em pé foram chamados de Norwich Terrier e os de orelhas caídas então passaram a ser conhecidos como Norfolk Terrier.
No ano de 1979 as duas raças foram reconhecidas pelo AKC como distintas, eles se parecem muito a não ser pela anatomia das orelhas.
Personalidade do Norfolk Terrier
Como um bom terrier são cães cheios de energia e adoram brincadeiras, gostam de ficar perto dos seus tutores. Precisam de bastante atividades para ocupar o tempo, passeios longos ou algum tipo de esporte. Precisam também de treinamento para driblar a sua teimosia.