A história da salamandra está relacionada às suas características como anfíbio. Ela é tipicamente caracterizada por:
- Uma aparência de lagarto;
- Corpo esbelto;
- Focinho sem corte;
- Membros curtos projetando-se em ângulos retos com os corpos;
- Presença de cauda.
Todas as atuais famílias das salamandras são agrupadas dentro da ordem Urodela. A diversidade de salamandras se mostra mais abundante dentro do Hemisfério Norte. Mas grande parte das espécies é vista na ecozona Holártica, com várias espécies presentes na zona Neotropical.
Para saber mais à respeito desse animal, basta ler o artigo com todas as informações sobre sua origem.
História da Salamandra e Seu Habitat
As salamandras ficaram separadas de outros anfíbios pelo período médio e tardio do Permiano. Inicialmente eram parecidos com os membros mais modernos do Cryptobranchoidea.
A semelhança com os lagartos se resulta da simplesiomorfia, retenção comum ao plano corporal primitivo dos tetrápodes. Contudo, elas não estão mais intimamente relacionadas aos lagartos que aos mamíferos.
Os parentes próximos são sapos, dentro do gênero Batrachia. O primeiro fóssil dentro da história da salamandra que é conhecido foi encontrado nos depósitos geológicos na China e no Cazaquistão. Eles datam do período jurássico médio, aproximadamente há 164 milhões de anos.
As salamandras podem ser encontradas apenas nas regiões holártica e neotropical. Não atinge a bacia mediterrânica ao sul, o Himalaia ou na bacia amazônica na América do Sul.
Existem mais ou menos 655 espécies de salamandras vivas. Um terço delas está na América do Norte. As maiores concentrações são vistas na região das Montanhas Apalaches.
Somente espécies dotadas de um modo de vida mais terrestre foram capazes de fazer a dispersão para outros locais. Alguns exemplares possuem vasta gama, ocupando um habitat variado. Algumas espécies são um dos poucos anfíbios vivos que ocorrem na água salgada ou salobra.
As Origens Dentro da Sociedade Humana
As lendas se desenvolveram ao redor da história da salamandra durante os séculos, muitas relacionadas ao fogo. Essa conexão provavelmente tem origem na tendência de vários animais habitarem os troncos apodrecidos.
Quando o tronco era incendiado, a salamandra tentava escapar, dando crédito à crença que ela era criada a partir das chamas. O mítico governante Prester John supostamente tinha a túnica feita de cabelo de salamandras. O “Imperador da Índia” possuía um traje feito com mil peles. O papa Alexandre III possuía a túnica do qual valorizava muito.
Dizia-se que dentro da história da salamandra ela era tão tóxica que, enrolando-se ao redor de árvores, poderia envenenar os frutos. Esse animal era capaz de matar todos que os comesse e, ao cair no poço, mataria todos que bebiam da água.
A associação das salamandras com o fogo ocorreu na primeira vez na Antiga Grécia, onde Plínio escreveu na História Natural: “uma salamandra se mostra tão fria que apaga fogo em contato. Vomita um líquido bem leitoso; se esse líquido tocar qualquer parte humana faz cair o pelo, a pele altera a cor e ocorrem erupções cutâneas”. A capacidade em apagar fogo é repetida por Santo Agostinho lá no século V, bem como por Isidoro de Sevilha por volta do século VII.
Ainda sobre a história da salamandra e sua origem, comenta-se que o tipo gigante japonês foi objeto de obras artísticas e lendas no Japão, na obra ukiyo-e de Utagawa Kuniyoshi. A bem conhecida criatura japonesa mitológica conhecida como kappa é inspirada por este animal.
A Regeneração de Membros Aplicada a Seres Humanos
A regeneração dos membros das salamandras é um foco de interesse para os cientistas. Pesquisadores tentam descobrir as condições precisas para que novos membros cresçam. Eles esperam que essa regeneração possa se reaplicar nos humanos utilizando células-tronco.
Os axolotes foram usados em pesquisas, sendo geneticamente modificados para que uma proteína fluorescente esteja presente nas células da perna. Isso permite o processo da divisão celular sendo rastreado ao microscópio. Ao que parece, após perder um membro, as células se juntam formando um grupo chamado blastema.
Isso parece superficialmente indiferenciado, mas células originárias da pele se desenvolvem em nova camada. Já a célula muscular cria outras células musculares e as cartilagens, nova cartilagem. São somente as células abaixo das superfícies que são pluripotentes, capazes de transformar nos diversos outros tipos de célula.
Alguns pesquisadores espalhados pelo mundo, pensando na história da salamandra, descobriram algo interessante. Quando macrófagos eram removidos, as salamandras perdiam sua capacidade de regeneração e formavam tecido cicatricial.
Se o processo envolvido na formação dos novos tecidos puderem ser submetidos a engenharia reversa em humanos, seria possível curar as lesões na medula espinhal ou no cérebro, reparar os órgãos danificados, bem como reduzir as cicatrizes e as fibroses depois da cirurgia.
Hábitos do Animal
O hábito de vida está relacionado intimamente com a história da salamandra. Esses animais são tipicamente mais ativos durante os períodos mais frios do dia e são noturnos. Pelo dia, eles descansam sob pedras ou em árvores para se refrescar. À noite, eles saem para comer.
Sua pele colorida e brilhante alerta o predador para fique longe. Várias salamandras possuem glândulas nas caudas e pescoços que secretam líquidos com gosto ruim ou venenosos. Alguns outros se protegem dos predadores ao apertar seus músculos. Assim, fazem as pontas das costelas ficarem na pele e entrarem no inimigo.
Diversas espécies acabam perdendo suas caudas enquanto brigam ou atacam, cultivando uma nova em seguida. O axolote, um tipo de salamandra aquática, tem a capacidade de recuperar os membros perdidos e os órgãos danificados por conta de um especial sistema imunológico.
Dieta da Espécie
Quer entender a história da salamandra e sua origem? Entenda o que ela come! As salamandras são carnívoras, o que significa que comem carne ao invés da vegetação. Elas preferem presas lentas, tal como lesmas, vermes e caracóis. Tipos maiores comem os peixes, crustáceos pequenos e insetos. Diversos animais ingerem ratos, sapos e mesmo outras salamandras.
E então? Gostou de conhecer a história da salamandra e as lendas que a cercam? Certamente você nunca mais vai olhar para esse bichinho com os mesmos olhos.