O habitat dos equinodermos é reconhecido desde os antigos tempos. Por exemplo, equinóides eram utilizados amplamente pelos romanos e gregos para os fins medicinais, bem como para fins de alimento. Durante o período da Idade Média, fósseis desses animais eram objetos usados em superstição.
No início do século XIX, o equinodermo foi reconhecido como um grupo distinto de animais, ocasionalmente associado aos cnidários. Isso quer dizer que esse grupo de seres vivos está distribuído pelos mares do nosso planeta faz tempo.
Se você deseja saber mais sobre onde vivem os equinodermos, leia o artigo abaixo. Com certeza você vai adorar descobrir maravilhas sobre o animal. Confira!
Reprodução e Ciclo De Vida
Na maioria das espécies, os sexos são separados, ou seja, existem machos e fêmeas. Embora a reprodução seja geralmente sexual, envolvendo a fertilização dos ovos pelos espermatozóides, várias espécies de pepinos e estrelas marinhas também podem se reproduzir assexuadamente.
Reprodução Assexuada
As reproduções assexuadas em equinodermos, em geral, envolvem as divisões dos corpos em duas ou até mais partes. A isso se dá o nome de fragmentação. Existem também as regenerações das partes ausentes dos corpos.
As fragmentações são métodos comuns reprodutivos usados por espécies asteróides, ofiuroides e holoturianos. Mas, em determinados animais, não se tem conhecimento dessas ocorrências acerca da reprodução sexual.
A regeneração e fragmentação bem-sucedidas acabam requerendo o rasgo da parede corporal. Sem contar que requerem também a capacidade de selagem das feridas resultantes.
Reprodução Sexual
Na reprodução sexual, ovos (até vários milhões) de fêmeas e espermatozóides de machos são lançados na água (desova). É nesse local onde os ovos são fertilizados. No habitat dos equinodermos, a maioria desses animais gera um ciclo anual, com o período de desova normalmente durando um ou dois meses durante a primavera ou o verão. Várias espécies, no entanto, são capazes de desovar ao longo do ano.
Os fatores indutores de geração são complexos e podem incluir influências externas, como temperatura, luz ou salinidade da água. Nos casos de determinados exemplares, a desova é correlacionada com as fases da lua. Ela ocorre durante o início de outubro, quando a lua está no primeiro ou no último trimestre.
Muitos equinodermos se agrupam na desova, aumentando assim a probabilidade de fertilização dos ovos. Alguns também exibem um comportamento característico durante o processo. Eles elevam o centro do corpo do fundo do mar. Presumivelmente, esse movimento visa impedir que óvulos e espermatozóides fiquem presos no sedimento.
Habitat dos Equinodermos
Diversas faunas que se constituem por vários indivíduos, bem como espécies, se encontram nas águas marinhas de todo o mundo. Entretanto, um lugar que não é o habitat dos equinodermos é o Ártico, porque poucas espécies são vistas.
Equinóides, como ouriços globulares espinhosos e achatados, bem como asteroides, comumente são encontrados em torno de costas. Embora os animais se restrinjam as regiões específicas temperadas, as forma ártica, tropical e antártica geralmente se distribuem amplamente.
Vários exemplares que se associam aos recifes de coral, por exemplo, passam a se estender no oceano pacífico e indiano. Quase todos os equinodermos da Antártica se distribuem pelo continente. Os que estão no estágio flutuante larval (planctônico) podem ser bastante encontrados, pois são transportados por grandes distâncias nas correntes oceânicas.
Demais espécies conquistaram o habitat dos equinodermos sem ter o benefício do estágio flutuante larval. Elas, então, migraram já adultas por meio do fundo do mar. Mas, nos casos das espécies pertencentes às águas rasas, a ocorrência se dá pelo transporte de maneira passiva por meio de oceanos nas balsas das algas marinhas.
Importância da Espécie
Papel na Natureza
Os equinodermos se mostram catadores eficientes de matérias em decomposição lá nos fundos dos mares. Eles acabam atacando uma variedade enorme de organismos pequenos, auxiliando na regulagem de seu número.
Quando estão presentes em boas quantidades, ouriços do mar devastam leitos com capim marinho. Isso acaba afetando adversamente organismos que nele vivem. Tais ouriços escavam as rochas por toda uma costa, podendo acelerar as erosões dessas linhas costeiras.
Outras espécies de ouriços tropicais, no entanto, passam a controlar o crescimento das algas em recifes de coral. É o que permite que os corais cresçam. As remoções das espécies resultam nos crescimentos excessivos de algas e nas devastações dos recifes.
O habitat dos equinodermos é alterado na sua estrutura de muitas maneiras. Por exemplo, vários pepinos do mar comem ao engolir boas quantidades de sedimentos. Isso extrai matérias orgânicas conforme os sedimentos passam pelo intestino, com o restante sendo ejetado.
As populações desses “pepinos” em uma determinada área passa a transformar enormes quantidades dos sedimentos que permanecem na superfície. Dessa forma, se transformam significativamente na composição química e física deles.
Estrelas escavadoras do mar também acabam perturbando os sedimentos subterrâneos e superficiais, por vezes em uma profundidade de mais ou menos 30 centímetros, até mais. Além do mais, o equinodermo produz grandes números de larvas fornecedoras de alimentos para os organismos planctônicos.
Relação com a Vida Humana
As espécies de pepinos que são maiores em tamanho são secas, sendo usadas nas receitas de sopas, especialmente na Ásia. Os órgãos sexuais bem maduros, cozidos ou crus dos ouriços marinhos são considerados uma iguaria incrível. Isso ocorre em muitas partes do mundo, que incluem Europa, regiões do Mediterrâneo, Chile e Japão.
Os espermatozoides e ovos de equinodermos, mais especificamente dos ouriços e estrelas do mar, são obtidos facilmente. Eles são utilizados na condução de pesquisas na área de biologia de desenvolvimento. De fato, o equinodermo foi coletado em números tão grandes que se tornaram extremamente raros. Até mesmo desapareceram por completo da vizinhança dos vários laboratórios marinhos biológicos.
Estrelas marinhas que atacam os moluscos utilizáveis comercialmente, como as ostras, causaram uma extensa destruição das suas “camas”. O habitat dos equinodermos que fica próximo do habitat dessas espécies comerciais de algas acaba prejudicando a nós, os seres humanos. Isso porque o equinodermo come as jovens plantas antes delas se estabelecerem firmemente.
As estrelas do mar de coroas de espinhos se alimentam dos pólipos vivos do corais. Elas causam danos extensos com curto prazo nos recifes de diversas partes dos oceanos Índico e Pacífico.
Gostou de conhecer o habitat dos equinodermos? Se você estiver próximo de um deles, preste bastante atenção.