Os camelos são animais encantadores, que de fato despertam grande curiosidade em todas as pessoas. São lindos, imponentes, e chamam a atenção pela sua capacidade de sobrevivência em climas áridos e regiões hostis.
O habitat natural desse animal é a região desértica, mas ele também é reconhecido por ter uma excelente resistência em outros ambientes. Estima-se que o camelo pode suportar temperaturas que vão de -29 a 50 graus.
Existem dois tipos de camelos: Camelus dromedarius, conhecido apenas como Dromedário, e o Camelus bactrianus conhecido apenas como Camelo. O que os diferencia é, principalmente, a quantidade de corcovas que possuem.
O primeiro tem apenas uma ondulação nas costas, enquanto o Camelo “tradicional” possui duas. Ambos são originários da Ásia, mas hoje habitam diferentes lugares do mundo, sendo essencialmente locais de clima seco e quente.
Embora grande parte desses animais tenha sido domesticada para atender aos seres humanos, servindo principalmente de meio de transporte em desertos, existem comunidades selvagens, sobretudo na Mongólia.
O Camelo Não Bebe Água – Verdade Ou Mentira?
Uma das informações mais difundidas a respeito dessa espécie é que eles não precisam de água para sobrevivência. Isso não é verdade! Os camelos, assim como os demais mamíferos da fauna mundial, precisam, sim, de água. O que diferencia, no entanto, esses animais, é a sua capacidade de passar longo períodos sem acesso ao líquido.
Os camelos podem perder até 40% de sua água corporal sem que isso desencadeie quaisquer problemas, e sem apresentarem sintomas de desidratação.
No entanto, eles possuem uma capacidade também impressionante para ingerir a água quando encontram essa possibilidade, podendo beber até 100 litros de uma vez.
Pessoas que cuidam desses animais devem dar a eles a liberdade de se hidratar pelo tempo que for necessário sempre que tiverem a oportunidade. Assim o camelo se mantém mais ativo e saudável!
Essa possibilidade de passar tanto tempo sem água está diretamente relacionada a sua biologia, e ao formato de seus glóbulos sanguíneos, que conseguem reter uma maior quantidade de H2O. Além disso, eles eliminam pouquíssimo líquido seja por transpiração ou através da urina, que sai em quantidades irrisórias.
Alimentação Do Camelo E Suas Preferências!
Também é curioso como eles podem passar dias sem comer. O que acontece é que as corcovas servem como estoque de gordura, e mantém os nutrientes que o animal precisa para sobrevivência em reserva.
Encontrar alimentos em regiões áridas e secas não é uma missão fácil! Por isso sua língua de couro grosso e escuro permite que o camelo se alimento de plantas espinhosas, arbustos e grama seca sem se ferir.
No entanto, animais que são domesticados também podem consumir grãos e algumas frutas com facilidade. Alguns estudos apontam que o estoque de gordura pode chegar a 36 quilos, o que lhe dá alguma vantagem durante os períodos de abstinência alimentar!
• Sistema digestivo:
Para conseguir suportar situações tão adversas, eles possuem um sistema digestivo bem complexo, e fazem parte do grupo de animais considerados ruminantes – o mesmo em que se encontram as vacas!
Isso significa que eles mastigam a alimentação, engolem, e depois regurgitam os alimentos, fazendo uma segunda mastigação. Para os camelos isso é importante pelo fato de ingerirem alimentos muito secos e duros – as vezes até espinhosos. Durante esse processo eles conseguem aproveitar melhor os nutrientes oferecidos pelo alimento.
Camelo Também Pode Viver No Gelo!
Embora sejam muito mais comuns em locais quentes, os camelos também podem viver em áreas desérticas de gelo. Inclusive, existem animais dessa espécie que surgiram na região ártica, quase no polo norte.
Cientistas encontraram ossadas desses animais em paisagens geladas no Canadá, e entendem que existiram camelos bem maiores do que os exemplares atuais há milhões de anos. Eles podiam sobreviver com facilidade a temperaturas muito geladas.
Ainda hoje os camelos enfrentam temperaturas de quase 30 graus negativos, sobretudo durante a noite no deserto, que pode apontar termômetros bem baixos. A diferença que ocorre em um lance de 24 horas não parece afetar a saúde dos animais.
Os dromedários estão presentes em regiões como África, no Oriente Médio e na Índia. Mas o único local onde ainda se encontra esses animais em vida selvagem é na Austrália.
Curiosidades Sobre Esse Belíssimo Animal!
O camelo é realmente encantador. Mas o mais impressionante é mesmo perceber como o organismo e o corpo desse animal é completamente adaptado para sobreviver as condições adversas de seu habitat!
Além da corcova e da língua, que já citamos, existem outras curiosidades. As narinas são estreitas, e em formato de cone, se afunilando gradativamente. Isso evita que entrem grãos de areia durante uma tempestade, ou mesmo que o animal seja exposto a diferentes bactérias.
As pestanas são longas, e também garantem a proteção aos olhos, de modo que o cabelo não seja impedido de enxergar quando está em contato com uma grande quantidade de grãos de areia!
Já o pelo é espesso e muito resistente, o que faz com que a pele do animal seja protegida contra o excesso de sol. Também é uma forma de causar um conforto térmico, evitando que o camelo elimine muito líquido pela pele – já que ele precisa estocar água para a sobrevivência.
• Criatura milenar:
Estamos falando de um animal que é milenar! Prova disso são as evidências de que os camelos já eram utilizados por civilizações muito antes de Cristo.
Risco de Extinção
O camelo Bactriano está entre os animais que correm risco de extinção. Muito disso está relacionado a destruição e seu habitat, que acabou sendo destruído por fazendeiros e mineradores, sobretudo na Ásia.
Mas, cientistas já trabalham para manter a espécie viva, apesar de existirem apenas uma média de 1000 animais em sua região natural. Além de ser extremamente útil para muitos trabalhadores de regiões desérticas, o animal é uma das peças fundamentais para a o equilíbrio natural de regiões áridas.
As fezes ressecadas do animal também são de utilidade para a sobrevivência humana, uma vez que é utilizada para fazer fogo em situações adversas, permitindo que o ser humano se aqueça e se mantenha vivo nas noites gélidas do deserto.